Hematomas
intracranianos são acúmulos de sangue no interior do cérebro ou entre o
cérebro e o crânio. Os hematomas podem ser subdural - que forma-se no revestimento externo do cérebro -, epidural - que forma-se entre essa membrana de revestimento e o crânio -, ou intracerebral - que forma-se dentro do cérebro.
A
maioria dos hematomas apresenta um desenvolvimento. Os hematomas podem
causar confusão mental, perda da memória, perda da consciência, coma,
paralisia, dificuldade respiratória, problemas cardíacos e morte.
Tipos de hematomas
Hematoma epidural
O
hematoma epidural é o acúmulo de sangue entre a dura-máter (membrana
que reveste o cérebro) e o crânio. Este hematoma é tipicamente causado
por um trauma agudo na cabeça que rompe a artéria meníngea média.
O
paciente com hematoma epidural pode apresentar perda de consciência com
recuperação após alguns minutos ou horas. Porém, posteriormente, o
paciente sofre deterioração mental e algumas vezes, coma. Se não
tratado, pode causar danos neurológicos irreversíveis, aumento da
pressão sanguínea, problemas respiratórios e morte. Apenas de 10 a 27% dos pacientes apresentam os sintomas clássicos. Outros sintomas são cefaléia, vômito e convulsão.
O hematoma epidural é diagnosticado através da tomografia Computadorizada.
Os
hematomas epidurais pequenos, que não causem pressão no cérebro, podem
ser tratados sem cirurgia. Porém, na maioria dos casos, há a necessidade
do tratamento cirúrgico. A indicação cirúrgica pode incluir: qualquer
sintoma de hematoma epidural (forte cefaléia, deterioração neurológica),
ou um hematoma que meça mais de um centímetro. Os objetivos da cirurgia
são: remover o coágulo para diminuir a pressão intracraniana e eliminar
a pressão direta no cérebro, parar o sangramento e prevenir um novo
hematoma.
Os
fatores mais importantes no resultado do tratamento cirúrgico do
hematoma Epidural são: a escala de coma Glasgow - que mede nível de
consciência do paciente -, pupilas reagentes, exame motor e resultado da
tomografia.
Hematoma Subdural Agudo
O
hematoma subdural agudo ocorre entre a superfície do cérebro e a
dura-máter. Este hematoma geralmente é causado por traumatismo
decorrente de aceleração e desaceleração em altas velocidades
O hematoma subdural agudo é diagnosticado através de Tomografia Computadorizada.
Hematomas
menores não necessitam de tratamento cirúrgico. Geralmente, a cirurgia é
indicada em casos que o hematoma tem mais de um centímetro. A
craniotomia é necessária, pois o hematoma está coagulado.
Hematoma Subdural Crônico
O
hematoma subdural crônico é o acúmulo tardio de sangue, por pelo menos
duas semanas após o trauma, localizado sobre a superfície do cérebro.
Esse hematoma é mais comum em pessoas acima de 60 anos, que têm atrofia
cerebral. Em razão da atrofia, o cérebro fica relativamente menor dentro
do crânio. Consequentemente, qualquer trauma pode causar a ruptura de
uma artéria resultando no acúmulo lento de sangue. Em razão disto, pode
haver grande acúmulo de sangue antes de apresentar qualquer sintoma.
Outros fatores de risco incluem alcoolismo, epilepsia, uso de
anticoagulantes e diálise renal.
O
sintoma mais comum é cefaléia. Outros sintomas incluem letargia, perda
de memória, confusão mental, fraqueza, náusea, vômito, alterações
visuais e convulsões. Hematomas grandes podem causar paralisia e coma. O
hematoma subdural crônico pode simular outras doenças neurológicas
incluindo demência, derrame, ataque isquêmico, encefalite e outras
lesões como tumores cerebrais ou abscessos.
O
diagnóstico inicial é feito com tomografia e ressonância. Na
tomografia, estas lesões são tipicamente iso ou hiperdensas e podem se
estender sobre grande parte do cérebro. O diagnóstico errado de demência
é muito comum em pacientes idosos que apresentam indícios de declínio
da função mental em achados neurológicos.
O
tratamento é cirúrgico e feito através da retirada da coleção sangüínea
através da abertura de um pequeno orifício no crânio (trepanação). A
craniotomia é raramente necessária.
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