quinta-feira, 14 de novembro de 2013


Reumatologia Clínica As espondiloartropatias 3º ano do Curso de Medicina 2013 Introdução Espondilite é a inflamação da vértebra
Espondilartrite quando a espondilite envolve uma ou mais articulações vertebrais
Espondilodisceite é a combinação de inflamação da vértebra e do disco interverterbral
Êntese local de inserção de tendões, ligamentos, cápsulas e fáscias no osso
Entesite é inflamação das enteses está associada a artropatias ligadas ao HLA-B27 como a espondilite anquilosante, a artrite psoriática e a artrite reativa locais de afetação habituais são as vertebras espinais, crista ilíaca, calcanhar, tuberosidade tibial
Introdução Espondiloartropatias sero-negativas
Espondilite anquilosante (EA)
Artrite psoriática
Artrite reativa (Sd de Reiter)
Artropatias das doenças inflamatórias do intestino (artropatias enteropáticas)
Doença de Whipple
A EA pode aparecer associada a outras espondiloartropatias
Espondiloartropatias São doenças inflamatórias multisistêmicas que compartilham o quadro clínico e fatores hereditários
As espondiloartropatias caracterizam-se clinicamente por:
Lombalgia inflamatória afecta principalmente articulações vertebrais/ sacroilíacas
Artrite periférica usualmente assimétrica e afecta os membros inferiores
Entesite
Dactilite
Uveite
Espondiloartopatias Epidemiológicamente:
Predomínio no sexo masculino
Raça branca
HLA-B27 positivo
Pesquisa de fator reumatóide negativa
Espondilite anquilosante Espondilite anquilosante Espondilite anquilosante (do grego angkylos= espessamento ou fusão articular + spondylos = vértebras)
É uma doença inflamatória multisistêmica crónica de etiologia incerta que acomete principalmente o esqueleto axial - articulações sacro-ilíacas e coluna vertebral.
A anquilose (rigidez articular) é o evento final do lento e longo processo inflamatório.
Resulta em LOMBALGIA CRÓNICA E RIGIDEZ PROGRESSIVA Espondilite anquilosante Articulações sacroilíacas. Na espondilite anquilosante a sacroileite é a lesão típica Outras articulações afectadas na espondilite anquilosante Espondilite anquilosante
Epidemiologia Em norte americanos a prevalência do antígeno HLA-B27 é de 7% A prevalência da EA em indivíduos com HLA B27 (+) é de 1-2% Em familias com EA, a prevalência da doença em parentes do 1º grau que herdaram o HLA é de 10-30% A susceptibilidade é essencialmente genética com o HLA representando 33% do componente genético A prevalência da EA varia com a prevalência do HLA B27 numa dada população
A doença é mais prevalente na raça branca do que nas raças “não-brancas” Homens são mais afectados que as mulheres em 3:1 Afecta adultos jovens: pico de incidência entre os 20 e 30 anos 10-20% tem sintomas aos 16 anos - referida como EA juvenil
Espondilite anquilosante
Num estudo na população alemã e austríaca o atraso no diagnóstico foi de 8,5 anos nos HLA B27 (+) e de 11,4 anos nos HLA B27 (-) Em África: o quadro clínico é o clássico com envolvimento das articulações espinais e sacroilíacas em doentes estudados no Zimbabwe, Africa do Sul e Togo;
o envolvimento peripérico está presente em 40% dos doentes;
a doença avançada com coluna em bambo ocorre em 19% dos doentes; envolvimento da anca em 23% dos doentes;
doença nos olhos, pulmões, e coração é rara nos doentes africanos
Espondilite anquilosante -Patogênese Desconhece-se o papel do HLA B27, mas pensa-se que actue como um receptor para bactérias O processo patológico primário é a entese
As células que participam no processo patológico são: Linfócitos CD4+ Linfócitos CD8+ Macrófagos
Espondilite anquilosante As citoquinas que participam são: IL23 Estimula os linfócitos Th a diferenciarem-se em: Th produtores de IL17 Th produtores de IL-22
IL-17 É Pró-inflamatória Induz a produção de outras citoquinas, quimiocinas e Pg2
IL22 Mediador de respostas imunes celulares
TNF Produzido por macrófagos, linfócitos CD4+ e NK Estimula a secreção dos reagentes de fase aguda Induz a febre, apoptose, inflamação, sepsis, caquexia
Espondilite anquilosante Patologia Infiltração de linfócitos e macrófagos em zonas ligamentosas e periostais Formação de tecido de granulação subcondral Formação de edema da medula óssea subcondral Sinovite e formação de pannus
Espondilite anquilosante - patogênese Processo patológico primário: Nos locais de inserção dos ligamentos e tendões - Entesite
Na cartilagem e osso subcondral – formação de tecido de granulação
Na articulação - erosões ósseas
Reparação articular: com a regeneração há formação excessiva de tecido ósseo formação de sindesmófitos obliteração da articulação
Este processo ocorre por aumento da diferenciação das células mesenquimatosas em osteoblastos
Espondilartrites - patogênese Na coluna forma-se tecido de granulação na junção do anulus fibrosus do disco intervertebral com vértebra
as fibras anulares do disco sofrem ossificação formando os sindesmófitos são substituidas por osso formando uma ponte entre corpos vertebrais adjacentes
a progressão ascendente/descendente deste processo leva à “coluna de bambo” Manifestações clínicas Manifestações clínicas
A erosão dos corpos vertebrais na margem discal dá o aspecto de vértebra em quadrado Manifestações clínicas
Vista lateral da coluna lombo-sagrada mostrando sindesmófitos e a aparência da coluna em bambo Espondilartrites – manifestações clínicas Inicialmente: Articulações sacro-iliacas (75% dos casos) e o esqueleto axial (articulações costo-esternais)
Menos comum: Artrite da anca e ombro – ocorre em 50% dos casos Artrite periférica Oligoartrite assimétrica (membros inferiores-tornozelo) - observada em até 30% dos doentes em qualquer estágio da doença Envolvimento extra-articular (olhos, sistema CV)
Espondilartrites – manifestações clínicas Manifestações clínicas tipicas COLUNA DORSO-LOMBAR Lombalgia (glútea e sacroilíaca) Idade <40 anos Insidiosa Duração >3 meses Tipo inflamatória (melhora com a atividade) Associada a Rigidez matinal que melhora com a actividade Com o tempo a dor tem exacerbação noturna forçando o doente a levantar-se e mover-se COLUNA CERVICAL Ocorre tarde na progressão da doença Espondilartrites – manifestações clínicas EXAME FÍSICO Na coluna lombar Perda da mobilidade da coluna Limitação da flexão anterior e lateral A limitação dos movimentos é desproporcional ao grau de anquilose óssea refletindo um espasmo muscular secundário à dor e à inflamação Alteração da postura: perda da lordose lombar cifose torácica acentuada Contraturas em flexão dos quadris compensadas pela flexão dos joelhos Inclinação do pescoço para frente
Espondilartrites – manifestações clínicas EXAME FÍSICO Nas articulações costovertebrais Entesite dá dor torácica Fusão das articulações costovertebrais com: Expansão torácica reduzida Doença pulmonar restritiva
Espondilartrites – manifestações clínicas Fusão dos corpos vertebrais da coluna cervical devido aos sindesmófitos Espondilartrites – manifestações clínicas
EXAME FÍSICO A avaliação da progressão da doença através das medidas de: Distância do ocipucio até a parede Flexão da coluna Altura do doente Expansão do tórax - durante a inspiração (normal > 5cm) Manobra de Schober – o segmento de 10 cm marcado na coluna apartir da linha que une as cristas ilíacas posteriores deve aumentar com a flexão da coluna de 10 para 5 cm num adulto
Espondilartrites – manifestações clínicas Espondilartrites Manobra de Schober Mobilidade normal: a distância entre os dois pontos aumenta > 5cm Espondilartrites As complicações neurológicas não ocorrem até que a doença espinal esteja clinicamente avançada
As complicações neurológicas são secundárias a: Subluxação atlantoaxial Fraturas espinais Destruição dos discos vertebrais Estenose do canal espinal Sindrome de cauda equina causada por divertículos aracnoides
Espondilartrites – manifestações clínicas Com o tempo há Hipersensibilidade óssea nas: Articulações costoesternais – com dorsalgia Processos espinhosos – com dorsalgia Cristas iliacas Trocanter maior, tuberosidade isquiática Tuberosidade tibial Tornozelos
A hipersensibilidade óssea é causada pela Entesite.
Espondilite anquilosante Radiografia Sacroileite simétrica: apagamento das margens corticais do osso subcondral, erosões, esclerose, anquilose e obliteração articular
Coluna lombar: perda da lordose, erosão dos ângulos anteriores dos corpos vertebrais resultando no aspecto em quadrado dos corpos vertebrais; sindesmófitos marginais
TAC e RMN da coluna detectam inflamação intra-articular mais precocemente Espondilite anquilosante Sacroileite simétrica: apagamento das margens corticais do osso subcondral , erosões, esclerose, anquilose e obliteração articular Espondilite anquilosante Fusão das facetas articulares (setas) Osteíte dos ângulos anteriores das vértebras Sindesmófitos em ponte (setas) Espondilite anquilosante Manifestações extra-articulares Uveite anterior em 25 a 40% dos casos Em geral unilateral Pode preceder a espondilite Sintomas: olho vermelho, dor, visão turva, fotofobia Tem bom prognóstico com o tratamento Sinéquias e catarata podem ocorrer nos casos não tratados
Insuficiência aórtica
Fibrose pulmonar
Diagnóstico Achados laboratoriais Sem testes laboratoriais especificos HLA-27 é positivo em 90% dos casos VS e PCR elevados Anemia discreta Provas de função pulmonar: redução da capacidade vital e da capacidade residual funcional
Espondilite anquilosante Diagnóstico Critérios de Nova York (1984) Lombalgia inflamatória Limitação da mobilidade da lombar nos planos sagital e frontal Expansão limitada do tórax em relação aos valores padrão para a idade e sexo Sacroileite radiográficamente definida Critério diagnóstico: iv + i, ii ou iii.
Diagnóstico Caracteristicas da Lombalgia da EA Idade de início < 40 anos Insidiosa Duração >3 meses Tipo inflamatória (melhora com a atividade) Rigidez matinal que melhora com a actividade
Tratamento TRATAMENTO FARMACOLÓGICO ARTRITE Anti-inflamatórios não esteroides intraarticulares: triamcinolona Anti-inflamatórios não-esteroides como inibidores da COX 2 Agentes modificadores da doença: Sulfasalazina –eficaz na artrite periférica (2 a 3g/dia por 3-4 meses) Metotrexato Anti-TNF-α (INFLIXIMAB) e (ETANERCEPT)
UVEITE Corticoides tópicos ou sistêmicos
AORTITE Marca-passo ou substituição da válvula Diagnóstico FISIOTERAPIA Exercícios para manter a postura e a amplitude dos movimentos
Tratamento Cirurgia Na artrite grave Na anquilose espinal: Osteotomia Estabilização da fratura Na artrite da anca: Artroplastia da anca (substituição da anca)
Artrite reactiva Artrite reativa A artrite reativa (ARe)
é uma artrite estéril aguda provocada por uma infeção extra-articular
Causa autoimune
Incluida no grupo das espondiloartropatias
Na ARe há evidências objectivas ou pelo menos presuntivas de infeção precedente
Caracteristicas Ocorre 2-4 semanas após a infeção extra-articular As infeções são predominantemente gastrointestinais e genito-urinárias; respiratórias são também descritas A cultura do liquido sinovial é negativa Antibióticos não afectam o curso clínico da artrite
Artrite reativa A infeção ocorre nas mucosas habitualmente do trato gastrointestinal ou urogenital
A ARe decorre de infeção por agentes infecciosos específicos: Infeções entéricas Shigela, Salmonella, Yersinia, Campylobacter
Infeções urogenitais Chlamydia
Infeções do trato respiratório ocorrem em menos casos (Chlamydia pneumoniae, Streptococus β hemolyticus grupo A)
Sindrome de Reiter: Tríada: artrite, conjuntivite, uretrite O termo “Sindrome de Reiter” criado em 1942 caiu em desuso sendo actualmente usado o termo Artrite reativa
Epidemiologia O papel da HLA-27 Quando a ARe é secundária a infeção por Shigella, Yersinia e Chlamydia a prevalência do HLA-B27 é de cerca de 60% Quando a ARe é secundária a infeção por Salmonella e Campylobacter a prevalência HLA-B27 é de cerca < 50%
A ARe relacionada ao HIV Em África Não tem relação com o HLA-B27 Em geral presente no estadio I da infeção pelo HIV Sofre remissão com a progressão da doença viral No ocidente Associada ao HLA-B27 Exacerba com a progressão do HIV
Grupo etário mais afectado 18-40 anos (podendo ocorrer em crianças com <5 anos ) Homens: Mulheres 1:1 após infeção entérica; Homens mais afectados se ARe após infeção venérea
Epidemiologia Patogênese O papel dos microorganismos envolvidos na ARe não está claro
Sabe-se que todos os potenciais desencadeadores de ARe: são intracelulares tem capacidade de “atacar”superfícies mucosas
Os Ags persistem nos leucócitos da sinóvia por longos períodos após o episódio agudo Linfócitos T respondem especificamente aos Ags do microorganismo desencadeante na sinóvia inflamada
Papel do HLA-B27: não claro, mas: prolonga a sobrevida intracelular de alguns microorganismos o que pode permitir a migração dos leucócitos dos locais de infeção primária para as articulações onde linfócitos anti-bacterianos podem promover a artrite Artrite induzida por Chamydia – (1) infeção urogenital primária; (2) disseminação da bactéria para a articulação (3) persistência intracelular da (a) bactéria e (b) antígenos; detectados pelas células T que activam monócitos através de citoquinas. (4) produção e libertação de mediadores inflamatórios pelos monócitos activados; estabelecimento da inflamação História natural da doença A duração média da ARe é de 3-5 meses e 15% dos doentes desenvolvem sequelas crónicas ou progridem para espondiloartrite crónica
De acordo com o agente a doença estende-se por 1 ano: Yersinia: 4% Salmonella: 19% Chlamydia: 17%
Ataques de artrite recorrentes são raros mas possiveis
Dependendo da infeção a artrite crónica é observada em 2-18%, a sacroileite é observada em 14-49%, a espondilite anquilosante é observada em 12-26% dos doentes Manifestações clínicas Manifestações clínicas variáveis
1. Manifestações típicas Lombalgia inflamatória Dactilite Tendinite Fasceite
2. Artrite Monoartrite transitória isolada Oligoartrite assimétrica Aditiva ou migratória em 1-2 semanas Articulações afectadas: Membros inferiores: joelho, tornozelo, subtalares, metatarsofalângicas e interfalângicas Menos comum: pulso e dedos das mãos (<50% dos casos)
3. Doença sistêmica grave
Manifestações clínicas Manifestações clínicas Artrite do tornozelo com eritema Joelho com derrame Manifestações clínicas Fasceíte plantar Fasceíte – dor no local de inserção da fáscia plantar Manifestações clínicas Tendinite Tendinite Manifestações clínicas Manifestações extra-articulares Entesite/bursite Associada ou não a artrite
Doença ocular Conjuntivite Uveite
Doença muco-cutânea Úlceras orais Erupção pustulosa Eritema nodoso Ceratoderma blenorrágica – vesículas hiperqueratóticas nas palmas e plantas Onicólise
Lesões urogenitais Balanite Cervicite
Manifestações clínicas Ceratodermia blenorragica Ceratoderma blenorragica Manifestações clínicas Uveite Úlceras orais Diagnóstico Infeção extraarticular nas 1-4 semanas precedentes aos sintomas articulares na maioria dos casos
Artrite assimétrica aditiva ou migratória em 1-2 semanas
Diagnóstico Marcadores de inflamação elevados VS; PCR, anemia
Exames microbiológicos Pouco úteis É raro a infeção primária persistir até ao aparecimento da artrite reactiva Cultura do líquido sinovial (Yersinia e Chamydia) Serologia –pesquisa de Ac (Yersinia, Salmonella, Chlamydia) Diagnóstico Exames radiológicos Artrite ligeira Radiografia normal
Artrite persistente Osteoporose justaarticular Erosões marginais Perda do espaço articular Osteófitos nas inserções da fáscia plantar Progressão para fusão vertebral espinal é incomum Tratamento Fármaco sistémico de eleição Indometacina Corticoterapia intraarticular na doenca mono ou oligoarticular
Nos casos graves, persistentes ou refratários aos AI habituais Fenilbutazona Sulfassalazina
Na tendinite e fasceite Corticoterapia intralesional
Na uveite Corticoterapia tópica
Nas lesões cutâneas tratamento sintomático
antibioterapia sem benefício Tratamento Agentes modificadores da doenca Como 50% dos doentes recuperam em até 6 meses de doenca, nao se considera o uso de Agentes Modificadores da Doenca
Agente de escolha: Sulfasalazina Artrite psoriática Carateristicas clinicas A Artrite da psoríase (ArPs) é uma artrite inflamatória relacionada à psoríase Negativa para factor reumatóide
Articulações predominantes Articulações interfalângicas distais Articulações sacroilíacas
Assimetria
Destruição articular severa (artrite mutilante)
Introdução Caracteristicas clínicas
Artrite periférica
Artrite axial
Entesite
Dactilite
Psoríase da pele e das unhas
Classificação Existem vários critérios de classificação da Artrite Psoríatica. O critério de Caspar é o mais simples e específico
Critérios de CASPAR Doença inflamatória (articulações, vértebras, enteses) MAIS:
Pelo menos 3 dos seguintes: Psoríase (corrente, passada, familiar)
Distrofia das unhas (onicólise, hiperqueratose)
Factor reumatóide negativo
Neoformação óssea justa-articular (radiografias das mãos e pés)
Classificação Subtipos de ArPs
Artrite das articulações interfalângicas distais
Artrite mutilante
Poliartrite simétrica (semelhante à AR)
Artrite oligoarticular assimétrica
Espondilite predominante Manifestações clínicas Doença articular
Mono-artrite isolada ou oligoartrite assimétrica são as caracteristicas mais tipicas
Afecta frequentemente as articulações das mãos
Poliartrite simétrica das mãos e pés (clinicamente indistinguível da AR) – reflete doença de longa evolução e relaciona-se com erosões mais graves
Artrite erosiva destrutiva que provoca subluxação (periférica ou axial) (ocorre na doença de longa evolução)
Espondiloartropatia é rara : simétrica ou assimétrica
Manifestações clínicas Envolvimento predominante das articulações IFD Poliartrite simétrica Manifestações clínicas Artrite mutilante
Manifestações clínicas Manifestações musculo-esqueléticas
Dactilite caracteristica comum das Espondiloartropatias
associa-se a tenosinovite, edema dos tecidos moles e ósseo
Entesite carateristica comum das Espondiloartropatias ocorre em até 40% dos casos e pode ser o sinal de apresentação
locais comuns são o tendão de Aquiles, inserção da fáscia plantar no calcâneo, inserções ligamentosas nos ossos pélvicos
Sindrome do SAPHO: Sinovite, Acne pustulosa, Hiperostose, Osteíte
Manifestações clínicas Dactilite do segundo dedo Entesite – na inserção do tendão de Aquiles Manifestações clínicas Manifestações na pele e unhas Psoríase a presença de artrite não tem relação com a severidade das lesões da pele A doença da pele pode preceder a artrite em até 10 anos
Unhas Onicólise Nos doentes com psoríase a afectação das unhas é um factor de risco para o desenvolvimento de artrite A doença das unhas precede a artrite em 1-2 anos
Outras carateristicas extra-articulares – menos comuns Conjuntivite, irite, ulceração oral, uretrite e aortite
Diagnóstico
Clínico
Marcadores de inflamação
Radiologia Alterações destrutivas: osteólise, osteíte
Alterações proliferativas: neoformações ósseas
Alterações espinhais: sacroileite simétrica ou assimétrica; sindesmófitos
Diagnóstico Alterações erosivas das articulações IFD e IFP poupando as metacarpo-falângicas Diagnóstico Subuxação Erosões e subluxação Diagnóstico Anquilose total da articulação interfalângica distal Erosões ósseas Diagnóstico Sindesmófitos Tratamento Objectivos
Aliviar os sintomas e sinais
Melhorar a função e reduzir as limitações
Reduzir as deformidades
Atenuar o dano articular estrutural progressivo
Melhorar a qualidade de vida
Tratamento Factores de má resposta ao tratamento
Doença poliarticular
Elevados níveis de reagentes de fase aguda
Doença articular erosiva
Falta de resposta aos agentes terapêuticos habituais de 1ª linha Tratamento Lembrar que:
20-30% dos doentes com Psoríse desenvolvem Artrite
A artrite pode aparecer longos anos após a doença cutânea
Deteção da doença articular precocemente é importante Tratamento Componentes do tratamento
Não farmacológco
Educacão do doente e família Exercícios Nutrição Terapia ocupacional Cirurgia ortopedica
Farmacológico Tratamento Anti-inflamatórios não esteroides Nos sintomas músculo-esqueléticos
Glucocorticoides intrarticulares Eficazes mas podem precipitar uma crise de psoriase
Agentes modificadores da doença Metotrexato
Tratamento sistémico mais usado na ArPs Sulfasalazina Ciclosporina Leflunomida (antagonista da pirimidina)
Bibliografia

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