Malária
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A principal causa da mortalidade infantil
A malária é a principal causa da mortalidade de crianças em
Moçambique. Anualmente, cerca de 36.000 crianças morrem de malária e
cerca de 40 por cento de todas as consultas externas e 60 por cento das
consultas internas nas enfermarias de pediatria devem-se à malária.
A malária contribui para a mortalidade infantil de três formas principais:
- Primeiro, uma forte infecção aguda, que frequentemente manifesta em forma de ataques ou coma, pode matar rapida e directamente uma criança.
- Segundo, as infecções repetidas de malária contribuem para o desenvolvimento da anemia severa, que aumenta sobremaneira o risco de morte.
- Terceiro, o baixo peso à nascença – frequentemente consequência da infecção da malária em mulheres grávidas – é um grande factor de risco para a saúde no primeiro mês de vida.
Risco para as mães
A malária é também um risco para a saúde da mulher grávida, visto que
tem efeitos adversos na mãe e na criança ainda não nascida, incluindo a
anemia materna, perda fetal, parto prematuro e bebés com baixo peso à
nascença. A malária contribui para a mortalidade materna quando ocorre
ao mesmo tempo que condições como a tuberculose, infecção pelo HIV,
malnutrição e deficiência de ferro.
A prevenção é melhor que a cura
Uma das melhores formas de prevenir a malária, juntamente com a
pulverização doméstica com insecticidas, é o uso de redes mosquiteiras
tratadas com insecticidas ou as mais recentes redes tratadas com
insecticidades de longa duração, que não precisam de re-tratamento.
Moçambique possui um programa alargado de distribuição e promoção de
redes tratadas com insecticidas.
O que está sendo feito
Entre 2000 e 2009, o UNICEF apoiou a distribuição, em todo o país, de
2,9 milhões de redes mosquiteiras tratadas com insecticidas para
mulheres grávidas, crianças com idade inferior a cinco anos, crianças
órfãs e vulneráveis e pessoas vivendo com HIV, de um total de 5,7
milhões de redes distribuídas por vários parceiros.
Até 2009, as mulhers grávidas em todas as províncias, à excepção de
Maputo, haviam recebido redes tratadas com insecticidas de longa duração
através dos serviços pré-natais.
O programa apoiado pelo UNICEF complementa o programa de Pulverização Residual Intradomiciliária.
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As redes tratadas com insecticidas de longa duração são de
distribuição gratuita para as mulheres grávidas, através dos serviços de
cuidados pré-natais nas unidades sanitárias e às crianças com idade
inferior a cinco anos através das campanhas de saúde.
O UNICEF trabalhou com o Ministério da Saúde e vários outros
parceiros no desenvolvimento de uma estratégia custo-eficaz de
distribuição das redes mosquiteiras ao nível dos distritos sob direcção
das Equipas Distritais de Saúde.
De igual modo, o UNICEF apoia o Ministério da Saúde na aquisição de
medicamentos anti-maláricos, através da iniciativa da UNITAID, e está a
estudar, com o Ministério da Saúde, a possibilidade de se envolver nos
serviços de aquisição de grandes quantidades de redes mosquiteiras
tratadas com insecticidas de longa duração, em prol da cobertura
universal.
Passos a seguir
Entre 2010 e 2011, o UNICEF continuará apoiando o Ministério da Saúde
na expansão da cobertura com redes tratadas com insecticidas de longa
duração e outros métodos de prevenção e tratamento da malária em duas
áreas de intervenções.
Reforço da capacidade de planificação e prestação de serviços ao nível distrital
- Distribuir anualmente redes mosquiteiras tratadas com insecticidas de longa duração às mulheres grávidas, crianças com idade inferior a cinco anos e crianças órfãs e vulneráveis através das unidades sanitárias em colaboração com parceiros.
Apoiar o desenvolvimento de políticas nacionais, coordenação e definição de padrões e normas
- Defender, junto de todos os ministérios e partes interessadas, e mobilizar recursos (incluindo redes mosquiteiras tratadas com insecticida de longa duração, kits para testes, medicamentos) para crianças com idade inferior a cinco anos e mulheres grávidas, com atenção especial sobre os grupos vulneráveis.
- Apoiar, e reforçar a expansão das principais intervenções de controlo da malária (ex.: Terapias de combinação à base de artemisina, Tratamento Intermitente Preventivo, introdução do tratamento domiciliário, etc.)
- Fornecer apoio técnico à prevenção e controlo da malária em Moçambique.
- Apoiar a implementação da recém-formulada estratégia de comunicação nacional, através da utilização de uma combinação estratégica de iniciativas de comunicação integrada como as brigadas multimédia móveis, os teatros comunitários e redes de rádios comunitárias, criar um ambiente de apoio/protecção onde se promovem e sustentadas mudanças de comportamento.
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