quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Reação leucemoide

Reação leucemoide é nome
dado aos quadros em que
a leucometria ultrapassa
25.000 a 30.000/mm3. Os achados
hematológicos que se assemelham a
um tipo de leucemia, mas nos quais
não é confirmada a presença dessa
doença pelo curso subsequente da
enfermidade, também podem ser de
finidos como um quadro hematológico
leucemoide (1).
Na reação leucemoide as anormali
dades desaparecem quando é corrigida
a condição subjacente. Em muitos dos
casos relatados de reações leucemoides,
o paciente não se recuperou da
doença primária, como conseqüência,
não houve correção da anormalidade
hematológica. Emtais situações é difícil
ter certeza de que o paciente não teve
uma leucemia coexistente com outra
doença. Isso aconteceu em muitos dos
primeiros relatos de reações leucemoides
à tuberculose (2).
As causas dessa leucocitose neutrofílica
são as infecções piogênicas
graves, necrose tecidual, doenças imu
nomediadas, tuberculose, brucelose,
toxoplasmose e síndromes inflama
tórias como glomerulonefrites, artrite
reumatoide, insuficiência hepática,
cetoacidose diabética, corticosteroides
endogenos ou exogenos, catecola
minas, neoplasia hematopoietica e a
neutrofilia paraneoplásica (4).
As reações leucemoides são freqüen
temente confundidas e tratadas comoleucemias, o que prejudica o paciente,
já que os tratamentos são diferentes e
a história clínica é um dos fatores que
contribuem nessa identificação corre
ta. Alterações tóxicas na presença de
neutrofilia e aumento das proteínas
inflamatórías no plasma são sugestivas
de reação leucemoide. Infelizmente, a
coloração citoquímica e citometria de
fluxo não auxiliam na diferenciação da
reação leucemoide e leucemia (3).
Nascimento (5) afirma que a reação
leucemoide é diferente da leucemia,
que é uma neoplasia, porque nesta
reação as células jovens leucocitárias
(bastonetes) podem estar presentes
com características normais, enquanto
que nas leucemias as células jovens
presentes têm as características leu
cocitárias modificadas - os blastos.
As leucocitoses intensas e as reações
leucemoides podem ser uma das
primeiras evidências de neoplasias
hematológicas.
Em pacientes recém-natos com
Síndrome de Down é observada uma
incidência maior de casos de leucemias
e reações leucemoides. Estimativas do
risco relativo de leucemia têm variado
de 10 a 20 vezes mais do que na popu
lação normal; em especial a leucemia
megacariocítica aguda ocorre 200 a
400 vezes mais nas pessoas com Sín
drome de Down do que na população
cromossomicamente normal (6).
Para Garcia (8), que analisou acha
dos clínicos hematológicos de portado
res de Síndrome de Down, e até usa
um nome para transtornos envolvendo
Reação Leucemoide que é A Reação
Leucemoide Transitória associada à
Síndrome de Down (RLTAD), as mani
festações da reação se apresentam no
período de recém nascido.
Fundamentação Teórica
Rodriguez (7) define a reação leu
cemoide como "leucocitoses reacionais
NewsLab - edição 98 - 2010
intensas e significa uma reação me
dular de estresse extremo, trauma ou
infecção com maior intensidade".
A reação leucemoide é uma leucoci
tose extrema a ponto de suscitar confu
são com leucemia, geralmente associada
com neutrofilia e acentuado desvio
nuclear dos neutrófilos à esquerda (4).
Caracteriza-se por uma desordem
com leucocitose de mais de 50.000/ul,
que desenvolve reação com diferentes
processos patológicos, como a infla
mação grave, divulgadas infecções,
intoxicações e tumores (7).
A reação leucemoide que imita a
leucemia mieloide crônica (LMC) pode
serdistinguida pela presença de esplenomegalia,
basofilia, fosfatase alcalina
de neutrófilos baixa ou ausente e cariótipo
com presença de cromossomo
Filadélfia (9). A Tabela 1 mostras as
diferenças mais características entre
as duas enfermidades.
Alguns autores consideram a rea
ção leucemoide como uma forma de
leucemia aguda que remite sem trata
mento; outros admitem ser uma série
de reações leucemoides transitórias. De
fato o mecanismo responsável por essa
resolução espontânea ainda permanece
indefinido, mas há relatos de casos
afirmando estar também relacionado a
alguma alteração inerente à Síndrome
de Down, podendo indicar uma regu
lação ineficaz da série mieloide e de
outros elementos da medula óssea (9).
Bain (2) usa uma classificação
adotada por vários autores que divide
as reações leucemoides em mieloide e
linfoides, tornando assim o seu estudo
mais fácil e acessível.
Reações leucemoides mieloides
Reações leucemoides raramente
simulam leucemia mieloide crônica,
pois esta tem um espectro característico
de alterações quase nunca encontrado
em condições reacionais. As leucemias
mieloides com maior probabilidade
de serem simuladas por uma reação
leucemoide são a leucemia mieloide
aguda, a leucemia mieloide crônica
atípica Filadélfia-negativa, a leucemia
mielomonocítica infantil, a leucemia
I
mielomonocítica crônica, a leucemia
neutrofílica e a leucemia eosinofílica (2).
Causas de reações leucemoides
mieloide incluem estímulos graves
a atividade da medula óssea, como
l
uma infecção bacteriana seria (par
ticularmente quando complicada por
anemia megaloblástica, dano à medula
induzido por álcool ou agranulocitose
anterior), tuberculose, algumas viro
ses, hemorragia e carcinoma ou outra
doença maligna (12).
Reações leucemoides linfoides
O hemograma na coqueluche e
linfocitose infecciosa pode simular leu
cemia linfocítica crônica, mas, como os
aspectos clínicos e a faixa etária destas
duas doenças são totalmente diferen
tes, isso não constitui problema na
prática. Em pacientes com linfocitose
pós-esplenectomia, já tem sido feitos
diagnósticos errados de LLC. Sabendose
dos altos níveis que podem atingir
a contagem de linfócitos em esplenectomizados,
evita-se esse problema
realizando-se uma pesquisa cuidadosa
na distensão de sangue periférico para
aspectos pós-esplenectomia. Alinfoci
tose pós-esplenectomia também pode
simular uma leucemia com linfócitos
grandes e granulares, pois, às vezes,
predomina esse tipo de célula (2).
Discussão
Podemos suspeitar de reação
leucemoide quando há um aumento
exacerbado de leucócitos no sangue
(em torno ae 30.000 a 50.000). Assim
como os sintomas característicos até
hoje descobertos: sangramento fácil,cansaço fácil, palpitações, palidez, e
até pode haver gânglios palpáveis e
aumento do baço.
Não se sabe ainda o por quê, mas
pacientes portadores da Síndrome de
Down apresentam uma suscetibilidade
maior a apresentar a doença.
O diagnóstico indicado para dife
renciar leucemia mieloide de reação
leucemoide aguda inclui os exames
de esplenomegalia, basofilia, fosfa
tase alcalina de neutrófilos baixa ou
ausente e cariótipo com presença de
cromossomo Filadélfia.
As pesquisas sobre reação leuce
moide estão em curso ainda. Pouco
se sabe sobre a incidência, já que
sua notificação não é obrigatória e
muitas vezes confunde-se com a leu
cemia mieloide crônica. Mesmo com
tratamentos diferentes, muitos pro
fissionais ainda desconhecem as reais
diferenças e entre reação leucemoide
e LMC, dificultando assim o seu devido
tratamento e medidas emergentes
sobre tal enfermidade.




=========LMC=======


Exame físico: Sem sintomas ouesplenomegalia, febre, anorexia,
emagrecimento.
Sangue periférico: Leucócitos > 100.000/mmcom desvio à esquerda até
blastos, basofilia, eosinofilia, plaquetas emnúmero
normal ou aumentado; hemácias emlágrima, eritoblastos
circulantes e policromatofilia.
Medula óssea: Hipercelular com relação leucoeritroblástica > 10:1,
basofilia, aumento de megacariócifos e fibrose.
Fosfatase alcalina
de neutrófilos
: Diminuída.
Ácido úrico: aumentado.
Cariotipo: Cromossomo Filadélfia.


=====Reação leucemoide=====

Exame físico:Infecção (pneumonia), carcinoma (tumor necrótico), inflamação
(vasculife).
 Sangue periférico: Leucócitos normalmente <50.000/mm com predomínio de formas
maduras, mieloblastos raros, sem basofilia; plaquetas normais
 Medula óssea: Normocelular, relação LE 5:1, sem basofilia, megacariócifos normais
 Fosfatase alcalina
de neutrófilos
: Aumentada
Ácido úrico: Normal.
Cariotipo: normal.

      
                                                             OS PHAPHAS ====2013====

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