segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Ansiedade e violencia domestica

A ansiedade. Ansiedade em crianças

Ansiedade, ou nervosismo é uma característica biológica do ser humano, que antecede momentos de perigo real ou imaginário, marcada por sensações corporais desagradáveis, tais como uma sensação de vazio no estômago, coração batendo rápido, medo intenso, aperto no tórax, transpiração etc.

Causas
Esses dois aspectos, tanto a ansiedade quanto o medo, não surgem na vida da pessoa por uma escolha.
 Acredita-se que vivências interpessoais e problemas na primeira infância possam ser importantes causas desses sintomas.
Além disso, existem causas biológicas como anormalidades químicas no cérebro ou distúrbios hormonais.

Ansiedade é um estado emocional que se adquire como consequência de algum acto.
Consequências
Todas as pessoas podem sentir ansiedade, principalmente com a actual vida atribulada.
 A ansiedade acaba tornando-se constante na vida de muitas pessoas.
Dependendo do grau ou da frequência, pode se tornar patológica e trazer muitos problemas posteriores, como o transtorno da ansiedade. Mas, nem sempre  é patológica.

Ter ansiedade ou sofrer desse mal faz com que a pessoa perca uma boa parte da sua auto-estima, ou seja, ela deixa de fazer certas coisas
    porque se julga ser incapaz de realizá-las.
Dessa forma, o termo ansiedade está de certa forma ligado à palavra medo, sendo assim a
    pessoa passa a ter medo de errar quando da realização de diferentes tarefas, sem tentar.
A Ansiedade em níveis muito altos, ou quando em conjunto com a timidez ou depressão, impede que a pessoa desenvolva o seu potencial intelectual.
A aprendizagem é bloqueada e isso interfere não só na aprendizagem da educação tradicional, mas na inteligência social.
O indivíduo fica sem saber como se portar em ocasiões sociais ou no trabalho, o que pode
   levar a estagnação na carreira.Manifestações
As pessoas ansiosas têm um vasto número de sintomas.
Muitos resultam de um aumento da estimulação do sistema nervoso vegetativo ou autónomo, que controla o reflexo ataque-fuga.
Outros são somatizações, ou seja, os doentes
convertem a ansiedade em problemas fisicos,
incluindo dores de cabeça, distúrbios intestinais e tensão muscular.
Cerca da metade das pessoas com ansiedade sofrem principalmente de sintomas físicos, normalmente localizados nos intestinos e no peito.
Conforme a sintomatologia, a ansiedade pode ser classificada em vários transtornos, mas
sempre quando há um grau patológico, definido como aquele que causa interferência nas atividades normais do indivíduo.
Sintomas
 Fadiga
 Insónia
 Falta de ar ou sensação de sufocar
 Picadas nas mãos e nos pés
 Confusão
 Instabilidade ou sensação de desmaio
 Dores no peito e palpitações
Afrontamentos, arrepios, suores, frio, mãos
     húmidas.
 Boca seca
 Contrações ou tremores incontroláveis
 Tensão muscular, dores
 Necessidade urgente de defecar ou urinar
 Dificuldade em engolir
 Sensação de ter um "nó" na garganta
Dificuldades para relaxar
Dificuldades para dormir
 Leve tontura ou vertigem
 Vómitos incontroláveis
 Sensação de impotência
Tratamento
O tratamento é feito com psicoterapia e medicamentos, dentre os quais ansiolíticos e antidepressivos.
O tratamento é iniciado com ansiolíticos como, por exemplo, os benzodiazepínicos. Logo após a estabilização do paciente, o médico pode prescrever um antidepressivo para o controle da ansiedade.
Outra classe de medicamentos também utilizada são a dos beta-bloqueadores.
Há algumas técnicas que auxiliam na prevenção e tratamento da ansiedade:
1) Aprender a relaxar; 2) Procurar respirar profundamente algumas vezes do dia; 3) praticar desporto ou simplesmente uma caminhada; 4) Evitar café, bebidas e produtos que contenham estimulantes (coca, cafeína,

    cigarro); 5) Tirar dez minutos por dia para se alongar e meditar; 6) observar os seus pensamentos e direccioná-los para que sejam agradáveis.As perturbações emocionais –
ansiedade e depressão na
criança e no adolescente

Em psicopatologia, tal como em Medicina, no geral, é determinante a distinção entre o normal e o patológico.
O  medo e a ansiedade, podem constituir, reacções normais a situações adversas ou de perigo:
se o medo permite ao indivíduo afastar-se de

    um risco objectivo, a ansiedade assume o mesmo papel, ainda que esta surja na ausência de um estímulo ameaçador e se coloque no campo da antecipação.
Também os bebés e crianças pequenas podem ter medos “normais” do escuro ou de sons
    que desconhecem e, também, a partir dos 6 meses (mais ou menos) os rostos de pessoas
    desconhecidas ou o afastamento das figuras de referência (mãe, pai, pessoas com quem convive sempre).
É normal que crianças em idade pré-escolar apresentem receio de animais, a criaturas imaginárias, como monstros e fantasmas, à rejeição, a trovoadas e ruídos, e também ao escuro.
Assim como é normal que crianças, já
    em idade escolar, sintam grandes preocupações com as amizades e com a saúde física, também os adolescentes se podem centralizar em temas, como a morte, a religião, questões sociais e também sexuais.
Apesar disto, a distinção entre o normal e o  patológico tem que ocorrer na prática clínica.
Os comportamentos da criança/adolescente devem ser avaliados a fim de se detectar se os sintomas invadem a sua rotina, o que se pode manifestar por comportamentos mais desajustados, como o evitamento perante
    actividades adequadas ao sexo e à idade.
Há também que efectuar uma pesquisa de sintomatologia somática: palpitações,
    as cefaleias, os vómitos, a hipersudorese. A duração dos sintomas deve ser determinada, bem como o enquadramento dos mesmos
    no desenvolvimento psicossocial da criança e do adolescente.
Os medos/receios ditos normais das diversas faixas etárias são transitórios e pouco intensos, e não têm repercussões, nem no
    desenvolvimento, nem na rotina da criança ou do adolescente.
Do ponto de vista da etiologia, parecem estar implicados no aparecimento da ansiedade, factores constitucionais (genéticos, do temperamento) e sócio-familiares, nomeadamente padrões desadequados de funcionamento familiar. São de destacar alguns dados referidos na literatura:
existe uma maior probabilidade de surgirem perturbações de ansiedade em filhos de pais que apresentem a mesma perturbação;
Crianças de temperamento inibido e tímido parecem estar em maior risco de posteriormente virem a desenvolver esta perturbação;
acontecimentos de vida adversos podem condicionar o aparecimento de psicopatologia e possuem um carácter cumulativo;
 em termos de funcionamento familiar, a transmissão da patologia pode processar-se por aprendizagem e modelagem, ou por incapacidade dos cuidadores em reduzirem reacções de medo.Classificação das Perturbações de Ansiedade
As Perturbações de ansiedade podem ser classificadas em: Perturbação de Ansiedade
    de Separação, Perturbação de Ansiedade Social/Fobia Social, Fobias Específicas, Perturbação de Ansiedade Generalizada e Perturbação de Pânico, com ou sem Agorafobia.Perturbação de Ansiedade
de Separação
A ansiedade perante a separação do cuidador ocorre normalmente em crianças entre os seis meses e os três anos, diminuindo a partir desta idade.
No entanto, torna-se patológica quando surge numa idade não usual, especialmente a partir dos seis anos ou quando as manifestações de ansiedade são muito intensas ou na antecipação da separação.
Perturbação de Ansiedade Social/ Fobia Social
A Fobia Social consiste na sensação de medo persistente perante a exposição a situações sociais ou de avaliação, tais como o falar em público ou comunicar com estranhos.
Quem apresenta a perturbação tende a evitar
    as situações que o angustiam, ou vive-as com uma ansiedade imensa, que se pode manifestar por um aumento da frequênciaFobias específicas
    cardíaca, tonturas, rubor, alterações do trânsito gastrointestinal.
Existem outras fobias, que se traduzem por um medo intenso de objectos ou situações específicas: de andar de avião, de animais, das alturas, de ver sangue.
A Perturbação de Ansiedade Generalizada
Ocorre mais frequentemente na adolescência, e manifesta-se por preocupações excessivas, incontroláveis e múltiplas.
Estas preocupações habitualmente centram-se em temas relacionados com competência, acontecimentos futuros e desconhecidos, aprovação, catástrofes, pontualidade.
São comuns sintomas como irritabilidade, fadiga, dificuldades de concentração e queixas
    somáticas.
Pais muito exigentes ou, pelo contrário, demasiado flexíveis ou permissivos constituem um factor de risco para este tipo de perturbação.
Perturbação de Pânico,
A Perturbação de Pânico, por sua vez, caracteriza-se por crises inesperadas de ansiedade, acompanhadas por sintomas somáticos e outros cognitivos, tais como medo de morrer, de enlouquecer, de perder o
    controlo.
O pico da prevalência ocorre entre os 15 e os
    19 anos de idade.
A Agorafobia é diagnosticada se o indivíduo
    evita locais dos quais sinta que não possa sair
     facilmente.Fobia Escolar/Recusa escolar
A Recusa Escolar surge mais frequentemente
    nos períodos de transição escolar, e traduz-
    se por uma angústia intensa, receio de ficar só, comportamentos de dependência, alterações do sono, medos e queixa somáticas.
As crianças que recusam ir à escola manifestam grande desejo de ficar em casa,
    mantêm o interesse pelos estudos e
    têm habitualmente boa capacidade de aprendizagem e de desempenho escolar.
As PA estão frequentemente associadas a situações comórbidas – 50% dos casos, sendo o mais comum a coocorrência de outra perturbação da ansiedade e, imediatamente
    a seguir, de perturbações depressivas.Intervenção Terapêutica
Os pais devem ser aconselhados a tranquilizar a criança, mantendo uma atitude firme e segura;
A criança/adolescente deve ser incentivada a enfrentar o problema e a procurar uma solução para o mesmo;
Não se deve favorecer o evitamento excessivo das situações que causam ansiedade, sem
    que, no entanto, a criança/adolescente seja forçada para além da sua capacidade de adaptação.
 O tratamento de PA ou PD nos pais é algo também a ter em consideração.
Para além das medidas de intervenção mencionadas, a criança/adolescente tem indicação para um seguimento
    psicoterapêutico.
O tratamento farmacológico, por seu turno, pode ser um coadjuvante da abordagem
    anterior.
Ainda que a literatura seja pouco consensual
    relativamente ao uso de benzodiazepinas – devido ao risco de habituação e aos seus eventuais efeitos paradoxais, estas podem ser
    ponderadas, de forma transitória, em situações agudas pontuais.
Os antidepressivos podem constituir uma alternativa, assim como antipsicóticos em doses baixas.
São utilizados, na prática clínica, em situações de alguma gravidade e quando existem situações de comorbilidade, a sua ponderação deve ser feita pelo especialista.


A Violência Doméstica

Conceito de Violência
A violência é qualquer manifestação do comportamento humano que visa causar ou causa directamente a outra pessoa um dano físico (maus tratos, agressão sexual) ou um dano moral/psicológico (insultos, ameaças, humilhações)
Conceito de Violência Doméstica
A violência doméstica é uma situação em que um membro de uma família maltrata ou abusa física ou psicológicamente outro membro da família.
O agressor pode ser homem ou mulher mas é muito mais comum, o agressor ser um homem
Pode envolver violação ou abuso sexual e pode estar ligada a necessidades económicas de um membro da família dependente
Porque existe a Violência Doméstico
A violência doméstica ocorre em todos os níveis da sociedade, não somente nas famílias pobres, nem é característico de uma raça ou religião. Verifica-se em qualquer cultura.
A razão da sua existência deve-se a que quando há conflitos na família e não se usa o diálogo, a comunicação, o amor e a tolerância para os resolver, mas sim o poder que se traduz em força física ou ameaça.

O modelo actual das sociedades reforça o uso da força para resolver os problemas. Por isso, o agressor confia no uso da força para manter o poder e controle sobre outras pessoas da família, pois aprende que a violência se torna eficaz para obter esse controlo.
Exemplos de violência doméstica
Entre marido e mulher
Pais para filhos
Entre irmãos
De filhos para pais
Entre familiares próximos
As mulheres e as crianças são as principais vítimas

Implica maus tratos, agressões físicas, abuso e violência sexual.
Tem antecedentes na educação, em incorrectas e desiguais relações de poder, hierarquia entre os sexos, sendo a mulher subordinada
Pressões sociais, económicas, culturais e tradicionais, fazem com que as mulheres  sofram sem reinvindicar os seus direitos,

   conformando-se porque não têm meios/recursos. Ainda se incute na mulher que pertence ao marido.
 .  As crianças que vivem num ambiente violento, ficam com problemas de saúde, de fracasso escolar, podem provavelmente tornarem-se violentas.
O que provoca a violência contra as mulheres?
Factores pessoais do agressor:
Ter presenciado e vivenciado violência conjugal quando criança,
Ter sofrido abusos quando criança,
Pai ausente,
Consumo de bebidas alcóolicas e /ou drogas,

Factores de risco da relação:
Conflito conjugal,
Controlo masculino da riqueza e da tomada de decisões na família,
Factores da comunidade:
Pobreza e desemprego,
Associação a amigos delinquentes
Isolamento das mulheres e famílias

Factores da sociedade:
Papéis rígidos para ambos os sexos
Conceito de masculinidade ligado à dominação, honra e agressão,
Aceitação da violência como forma de resolução de problemas/conflitos
Normas sócio-culturais que concedem aos homens o controle sobre as mulheres
Principais Fontes de Violência
Sujeitos com déficit na formação humana
Degradação do tecido social
Frustração e fraca resistência à frustração
Fenómenos do contágio emocional e social
Personalidade bordeline
Sujeitos com dificuldade do controlo dos impulsos
Psicopatia

Baixa auto-estima
Interpretações trdicionais/culturais erróneas
Formas Usuais de violência
Violência psicológica:
Criticismo destrutivo
Abuso verbal; insultos
Ameaças, humilhações
Desrespeito
Recusa emocional
Autoritarismo, abuso de autoridade
Abuso de confiança


Negar actos cometidos ou minimizá-los
Chantagem afectiva
Recusa económica
Abandono dos filhos
Violência física (maus tratos):
Considerar a severidade dos ferimentos e frequência das ocorrências


Violação à integridade física:
Agarrar, dar pontapés, bater, empurrar, dar socos, contundir
Provocar queimaduras
Picar, asfixiar, apertando o pescoço ou tapando a boca
Tentativa de homicídio:
Não socorrer em caso de doença

Ter armas à vista para intimidar, ou chegar mesmo a tentar matar a vítima
Violência sexual (refere-se ao uso da força, ameaça ou coerção, para obter o acto sexual):
Imobilização, com uso ou não, de ameaças, de armas ou instrumentos ameaçadores
Provoca vários traumas físicos e psicológicos, de vários graus



Abuso sexual:
É todo o acto, ou jogo sexual, entre um adulto e um menor de 16 anos, com o fim de se estimular sexualmente, obtendo e satisfazendo desejos, apartir da criança
Inclui a violação, incesto, aliciamento, sedução, exploração sexual e o comércio do sexo. A maioria resulta da decadência dos valores morais.
A família e a violência doméstica
A violência doméstica afecta todos os membros da família, particularmente as crianças.
Efeitos da violência doméstica sobre a crianças:
Fuga de casa
Medo da violência
Incapacidade de falar do que se passa

Perda de concentração e perda de rendimento na escola
Enurese nas crianças mais pequenas
Depressão e pensamentos suicidas em adolescentes
Uso de droga e álcool
Comportamento agressivo
Perda de confiança nos adultos

Efeitos da violência doméstica no sistema familiar:
Desorganização familiar
Separação /divórcio do casal
Infecção do HIV
Rotura familiar
Consequências da violência
no comportamento da vítima
Desvalorização, complexos de inferioridade
baixa auto-estima, pessimismo e sentimento de desamparo
Dificuldades em relacionar-se, desconfiança e isolamento social
Graves sentimentos de culpa e de vergonha, que bloqueiam toda a vida afectiva
Frustração, ansiedade, irritabilidade

Trauma psicológico
Desadaptação ao meio, conflitos, medos, insegurança
Insónias, pesadelos
Desordens de personalidade
Depressão crónica
Pensamentos de suicídio/ tentativa de suicidio
 Abandono ou negligência dos filhos

Bloqueio emocional
Síndrome da dor crónica
 Comportamentos aditivos
Transtorno de stress pós – traumático
Propensão para sofrerem outros abusos físicos, sexuais ou emocionais
Auto-agressão
Transmissão geracional da violência
Na sexualidade da vítima
Dependendo da história individual e experiência de vida, podem desenvolver:
Maior preocupação com assuntos sexuais
Insatisfação nas relações sexuais
Sexualidade desordenada, evitação em ter parceiro, em ter sexo
Não conseguir ter prazer
Só ter prazer com dor ou com a dor dos outros

Os rapazes vítimas de sodomia, tornam-se potenciais agressores
Aumentar a actividade sexual, com promiscuídade e até prostituição
Impulso de praticar sexo violento
Possibilidade de adquirir doenças de transmissão sexual (DTS), especialmente HIV/SIDA

Engravidar e criar filhos não desejados que irão ter muitos problemas, piorando o trauma da mãe
Participar em relações incestuosas, (pais e filhas, entre irmãos, tios e sobrinhas) se tiverem filhos, podem nascer com doenças genéticas
Identidade difusa
Como detectar sinais e sintomas de violência doméstica?
Pedido de ajuda directo ou latente
Insegurança e medo do mundo exterior
Queixas psicossomáticas
Dificuldade nos contactos relacionais e afectivos
Depressão, desânimo
Ansiedade
Baixa auto-estima




Sinais de dificuldade para cuidar dos filhos
Baixo rendimento laboral
Reacções das mulheres à situação de violência
Resistência
Tentar manter a paz
Fuga
Submissão às exigências de seus maridos
Motivos para continuar no relacionamento:
Medo de represálias
Perda de suporte financeiro


Preocupação com os filhos
Dependência emocional e finaceira
Esperança de que “ele vai mudar um dia”
O ciclo da violência doméstica
É difícil dizer como começa a violência doméstica e muitas vezes esta só termina com a separação do agressor e da vítima.
Geralmente regista-se um ciclo entre as várias agressões do agressor à sua vítima
1ª fase: acumular de tensões
Ocorrem incidentes em que há agressão verbal a propósito de pequenas desavenças


Mesmo agressões físicas menores
O ambiente familiar é tenso, o agressor está irritado e impaciente
Há casos, em que está sempre mal-humorado e implicativo em casa, mas fora pode ser uma pessoa diferente, cordial e simpático
2ª: Num dado momento o agressor tem uma explosão violenta, perde o controle:

Insulta, humilha
Bate, atira objectos à vítima, aperta o pescoço, atira-a para o chão.
3ª: o agressor arrepende-se do que fez, às vezes fica com medo de que outras pessoas fiquem a saber e pede perdão e promete não voltar a fazer o que fez.
Procura ser amável e acalmar as coisas com a


   vítima e família.
Passado um tempo, os problemas e conflitos que não foram resolvidos voltam a aparecer e ressurge a tensão e mau ambiente em casa e tudo volta ao princípio.
Técnicas a serem usadas com a vítima
Confidencialidade
Escuta activa
Empatia
Disponibilidade
Segurança e confiança
Aceitação incondicional
 Orientação da vítima
Providenciar apoio psicológico
Como é uma família sem violência?
É obrigação de todos os membros da família tratarem-se com respeito.
Algumas características de uma relação familiar sã podem ser:
Companheirismo – decisões partilhadas e responsabilidade mútua
Igualdade económica – liberdade para trabalhar, estudar, evoluir

Apoio e confiança – ouvir, compreender e valorizar as opiniões dos vários membros da família
Respeito – estar sensível para as necessidades dos outros
Segurança física – respeitar os espaços íntimos, poder exprimir objectivos e motivos em harmonia


Respeito sexual – aceitar o outro, suas crenças e seus valores
A dor, o trauma e o sofrimento não constituem formas adaptadas e funcionais, são sintomas da existência de disfunções na relação do casal ou em qualquer um dos membros da família
O ser humano é um ser relacional . Uma

    relação saudável entre o homem e mulher está alicerçada na forma como se aprendeu a falar ou a calar, na forma como se aprendeu a funcionar psicológicamente e na sua educação
Conselhos a dar às vítimas
As vítimas frequentes de agressão devem ter um plano de fuga:
Deixar em lugar seguro, que o agressor desconheça, uma chave de casa, dinheiro para uma emergência, uma mala com alguma roupa, fotocópia dos seus documentos e se possível também para as crianças.
Pensar e escolher antecipadamente um local

   seguro para se refugiar
Ter a morada e telefone de instituições que possam prestar auxílio: Muleide, AMMCJ, Liga dos Direitos Humanos, esquadras
Se tem carro,  ter chave extra em lugar seguro.
Ao ser agredida nunca correr para a cozinha ou casa de banho, ir para divisões mais amplas, que não tenham objectos perigosos

Se possível para fora de casa.
Não ter medo nem vergonha de pedir socorro.
Se o agressor abandonou a casa, mudar a fechadura, o número telefone, mudar os percursos, evitar andar sozinha na rua
A vítima pode e deve accionar os seus direitos:
Recorrer à polícia e tribunal
Conselhos ao potencial agressor
Quando este se sentir perder controlo:
Afastar-se da outra pessoa
Dar uma caminhada, correr, dar murros numa almofadas no quarto sozinho, para descarregar a cólera e acalmar
Impôr a si próprio uma rotina de exercícios e relaxamento
Conversar com alguém de confiança



Pensar que o seu problema não é único
Pensar em algo agradável da sua vida, ou à sua volta
Multitasking pessoas conseguiram melhorar e controlar-se
Pode procurar aconselhamento profissional, fazer uma terapia






Sem comentários:

Enviar um comentário