terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
AMENORRÉIA
AMENORRÉIA
Amenorréia
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
ASPECTOS GERAIS:
Mamas presentes/ FSH nl/ útero ausente:
Agenesia mülleriana e sínd de resistência completa aos
androgênios.
Dosar testosterona.
Mamas ausentes ou com desenvolvimento parcial/FSH ↑:
DISGENESIA GONADAL.
Investigação = obtenção de cariótipo.
Mamas ausentes ou com desenvolvimento parcial/ FSH nl
ou ↓/ útero presente:
SOP, hipotireoidismo e hiperprolactinemia.
Dosar: TSH, prolactina e outros.
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HISTÓRIA CLÍNICA:
Definir se amenorréia primária ou secundária
Desenvolvimento puberal; dados familiares; dados pessoais
pregressos; queixas clínicas específicas; exercícios físicos; história
obstétrica; disfunção psicológica; uso de medicações; outros.
EXAME FÍSICO:
Desenvolvimento puberal: estatura, envergadura e peso.
Baixa estatura → S. de Tuner ou atraso constitucional da
puberdade
Habitos eunucóide → S. de Kallman
Desenvolvimento mamário: critérios de Tanner.
Mamas + → exposição aos estrogênios e atividade ovariana.
Genitalia externa: volume do clitóris, integridade himenal, presença
ou ausência uterina( toque retal bimanual ou toque vaginal).
Avaliacao geral: hirsutismo, acne, pigmentação cutânea, vitiligo.
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EXAMES COMPLEMENTARES:
Geral: ΒhCG (gravidez), estradiol, prolactina(PRL), TSH e T4L,
gonadotrofinas.
LH e FSH ↑: adenomas produtores de gonadotrofinas,
perimenopausa, síndrome dos ovários resistentes, falência
prematura dos ovários, disgenesia gonádica e galactosemia.
LH e FSH normais ou ↓: alteração hipofisária ou
hipotalâmica
Outros(a depender do QC de cada paciente):
Testosterona e sulfato de diidroepiandrostenediona (virilização,
hirsutismo);17 Hidroxiprogesterona androstenadiona e cortisol (hiperplasia
adrenal congênita);
Cortisol livre salivar, cortisol urinário ou teste de supressão com
baixas doses de dexametasona(sínd. de Cushing);________________________________________________________________________________________________________________________
Amenorreia Primária:
1)Presença ou ausência de alterações anatômicas(útero e vagina) -
exame físico ou USG.
Útero ausente: cariótipo e dosagem de testosterona ( diag. ≠
agenesia Mülleriana e S. dos testículos feminizantes).
Útero presente e sem alterações obstrutivas: ΒhCG e FSH.
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FSH elevado: FOP
Determinar cariótipo ( Síndrome de Tuner e mosaicos ou
disgenesia gonadal pura- XX e XY ).
FSH nl ou reduzido: Dist. hipotalâmico e/ou hipofisário
Verificar função hipofisária
Se alterações de campo visual e cefaléia – ex de imagem.
Clinicas específicas:
Galactorréia → PRL e TSH
Hiperandrogenismo → testosterona e sulfato de DHEA
HAS + amenorréia primária → def. de 17-α-hidroxilase
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Teste da progesterona: se PRL e função tireoideana normais.
Procedimento: administrar medroxiprogesterona 10mg/dia vo
durante 5 dias.
Interpretação: se houver sangramento nos próximos 2 a 7 dias →
estímulo estrogênico adequado.
Teste do estrogênio + progesterona:
Procedimento: administrar preparação de estrogênio oral(
estrógenos conjugados) por 21 dias e associar um progestágeno
nos últimos 5 dias.
Interpretação: sem sangramento → lesão endometrial ou anomalia
úterovaginal;
com sangramento → ausência de lesão endometrial
ou anomalia úterovaginal.
Ressonância Nuclear Magnética (RNM);
Vídeo-Histeroscopia.
CASOS
QUESTÃO-1
No ambulatório você atendeu a uma mulher de 18 anos com
queixa de amenorréia primária. Exame clínico normal, exceto
por uma escassez de pêlos pubianos e axilares. Avaliação
laboratorial mostrava valores elevados de LH, testosterona e
estradiol, enquanto os níveis de FSH, prolactina e DHEAS eram
normais; cariótipo XY. Com base apenas nestas informações, a
paciente em questão apresenta:
a) Forma completa de resistência androgênica
b) Forma completa de disgenesia gonadal XY (Síndrome de Swyer)
c) Deficiência completa de 5α-redutase
d) Deficiência de 17,20-liase
QUESTÃO-2
Paciente feminina, 32 anos e IMC de 23, apresenta
amenorréia há 1 ano, sintomas de deficiência
estrogênica e gonadotrofinas elevadas. Tem um filho de
5 anos, nascido de parto normal. É portadora também de
tireoidite de Hashimoto, em uso de tiroxina. A primeira
hipótese diagnóstica é:
a)
b)
c)
d)
e)
Falência ovariana prematura
Hiperprolactinemia
Mau controle do hipotireoidismo
Adenoma hipofisário produtor de gonadotrofinas
Síndrome de Turner
QUESTÃO-3
Paciente de 33 anos de idade procurou o endocrinologista por estar
amenorréica há 2 anos. À idade de 21 anos teve estabelecido o
diagnóstico de diabetes tipo 1 e há 3 anos soube ser portadora de
tiroidite de Hashimoto (em tratamento com L-tiroxina, 100 µg/dia).
A avaliação laboratorial revelou os seguintes resultados: glicemia de
jejum = 144 mg/dL (em uso de insulina glargina e insulina inalável);
HbA1c = 8,4% (VR:46%); LH = 40 UI/L; FSH = 70 UI/L;
prolactina = 74 ng/mL (VR= 2,8–29,2); TSH = 28 mcUI/mL (VR=
0,3–5); T4 livre = 0,6 ng/dL (VR= 0,8–1,5); anticorpo anti-TPO =
630 UI/mL (VR= < 35). Sobre este caso, podemos afirmar que:
a)A função adrenal deve ser obrigatoriamente investigada.
b)A paciente deve fazer cariótipo para excluir síndrome de Turner.
c)A amenorréia desta paciente é secundária à hiperprolactinemia.
d)A correção do hipotiroidismo certamente possibilitará o retorno das
menstruações.
e)A paciente deve ser submetida à ressonância magnética hipofisária.
QUESTÃO-4
Com relação às meninas portadoras de Síndrome de Turner, é
incorreto afirmar que:
a)Tireoidite de Hashimoto e Doença de Graves são mais
prevalentes nestas pacientes, sendo indicado monitoramento
constante através de dosagens de anticorpos antitireoideanos e
TSH.
b)O tratamento com estrogênio deve ser iniciado ao redor de 11
anos, pois melhora auto-estima e funções cognitivas sem interferir
na idade óssea e estatura final.
c)Ecocardiografia faz parte da abordagem pelas cardiopatias que
podem estar associadas, acometendo especialmente o lado
esquerdo do coração.
d)A baixa estatura é causada por haploinsuficiência do gene SHOX
e)Uma minoria de pacientes pode ter desenvolvimento puberal
normal, com menarca espontânea e fertilidade preservada.
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