quinta-feira, 8 de maio de 2014

Anatomia das fossas nanais

Anatomia das fossas nanais

As fossas nasais constituem o segmento inicial da árvore respiratória, comunicando-se com o exterior por intermédio das narinas e, com a rinofaringe, através das coanas. Em número de duas, uma para cada lado, as fossas nasais estão separadas por um septo osteocartilagíneo – o septo nasal – e são constituídas por quatro paredes:
a)      Uma inferior ou assoalho, que corresponde à abóbada  palatina;
b)     Uma superior ou abóboda, formada, da frente para trás, pelo osso frontal, lâmina crivosa do etmóide e parede anterior do corpo do esfenóide;
c)      Uma medial ou septo nasal, constituída, adiante, pela cartilagem quadrangular ou septal e, posteriormente, pela lâmina perpendicular do etmóide e pelo vômer;
d)     Parede externa ou lateral, de todas a mais importante, formada pela justaposição de vários ossos (maxilar superior, palatino, etmóide e corneto inferior) e chamada parede turbinada, pois nela se dispõem, de cima para baixo, três a quatro saliências osteomucosas denominadas cornetos ou conchas. As conchas nasais normalmente são em número de três (inferior, médio e superior), podendo existir um quarto e, excepcionalmente, um quinto ou corneto supremo. São saliências que se inserem na parede lateral da fossa nasal, em sentido anteroposterior, de tamanho decrescente de baixo para cima, e que possuem uma extremidade anterior ou cabeça, uma extremidade posterior ou cauda e uma porção intermediária ou corpo.
As conchas limitam, com a própria parede externa da fossa nasal, espaços denominados meatos. Ao nível do meato inferior desemboca o canal nasolacrimal. O meato médio tem uma estrutura mais complexa, determinada pelos canais e orifícios de comunicação das cavidades paranasais anteriores (frontal ,maxilar e etmóide anterior). Nesse meato encontra-se o hiato semilunar, limitado anteriormente pelo processo ou apófise unciforme e posteriormente pela saliência da bulha etmoidal, daí denominar-se também goteira uncibular, onde desemboca o canal  nasofrontal;  a parte posterior  e inferior desta goteira denomina-se infundíbulo, onde se abre o óstio do seio maxilar. O conjunto dessas estruturas anatômicas do meato médio, juntamente com o orifício de drenagem do seio maxilar, constituem  o complexo ósteo-meatal.  

 
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 Anatomia dos seios paranasais

        As cavidades nasais, assim denominadas de preferência a seios da face, são cavidades situadas ao lado das fossas nasais, comunicando-se com estas por intermédio de canais e de orifícios ou óstios.  São cavidades simétricas, distribuídas em número de quatro para cada lado: maxilar, frontal, etmoidal e esfenoidal.  Os chamados seios anteriores ( frontal, maxilar e etmóide anterior) desembocam ao nível do meato médio, enquanto os chamados seios anteriores(  etmóide posterior e esfenoidal ) desembocam na altura do meato superior.
A)     Seio maxilar
No recém nascido, é apenas um divertículo da fossa nasal, diminuta cavidade arredondada com 7 a 14 mm de comprimento. Com a erupção de segunda dentição, o seio atinge desenvolvimento completo aos 12 anos de idade. O antro maxilar comunica-se com a fossa nasal, ao nível do meato médio, por um óstio próprio. É limitado por:
- Uma parede superior comum ao assoalho orbitário.
-Uma parede interna comum à fossa nasal.
- Uma parede anterior ou jugal, utilizada como acesso cirúrgico na operação de Caldwel-Luc.
- Uma parede inferior em relação com os ápices dos dentes pré-molares e molares, que se acham separados do soalho do seio maxilar por uma delgada lâmina óssea.
- Uma parede póstero-externa ou tuberosidade do maxilar.
O ângulo de encontro das paredes superior e interna corresponde às células etmoidais inferiores, que podem fazer saliência no interior da cavidade sinusal.

B)     Seio frontal
O seio frontal só se individualiza após o nascimento e nada mais é que uma célula etmoidal anterior “migrada” entre as tábuas interna e externa do osso frontal, o que se inicia por volta dos quatro anos de idade. Mantém-se rudimentar até os sete anos e só adquire maturação completa após os 10-12 anos, embora continue crescendo até os 20 anos de idade.  Pode estar ausente no adulto ou, ao contrário, adquirir desenvolvimento exagerado. Comunica-se com o meato médio por intermédio do canal nasofrontal, que desemboca na goteira uncibular, ora numa célula etmoidal, ora num prolongamento do meato sem ligação com a goteira uncibular.
Apresenta uma parede anterior em relação com os tegumentos cutâneos;  uma parede posterior correspondente à fossa cerebral anterior; uma parede inferior comum ao teto da órbita na sua metade externa e à fossa nasal na sua metade interna; uma parede interna, que nada mais é do que o septo intersinusal, limitando-se com o seio do lado oposto.

C)     Células etmoidais
Apresentam um volume total de cerca de 2 a 3 cm³. Representadas por pequenas eventrações arredondadas por ocasião do nascimento, começam a se  desenvolver  a partir do segundo ano de vida e terminam a maturação por  volta dos  12-13 anos.
A lâmina óssea de inserção do corneto médio divide as células etmoidais em dois grupos principais: etmóide anterior e etmóide posterior.  As células etmoidais anteriores variam em número, geralmente não mais que oito. As células etmoidais posteriores são em número de apenas três ou quatro, mais volumosas que as anteriores.
O labirinto etmoidal apresenta uma parede lateral, denominada lâmina papirácea, que entra na constituição da parede interna da órbita; uma parede medial correspondente à região turbinada das fossas nasais; uma parede superior em relação com o soalho da fossa craniana anterior; uma parede inferior em contato com o seio maxilar; uma parede anterior que se projeta na apófise frontal do maxilar e, finalmente, uma parede posterior em contigüidade com o seio esfenoidal.
  
D)     Seio esfenoidal
A partir dos nove meses e idade, o seio esfenoidal prossegue seu desenvolvimento até a idade adulta. Apresenta uma parede superior ou teto, que serve de soalho à fossa pituitária, e uma parede lateral em relação à fossa craniana média e seio cavernoso, uma parede anterior em contigüidade com o etmóide posterior e a fossa nasal, e uma parede inferior correspondente à nasofaringe. 


 

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