Anatomia das fossas nanais
As fossas nasais constituem o segmento inicial da árvore
respiratória, comunicando-se com o exterior por intermédio das narinas
e, com a rinofaringe, através das coanas. Em número de duas, uma para
cada lado, as fossas nasais estão separadas por um septo
osteocartilagíneo – o septo nasal – e são constituídas por quatro
paredes:
a) Uma inferior ou assoalho, que corresponde à abóbada palatina;
b) Uma
superior ou abóboda, formada, da frente para trás, pelo osso frontal,
lâmina crivosa do etmóide e parede anterior do corpo do esfenóide;
c) Uma
medial ou septo nasal, constituída, adiante, pela cartilagem
quadrangular ou septal e, posteriormente, pela lâmina perpendicular do
etmóide e pelo vômer;
d) Parede
externa ou lateral, de todas a mais importante, formada pela
justaposição de vários ossos (maxilar superior, palatino, etmóide e
corneto inferior) e chamada parede turbinada, pois nela se dispõem, de
cima para baixo, três a quatro saliências osteomucosas denominadas
cornetos ou conchas. As conchas nasais normalmente são em número de três
(inferior, médio e superior), podendo existir um quarto e,
excepcionalmente, um quinto ou corneto supremo. São saliências que se
inserem na parede lateral da fossa nasal, em sentido anteroposterior, de
tamanho decrescente de baixo para cima, e que possuem uma extremidade
anterior ou cabeça, uma extremidade posterior ou cauda e uma porção
intermediária ou corpo.
As conchas limitam, com a própria parede externa da fossa nasal,
espaços denominados meatos. Ao nível do meato inferior desemboca o canal
nasolacrimal. O meato médio tem uma estrutura mais complexa,
determinada pelos canais e orifícios de comunicação das cavidades
paranasais anteriores (frontal ,maxilar e etmóide anterior). Nesse meato
encontra-se o hiato semilunar, limitado anteriormente pelo processo ou
apófise unciforme e posteriormente pela saliência da bulha etmoidal, daí
denominar-se também goteira uncibular, onde desemboca o canal nasofrontal; a parte posterior e
inferior desta goteira denomina-se infundíbulo, onde se abre o óstio do
seio maxilar. O conjunto dessas estruturas anatômicas do meato médio,
juntamente com o orifício de drenagem do seio maxilar, constituem o complexo ósteo-meatal.
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Anatomia dos seios paranasais
As cavidades
nasais, assim denominadas de preferência a seios da face, são cavidades
situadas ao lado das fossas nasais, comunicando-se com estas por
intermédio de canais e de orifícios ou óstios. São cavidades simétricas, distribuídas em número de quatro para cada lado: maxilar, frontal, etmoidal e esfenoidal. Os
chamados seios anteriores ( frontal, maxilar e etmóide anterior)
desembocam ao nível do meato médio, enquanto os chamados seios
anteriores( etmóide posterior e esfenoidal ) desembocam na altura do meato superior.
A) Seio maxilar
No recém nascido, é
apenas um divertículo da fossa nasal, diminuta cavidade arredondada com
7 a 14 mm de comprimento. Com a erupção de segunda dentição, o seio
atinge desenvolvimento completo aos 12 anos de idade. O antro maxilar
comunica-se com a fossa nasal, ao nível do meato médio, por um óstio
próprio. É limitado por:
- Uma parede superior comum ao assoalho orbitário.
-Uma parede interna comum à fossa nasal.
- Uma parede anterior ou jugal, utilizada como acesso cirúrgico na operação de Caldwel-Luc.
- Uma parede
inferior em relação com os ápices dos dentes pré-molares e molares, que
se acham separados do soalho do seio maxilar por uma delgada lâmina
óssea.
- Uma parede póstero-externa ou tuberosidade do maxilar.
O ângulo de
encontro das paredes superior e interna corresponde às células etmoidais
inferiores, que podem fazer saliência no interior da cavidade sinusal.
B) Seio frontal
O seio frontal só
se individualiza após o nascimento e nada mais é que uma célula etmoidal
anterior “migrada” entre as tábuas interna e externa do osso frontal, o
que se inicia por volta dos quatro anos de idade. Mantém-se rudimentar
até os sete anos e só adquire maturação completa após os 10-12 anos,
embora continue crescendo até os 20 anos de idade. Pode
estar ausente no adulto ou, ao contrário, adquirir desenvolvimento
exagerado. Comunica-se com o meato médio por intermédio do canal
nasofrontal, que desemboca na goteira uncibular, ora numa célula
etmoidal, ora num prolongamento do meato sem ligação com a goteira
uncibular.
Apresenta uma parede anterior em relação com os tegumentos cutâneos; uma
parede posterior correspondente à fossa cerebral anterior; uma parede
inferior comum ao teto da órbita na sua metade externa e à fossa nasal
na sua metade interna; uma parede interna, que nada mais é do que o
septo intersinusal, limitando-se com o seio do lado oposto.
C) Células etmoidais
Apresentam um
volume total de cerca de 2 a 3 cm³. Representadas por pequenas
eventrações arredondadas por ocasião do nascimento, começam a se desenvolver a partir do segundo ano de vida e terminam a maturação por volta dos 12-13 anos.
A lâmina óssea de
inserção do corneto médio divide as células etmoidais em dois grupos
principais: etmóide anterior e etmóide posterior. As
células etmoidais anteriores variam em número, geralmente não mais que
oito. As células etmoidais posteriores são em número de apenas três ou
quatro, mais volumosas que as anteriores.
O labirinto
etmoidal apresenta uma parede lateral, denominada lâmina papirácea, que
entra na constituição da parede interna da órbita; uma parede medial
correspondente à região turbinada das fossas nasais; uma parede superior
em relação com o soalho da fossa craniana anterior; uma parede inferior
em contato com o seio maxilar; uma parede anterior que se projeta na
apófise frontal do maxilar e, finalmente, uma parede posterior em
contigüidade com o seio esfenoidal.
D) Seio esfenoidal
A partir dos nove
meses e idade, o seio esfenoidal prossegue seu desenvolvimento até a
idade adulta. Apresenta uma parede superior ou teto, que serve de soalho
à fossa pituitária, e uma parede lateral em relação à fossa craniana
média e seio cavernoso, uma parede anterior em contigüidade com o
etmóide posterior e a fossa nasal, e uma parede inferior correspondente à
nasofaringe.
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