segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

(ASPIRAÇÃO MANUAL INTRAUTERINA

OBSTETRÍCIA

AMIU

(ASPIRAÇÃO MANUAL INTRAUTERINA)
A técnica da aspiração manual intrauterina (AMIU) é indicada para úteros de tamanho equivalente a, no
máximo, 12 semanas de gestação.
Tal procedimento deve ser feito sob analgesia ou anestesia, pois a dilatação cervical, principalmente
do orifício interno, e os espasmos do esvaziamento da cavidade são causas de dor abdominal e cólicas.
A anestesia comumente empregada é o bloqueio paracervical.

INDICAÇÕES
Biópsia de endométrio
Abortamento inevitável
Abortamento incompleto
Abortamento infectado
Retenção de restos placentários
Abortamento terapêutico
Esvaziamento de mola hidatiforme
 

TÉCNICA
Exame ginecológico bimanual para avaliação da forma, posição e tamanho do útero.
Esvaziamento vesical
Inserir o espéculo e, após a verificação do estado da cérvice, aprender o lábio anterior do colo
do uterino com pinça Pozzi, exercendo suave tração para posicionar o canal cervical.
Proceder ao bloqueio paracervical ou sedação/anestesia
Dilatar a cérvice pelo emprego de dilatadores mecânicos de Denniston ou das próprias cânulas
da AMIU.
Inserir, através da cérvice imobilizada, cânula compatível com o tamanho do útero, imprimindolhe
movimento giratório, até ultrapassar ligeiramente o orifício interno.
Aprofundar lentamente a penetração da cânula até tocar o fundo da cavidade uterina. A
histerometria pode ser realizada gradativamente, observando-se as marcações existentes na
própria cânula.
Após efetuar a histerometria, retrair a cânula para evitar rotura da parede uterina e encaixar a
seringa na sua extremidade livre, após ter feito o vácuo.
Soltar as válvulas de ajuste da seringa permitindo a passagem do conteúdo uterino, através da
cânula, para a seringa. O processo é facilitado ao se imprimir à cânula movimento de vaivém
lento, ao mesmo tempo em que a seringa é rodada em torno de seu eixo.
O procedimento pode ser considerado terminado quando se observa, na seringa, espuma
vermelha ou rosa e não se constata a existência de tecido, percebe-se e ouve-se aspereza ao
raspar a parede do útero com a cânula e nota-se que o útero encarcera a cânula.


DIFICULDADES
A principal dificuldade técnica que pode ocorrer durante o procedimento da AMIU é a perda do
vácuo, ocasionada por:
Enchimento da seringa
Retração da cânula aquém do orifício externo da cérvice
Obstrução do orifício da cânula pela presença de tecido.

LEMBRETES
Sempre que possível, antes da realização do procedimento, confirmar a idade gestacional pela
ultrassonografia.
O ideal é que o procedimento seja realizado sob visão ultrassonográfica

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