segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

niveis de desenv e aprendizagem



Níveis e fases do Desenvolvimento Humano

O desenvolvimento é a sequência das modificações relacionadas à idade, que ocorrem a uma pessoa desde a concepção até à morte.

O crescimento refere-se ao aumento do tamanho de partes do corpo ou do organismo enquanto um todo, enquanto o desenvolvimento se refere a mudanças na diferenciação funcional e nas capacidades das partes do corpo.

Desenvolvimento são as mudanças físicas, intelectuais, emocionais e de comportamento social de uma pessoa, em resposta às mudanças de crescimento e de capacidades ao longo do tempo, através de um processo de maturação e de interacção com o ambiente circundante.
Fases de Desenvolvimento
                          zigoto     - 0 a 2 semanas
   Pré-Natal{     embrião - 2 semanas a 2 meses
                          feto         - 2 a 9 meses

                          neo-natal-nascimento ao 2º mês
   1ª infância{   1ª infância interm. –2 a 15meses
                          fase final 1ª inf. – 15 a 30 meses

                    
                        fase inicial – 2,5 a 6 anos
2ª infância{   fase inter. – 6 a 9/10 anos
                        fase final { meninas:9 a 11/12 anos
                                           meninos:10 a 12,5 anos

                       

                          puberdade {meninas:11,5 a 14 anos
                                                meninos:12,5 a 15 anos

Adolescência{  interm.{       meninas:14 a 16 anos
                                                 meninos:15,5 a 18 a

           final{                             meninas: 16 a 20 anos
                                                  meninos: 18 a 22 anos


                          início{   mulheres: 20 a 30 anos
                                        homens:    22 a 35 anos

  Vida adulta{ interm.{ mulheres:30 a 45 anos
                                         homens:   35 a 50 anos

                           final{ mulheres: 45 a 60 anos
                                      homens: 50 a 65 anos

                      
                              mulheres: 60 até à morte
    Senescência{   homens: 65 até à morte
ESTÁDIOS DO DESENVOLVIMENTO
Psicossexual - Freud
   Freud define e caracteriza cinco estádios  de desenvolvimento psicossexual:

Estádio Oral (0 – 12/18 meses)
Estádio Anal (12/18 meses - 2/3 anos)
Estádio Fálico (2/3 anos – 5/6 anos)
Estádio de Latência (5/6 anos - puberdade)
Estádio Genital (depois da puberdade)

ESTÁDIO ORAL
   Dos  – 12/18 meses                 
   O ser humano nasce com Id, isto é, com um conjunto de pulsões inatas.
   O Ego forma-se, no primeiro ano de vida, de uma parte do Id que começa a ter características próprias. Estas formam-se pela consciência das percepções internas e externas que o bebé vai experienciando.

A zona erógena do bebé, nos primeiros meses, é constituída pelos lábios e pela cavidade bucal. A alimentação é uma grande fonte de satisfação. Quando o bebé tem fome, está inquieto e chora; quando é alimentado, fica saciado e feliz. O mamar dá grande prazer ao bebé. O chupar o seio é, para os freudianos, representado como a primeira actividade sexual.

 A criança nasce num estado indiferenciado, sem ter consciência de que o seu corpo se diferencia da mãe. A qualidade das relações entre a mãe, (de notar que se designa por mãe a pessoa que desenvolve cuidados do tipo materno.) que o alimenta e cuida, e o bebé vai reflectir-se na vida futura.

O estádio Oral é constituído por um período em que a criança é muito passiva e dependente do outro, é a época do desmame, em que a criança é mais activa e pode mesmo morder o seio ou o biberão. O desmame corresponde a uma frustração que vai situar a criança em relação à realidade do mundo.
ESTÁDIO ANAL -  12/18 MESES - 2/3 ANOS

 
    A maturação e o desenvolvimento psicomotor vão permitir à criança reter ou expulsar as fezes e a urina, no estádio anal.


 A ambivalência está também presente na forma como a criança hesita entre ceder ou opor-se às regras de higiene que a mãe exige. As relações interpessoais – com a mãe e com as outras pessoas – vão estabelecer-se neste contexto, daí a importância dada à forma como se educa a criança a ser asseada.
ESTÁDIO FÁLICO - 2/3 ANOS – 5/6 ANOS


    No estádio fálico, a zona erógena é a região genital.


As crianças estão interessadas em questões do género: Como nascem os bebés; estão atentas às diferenças anatómicas entre os sexos, às relações entre os pais e às relações entre homens e mulheres; têm brincadeiras onde explorar estes interesses, como brincar aos médicos e aos pais e ás mães.

 Freud deu particular importância a este estádio por ser durante este período que as crianças vão vivenciar o Complexo de Édipo e por ser no fim desta etapa que a estrutura da personalidade está formada com a existência do superego.

ESTÁDIO DE LATÊNCIA -  5/6 ANOS - PUBERDADE
    Após a vivência do complexo de Édipo, e com um superego já formado, a criança entra numa fase de latência. Ela vai como que esquecer alguns acontecimentos e sensações vividos nos primeiros anos de sexualidade através de um processo que se designa amnésia infantil.
    O estádio de latência por uma diminuição da actividade sexual, que pode ser total ou parcial.

    A criança pode, nesta fase, de uma forma mais calma e com mais disponibilidade interior, desenvolver competências e fazer aprendizagens diversas: escolares, sociais e culturais.
   Uma das grandes aprendizagens é a compreensão dos papéis sexuais, isto é, o que é ser mulher e ser homem, na sociedade em que vive.


A vergonha, o pudor, o nojo, a repugnância, são sentimentos que contribuem para controlar e reter a libido. A existência do superego vai manifestar-se em preocupações morais.
ESTÁDIO GENITAL depois da puberdade
Para a psicanálise, a adolescência vai reactivar uma sexualidade que esteve como que adormecida durante o período da latência.
A puberdade traz novas pulsões sexuais genitais. Também o mundo relacional do adolescente é alargado a pessoas exteriores à família.

O adolescente poderá, assim, fazer escolhas sexuais fora do mundo familiar, bem como adaptar-se a um conjunto de exigências socioculturais.

Desenvolvimento psicossocial
A teoria do desenvolvimento psicossocial de Erik Erikson prediz que o crescimento psicológico ocorre através de estágios e fases, não ocorre ao acaso e depende da interacção da pessoa com o meio que a rodeia. Cada estágio é atravessado por uma crise psicossocial entre uma vertente positiva e uma vertente negativa.

 As duas vertentes são necessárias mas é essencial que se sobreponha a positiva.
A forma como cada crise é ultrapassada ao longo de todos os estágios irá influenciar a capacidade para se resolverem conflitos inerentes à vida.

O primeiro estágio – confiança/desconfiança
Ocorre aproximadamente durante o primeiro ano de vida (0 - 18 meses).
A criança adquire ou não uma segurança e confiança em relação a si próprio e em relação ao mundo que a rodeia,através da relação que tem com a mãe. Se a mãe não lhe der amor e não responde às suas necessidades, a criança pode desenvolver medos, receios, sentimentos de desconfiança que poderão vir a reflectir-se nas relações futuras.

Se a relação é de segurança, a criança recebe amor e as suas necessidades são satisfeitas, a criança vai ter melhor capacidade de adaptação às situações futuras, às pessoas e aos papéis socialmente requeridos, ganhando assim confiança.
Virtude social desenvolvida: esperança.
O segundo estágio – autonomia/dúvida e vergonha
Aproximadamente entre os 18 meses e os 3 anos.
É caracterizado por uma contradição entre a vontade própria (os impulsos) e as normas e regras sociais que a criança tem que começar a integrar. É altura de explorar o mundo e o seu corpo e o meio deve estimular a criança a fazer as
    coisas de forma autónoma, não sendo alvo de extrema rigidez, que deixará a criança com sentimentos de vergonha.

A atitude dos pais aqui é importante, eles devem dosear de forma equilibrada a assistência às crianças, o que vai contribuir para elas terem força de vontade de fazer melhor. De facto, afirmar uma vontade é um passo importante na
    construção de uma identidade. Manifesta-se nas "birras"; nos porquês; querer fazer as coisas sozinho.
Virtude social desenvolvida: desejo.
O terceiro estágio – iniciativa/culpa
Aproximadamente entre os 3 e 6 anos
É o prolongamento da fase anterior mas de forma mais amadurecida: a criança já deve ter a capacidade de distinguir entre o que pode fazer e o que não pode fazer.
Este estágio marca a possibilidade de tomar iniciativas sem ter o sentimento de culpa: a criança experimenta diferentes papéis nas brincadeiras em grupo, imita os adultos.

Deve-se estimular a criança no sentido de que
    pode ser aquilo que imagina ser, sem sentir culpa.
Neste estádio a criança tem uma preocupação com a aceitabilidade dos seus comportamentos, desenvolve capacidades motoras, de linguagem, pensamento, imaginação e curiosidade.

Questão chave: serei bom ou mau?
Virtude social desenvolvida: propósito.
O quarto estágio – indústria (produtividade)/inferioridade
Decorre na idade escolar antes da adolescência (6 - 12 anos)
A criança percebe-se como pessoa trabalhadora, capaz de produzir, sente-se competente.
 Neste estágio, a resolução positiva dos anteriores tem especial relevância: sem confiança, autonomia e iniciativa, a criança não poderá afirmar-se nem sentir-se capaz.

O sentimento de inferioridade pode levar a bloqueios cognitivos, descrença quanto às
    suas capacidades e a atitudes regressivas: a criança deverá conseguir sentir-se integrada na escola, uma vez que este é um momento de novos relacionamentos interpessoais importantes.


Questão chave: Serei competente ou
    incompetente?
Virtude social desenvolvida: competência.
O quinto estágio – identidade/confusão de identidade
Marca o período da adolescência
É neste estágio que se adquire uma identidade psicossocial: o adolescente precisa de entender o seu papel no mundo e tem consciência da sua singularidade.
Há uma recapitulação e redefinição dos elementos de identidade já adquiridos – esta é a chamada crise da adolescência.

Factores que contribuem para a confusão da identidade são:
perda de laços familiares e falta de apoio no crescimento; expectativas parentais e sociais divergentes do grupo de pares; dificuldades em lidar com a mudança; falta de laços sociais exteriores à família (que permitem o
reconhecimento de outras perspectivas) e o insucesso no processo de separação emocional entre a criança e as figuras de ligação.

Neste estágio a questão chave é: Quem sou eu?
Virtude social desenvolvida: fidelidade
O sexto estágio – intimidade/isolamento
Ocorre entre os 20 e os 35 anos, aproximadamente
A tarefa essencial deste estágio é o estabelecimento de relações íntimas (amorosas, e de amizade) duráveis com outras pessoas. A vertente negativa é o isolamento, pela parte dos que não conseguem estabelecer compromissos nem troca de afectos com intimidade.

Questão chave deste estágio: Deverei partilhar a minha vida ou viverei sozinho?
Virtude social desenvolvida: amor
O sétimo estágio – generatividade/estagnação
(35 - 60 anos)
É caracterizado pela necessidade em orientar a geração seguinte, em investir na sociedade em que se está inserido. É uma fase de afirmação pessoal no mundo do trabalho e da família. Há a possibilidade do sujeito ser criativo e produtivo em várias áreas.
Existe a preocupação com as gerações vindouras; produção de ideais; obras de arte;

    participação política e cultural; educação e criação dos filhos. A vertente negativa leva o indivíduo à estagnação nos compromissos sociais, à falta de relações exteriores, à preocupação exclusiva com o seu bem estar, posse de bens materiais e egoísmo.
Virtude social desenvolvida: cuidado do outro.
O oitavo estágio – integridade/desespero
Ocorre a partir dos 60 anos
É favorável uma integração e compreensão do passado vivido. É a hora do balanço, da avaliação do que se fez na vida e sobretudo do que se fez da vida. Quando se renega a vida, se sente fracassado pela falta de poderes físicos, sociais e cognitivos, este estágio é mal ultrapassado.

Integridade - Balanço positivo do seu percurso vital, mesmo que nem todos os sonhos e desejos se tenham realizado e esta satisfação prepara para aceitar a idade e as suas consequências.
Desespero - Sentimento nutrido por aqueles que considerem a sua vida mal sucedida, pouco produtiva e realizadora, que lamentem

    as oportunidades perdidas e sentem ser já demasiado tarde para se reconciliarem consigo mesmo e corrigir os erros anteriores. Neste estágio a questão chave é: Valeu apena ter vivido?
Virtude social desenvolvida: sabedoria.
O Desenvolvimento cognitivo, segundo Piaget
Estádio sensório – motor (0 - 2 anos)
inteligência prática, baseada nas sensações e nos movimentos (o mundo que existe para o bebé é apenas aquele que ele vê, ouve ou sente e sobre o qual age);
antes dos 8 meses: é como se o mundo fosse uma sucessão de imagens, sem ligação entre si, em que as coisas deixam de existir quando deixam de ser percepcionadas.

A partir dos 8 meses: adquire a noção de permanência do objecto progressivamente, vai sendo capaz de agir intencionalmente, de modo cada vez mais coordenado, para obter o fim pretendido (ex.: obter um objecto)
no final deste estádio: surge a capacidade de representação mental e de simbolização, o pensamento é acção interiorizada.

Estádio pré-operatório (2-7 anos)
função simbólica: capacidade de representação mental e simbolização;
egocentrismo intelectual: a criança acha que o mundo foi criado para si e não é capaz de perceber o ponto de vista do outro
animismo: o egocentrismo estende-se aos objectos e outros seres vivos, aos quais a

    criança atribui intenções, pensamentos, emoções e comportamentos próprios do ser humano;
pensamento mágico: a realidade é aquilo que a criança sonha e deseja, e dá explicações com base na sua imaginação, sem ter em consideração questões de lógica;

    interessa-se essencialmente por resultados práticos; a sua percepção imediata é encarada como verdade absoluta
o pensamento é pré-operatório - a criança não consegue efectuar operações mentais.

Estádio das operações concretas (7-11/12 anos)
pensamento lógico: tem capacidades para realizar operações mentais, pois compreende que existem acções reversíveis
compreende a existência de conceitos
já não se baseia na percepção imediata e começa a compreender a existência de

    características que se conservam, independentemente da sua aparência.
a existência de conceitos vai permitindo compreender a relação parte-todo, fazer classificações, seriações e perceber a conservação do número.


Estádio das operações formais (12-16 anos)
consegue realizar não só operações concretas mas também operações formais.
Neste estádio, já é possível resolver  problemas usando pensamento abstracto consegue-se colocar mentalmente todas as hipóteses.


pensamento abstracto: é capaz de se desprender do real e raciocinar sem se apoiar em factos, ou seja, não precisa de operacionalizar e movimentar toda a realidade para chegar a conclusões;
 raciocínio hipotético-dedutivo: coloca hipóteses, formulando mentalmente todo o conjunto de explicações possíveis.

é capaz de pensar sobre o próprio pensamento e sobre os pensamentos das outras pessoas e, portanto, percebe que, face a uma mesma situação, diferentes pessoas têm diferentes pontos de vista.
Aprendizagem, comportamento e socialização

Aprendizagem é o processo pelo qual as competências, habilidades, conhecimentos, comportamento ou valores são adquiridos ou modificados, como resultado de estudo, experiência, formação, raciocínio e observação. Este processo pode ser analisado a partir de diferentes perspectivas, de forma que há diferentes teorias de aprendizagem.


Aprendizagem é uma das funções mentais mais importantes em humanos e animais e também pode ser aplicada a sistemas artificiais.
Aprendizagem humana está relacionada com a educação e desenvolvimento pessoal. Deve ser devidamente orientada e é favorecida quando o indivíduo está motivado. O estudo da aprendizagem utiliza os conhecimentos e teorias da neuropsicologia, psicologia, educação e pedagogia.


O processo de aprendizagem pode ser definido  como o modo como os seres humanos adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam o comportamento.
Resumo Histórico:
Antiguidade - A aprendizagem vem sendo estudada e sistematizada desde os povos da antiguidade oriental.


Já no Egipto, na China e na Índia a finalidade era transmitir as tradições e os costumes. Na antiguidade clássica, na Grécia e em Roma, a aprendizagem passou a seguir duas linhas opostas porém complementares:1- A pedagogia da personalidade visava a formação individual. 2-  A pedagogia humanista desenvolvia os indivíduos numa linha onde o sistema de ensino/sistema educacional era representativo da realidade


    social e dava ênfase à aprendizagem universal.
Idade Média
Durante a Idade Média, a aprendizagem e
    consequentemente o ensino (aqui ambos seguem o mesmo rumo) passaram a ser determinados pela religião e seus dogmas.
 No final daquele período, iniciou-se a separação entre as teorias da aprendizagem e do ensino com a independência em relação ao clero.

 Devido às modificações que ocorreram com o advento do humanismo e da Reforma no século XVI, e sua ampliação a partir da revolução francesa, as teorias do ensino-aprendizagem continuaram a seguir seu rumo natural.
Século XVII ao início do Século XX:
 A doutrina central sobre a aprendizagem era

    demonstrar cientificamente que determinados processos universais regiam os princípios da aprendizagem, tentando explicar as causas e formas de seu funcionamento.
Muitos acreditavam que a aprendizagem estava intimamente ligada apenas ao condicionamento.
Na década de 30 os cientistas Edwin Guthrie, Clark Hull e Edward Tolman pesquisaram sobre as leis que regem a aprendizagem.
As definições de aprendizagem
Segundo alguns estudiosos, a aprendizagem é um processo integrado que provoca uma transformação qualitativa na estrutura mental daquele que aprende. Essa transformação se dá através da alteração da conduta de um indivíduo, seja por condicionamento operante, experiência ou ambos, de uma forma razoavelmente permanente.


As informações podem ser absorvidas através de técnicas de ensino ou até pela simples aquisição de hábitos.
Um outro conceito de aprendizagem é uma mudança relativamente durável do comportamento, de uma forma mais ou menos sistemática, ou não, adquirida pela experiência, pela observação e pela prática motivada.


O ser humano nasce potencialmente inclinado a aprender, necessitando de estímulos externos e internos (motivação, necessidade) para a aprendizagem.
 Há aprendizagens que podem ser consideradas natas, como o acto de aprender a falar, a andar, necessitando que se passe pelo processo de maturação física, psicológica e social.

Na maioria dos casos a aprendizagem dá-se no meio social e temporal em que o indivíduo convive.
Sua conduta muda, normalmente, por esses factores, e por predisposições genéticas.


Piaget (1975) define que o equilíbrio cognitivo implica afirmar a presença necessária de acomodações nas estruturas; bem como a conservação de tais estruturas em caso de acomodações bem sucedidas.
Nos estudos de Piaget, a teoria da equilibração, de uma maneira geral, trata de um ponto de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, e assim, é considerada como um mecanismo auto-regulador, necessária para assegurar à criança uma interação eficiente dela com o meio-ambiente.

É de Piaget o postulado de que o pleno desenvolvimento da personalidade sob seus aspectos mais intelectuais é indissociável do conjunto das relações afetivas, sociais e morais que constituem a vida da instituição educacional.
As influências e os processos

A aprendizagem é influenciada pela inteligência, motivação, e, segundo alguns teóricos, pela hereditariedade (existem controvérsias), onde o estímulo, o impulso, o reforço e a resposta são os elementos básicos para o processo de fixação das novas informações absorvidas e processadas pelo indivíduo.


A motivação
Aprende-se melhor e mais depressa se houver interesse pelo assunto que se está a estudar. Motivado, um indivíduo possui uma atitude activa e empenhada no processo de aprendizagem e, por isso, aprende melhor
Os conhecimentos anteriores
Os conhecimentos anteriores que um indivíduo possui sobre um assunto podem condicionar a aprendizagem.

Há conhecimentos, aprendizagens prévias, que, se não tiverem sido concretizadas, não permitem a possibilidade de se aprender. Uma nova aprendizagem só se concretiza quando o material novo se incorpora, se relaciona, com os conhecimentos e saberes que se possui.
A quantidade de informação
A possibilidade de o Homem aprender novas informações é limitada:

    não é possível integrar grandes quantidades de informação ao mesmo tempo.
 É necessário proceder-se a uma selecção da informação relevante, organizando-a de modo a poder ser gerida em termos de aprendizagem.
A diversidade das actividades
Quanto mais diversificadas forem as abordagens a um tema, quanto mais

    diferenciadas as tarefas, maior é a motivação e a concentração e melhor decorre a aprendizagem.
A planificação e a organização
A forma como se aprende pode determinar, em grande parte, o que se aprende. A definição clara de objectivos, a selecção de estratégias, é essencial para uma aprendizagem bem sucedida. Contudo, isto não basta: é necessário planificar

    organizar o trabalho por etapas, e ir avaliando os resultados.
A cooperação
A forma como cada ser humano encara um problema e a forma como o soluciona é diferente. Por isso, determinados tipos de problemas são mais bem resolvidos e a aprendizagem é mais eficaz se existir trabalho de forma cooperativa com os outros.
Estilos de aprendizagem

Cada indivíduo apresenta um conjunto de estratégias cognitivas que mobilizam o processo de aprendizagem. Em outras palavras, cada pessoa aprende a seu modo, estilo e ritmo.
 Visual: aprendizagem centrada na visualização
Auditiva: centrada na audição


Leitura/escrita: aprendizagem através de textos
Activa: aprendizagem através do fazer
Olfativa : através do cheiro pode possibilitar conhecimento já adequirido anteriormente.
 
Socialização

Socialização é a assimilação de hábitos característicos do seu grupo social, todo o processo através do qual um indivíduo se torna membro funcional de uma comunidade, assimilando a cultura que lhe é própria.
É um processo contínuo que nunca se dá por terminado, realizando-se através da comunicação, sendo inicialmente pela "imitação" para se tornar mais sociável.

O processo de socialização inicia-se, contudo, após o nascimento, e através, primeiramente, da família ou outros agentes próximos, da escola, dos meios de comunicação de massas e dos grupos de referência que são compostos pelas nossas bandas favoritas, actores, atletas, super-heróis, etc.
A Socialização é o processo através do qual o indivíduo se integra no grupo em que nasceu

    adquirindo os seus hábitos e valores característicos. É através da socialização que o indivíduo pode desenvolver a sua personalidade e ser admitido na sociedade.
A socialização é, portanto, um processo fundamental não apenas para a integração do indivíduo na sua sociedade, mas também, para a continuidade dos sistemas sociais.

É o processo de integração do indivíduo numa sociedade, apropriando comportamentos e atitudes, modelando-os por valores, crenças, normas dessa mesma culturas em que o indivíduo se insere.
 Tipos:
 Socialização primária - onde a criança aprende e interioriza a linguagem, as regras básicas da sociedade, a moral e os modelos

    comportamentais do grupo a que se pertence. A socialização primária tem um valor primordial para o indivíduo e deixa marcas muito profundas em toda a sua vida, já que é aí que se constrói o primeiro mundo do indivíduo.
    Socialização secundária: todo e qualquer processo subsequente que introduz um indivíduo já socializado em novos sectores do


mundo objectivo da sua sociedade (na escola, nos grupos de amigos, no trabalho, nas actividades dos países para os quais visita ou emigra, etc.), existindo uma aprendizagem das expectativas que a sociedade ou o grupo depositam no indivíduo relativamente ao seu desempenho, assim como dos novos papéis que ele assumirá nos vários grupos a que

    poderá pertencer e nas várias situações em que pode ser colocado.


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