Os exames mais solicitados na hepatite C
O diagnostico da hepatite C deve considerar uma combinação de fatores,
que incluem, o histórico do portador, o exame físico, uma serie de
exames de sangue e finalmente uma biópsia do fígado. Só um médico
especialista em hepatite C pode fazer o diagnostico de forma correta.
Com médicos não especialistas tudo é uma questão de sorte, pois a
maioria desconhece, ainda, a hepatite C.Do ponto de vista do paciente, o mesmo fica alarmado, quando não apavorado, com a quantidade de exames solicitados. O propósito deste artigo, escrito sem fins médicos, e com o simples intuito do portador entender o porque de alguns dos testes de laboratório mais comuns que podem ser solicitados.
E bom lembrar que anormalidades que possam aparecer nos exames não são diagnósticos de doenças específicas e que só um médico qualificado que conheça o caso individual do paciente pode fazer um diagnostico seguro.
Tentamos, assim, mostrar que o fato de alguns resultados se apresentarem anormais, especialmente as transaminases, não indicam necessariamente que o problema possa ser devido a presencia do vírus da hepatite C é que uma serie de exames complementares serão solicitados pelo médico para se ter certeza que o resultado não está alterado por alguma outra doença.
Antes de dar inicio ao tratamento, o médico, deve ter total certeza que os resultados anormais dos exames são oriundos da hepatite C, e não de qualquer outra doença que também possa alterar estes exames.
TGP ou ALT ou SGPT ou GPT
TGP é uma enzima produzida nas células do fígado. Não é produzido exclusivamente pelo fígado, porém é onde se encontra mais concentrado. É liberado na circulação sangüínea como o resultado de dano hepático. Serve então como um indicador bastante específico do estado do fígado.
Não é produzido especificamente pela hepatite C e sim por qualquer tipo de hepatite (por vírus, por drogas, por álcool, por alimentos, etc.). Pode ser produzida pela morte de células ocasionada por choque tóxico.
TGO ou AST ou SGOT ou GOT
E normalmente encontrado em uma diversidade de tecidos inclusive o fígado, coração, músculos, rim, e cérebro. É liberado no sangue quando qualquer um destes tecidos estiver estragado. Por exemplo, seu nível no sangue sobe com ataques de coração e com desordens nos músculos. Não é então um indicador altamente específico de dano no fígado.
FOSFATASE ALCALINA
Fosfatase alcalina é uma enzima, ou mais precisamente uma família de enzimas relacionadas, produzida nos dutos da bílis, no intestino, rim, placenta e ossos. Uma elevação no nível da fosfatasse alcalina , especialmente quando o TGP é normal ou modestamente elevado e alguma atividade na TGO, sugestiona doença nos dutos da bílis.
A fosfatase alcalina também é produzida nos ossos, podendo ser aumentada se algum problema existe nos ossos.
GGT - GAMA GLUTAMIL TRANSFERASE OU TRANSPEPTIDASE
Ao igual que a fosfatase alcalina e também produzida nos dutos da bílis que, podendo ser elevada em pacientes com doenças nos dutos da bílis. Elevações do GGT, especialmente junto com elevações da fosfatasse alcalina, sugestionam a existência de doença nos dutos da bílis.
A GGT é um teste extremamente sensível, e pode ser elevado por qualquer doença, e às vezes pode ser elevado em indivíduos normais. A GGT também é induzido por muitas drogas, inclusive álcool, e seu nível pode ser aumentado em grandes bebedores, inclusive na ausência de dano hepático ou inflamação.
BILIRRUBINA
Bilirrubina é o produto da destruição de células vermelhas velhas do sangue, porem algumas outras fontes podem produzir um aumento destas.
Na fase aguda das hepatites a bilirrubina geralmente é elevada, passando a valores normais durante a fase crônica da doença e aumentando os valores novamente na instalação da cirroses.
ALBUMINA
Albumina é a proteína principal da circulação sangüínea. A albumina é sintetizada pelo fígado e segregada no sangue. Baixas concentrações de albumina indicam que a função do fígado está deficiente. A concentração de albumina é normalmente normal em doenças crônicas do fígado até que a cirrose e um dano maior esteja presente. Níveis de albumina podem ser baixos em outras doenças, como a desnutrição, infecções renais e outras condições mais raras.
TEMPO DE PROTROMBINA
Muitos fatores de coagulação do sangue são produzidos no fígado. Quando o dano hepático é elevado, são diminuídas a sínteses dos fatores de coagulação. O tempo de protrombina é um tipo de teste de sangue executado no laboratório e fornece resultados elevados quando as concentrações no sangue de alguns dos fatores de coagulação estão baixos.
Na doença crônica do fígado o seu valor não é normalmente elevado até que a cirrose está presente e o dano hepático é bastante significante.
Na fase aguda de doenças do fígado, o tempo de protombina pode ser elevado, com dano severo no fígado severo e poderá voltar ao normal quando o paciente se recupera. O tempo de protombina também pode ser elevado em casos de deficiência de vitamina K.
CONTAGEM DAS PLAQUETAS
Plaquetas são as menores células do sangue.
Em algumas pessoas com doença no fígado, o baço é aumentado quando o fluxo de sangue pelo fígado é dificultado, isolando as plaquetas no baço que fica aumentado de tamanho.
Nas doenças crônicas do fígado a contagem das plaquetas somente diminui depois que a cirrose se desenvolve.
A contagem de plaquetas pode ser anormal em muitas outras doenças, não somente nas doenças do fígado.
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