sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

doenca trofoblastica gestacional

Doenca
Trofoblastica
Gestacional

Doenca Trofoblastica
Gestacional
Comporta
            um conjunto de anomalias de
 desenvolvimento trofoblastico de
 natureza e prognostico distintos
Inclui um espectro de tumores inter-
 relacionados com tendencias variaveis
 para invasao local e matastase
Esta entre os raros tumores que podem
 ser curados mesmo na presenca de
 disseminacao ampla;

Mola Hidatiforme
Trata-se
          de um disturbio do
 desenvolvimento trofoblastico em que as
 vilosidades corionicas se apresentam
 aumentadas,edematosas e de estrutura
 vesicular,com graus variaveis de
 hiperplasia do trofoblasto;
Todas molas podem evoluir para
 neoplasia maligna do trofoblasto- o
 coriocarcinoma;
MH podem ser completas ou parciais.

Factores de Risco
Idade
        materna(≠);
Previa ocorrencia de DTG
Grupos etnicos
Localizacao geografica
Factores geneticos
Factores ambientais

Caracteristicas da MH Completa v/s
MH Parcial
Caracteristicas
Cariotipo
Tecido
fetal/embrion.
Edema das
vilosidades
Hiperplasia
trofoblastica
Inclusoes
Trofoblasticas
Invaginacao das
velosidades
corionicas
Mola Completa
46XX (90%); 46XY
Ausentes
Mola Parcial
Triploidia (90%)
Presentes
Difusa (generalizada) Focal (localizada)
Difusa (generalizada) Focal (localizada)
Ausentes
Ausentes
Presentes
Presentes

Cariótipo da MHC

Cariótipo de MHP

Caracteristicas da MH Completa v/s
MH Parcial
Clinica
Δ mais comum
Mola Completa
Mola Hidatiforme
Mola Parcial
Aborto retido
Quistos luteinicos
25-35%
Raros
Raras
2-6%
Menos elevada
+
Coriocarcinoma raro
Complicacoes medicas Frequentes
DTG persistente
HCG no soro
HCG no tecido
Comportamento
8-20%
Elevada
++++
2% coriocarcinoma


Mola Hidatiforme Invasiva
Qnd MHC e MHP invadem o endometrio e
vasos sanguineos,e exportam-se a
distancia,++ p/ os pulmoes
Δ anatomopat. implica demostracao de
invasao miometrial (peca de histerectomia)
Pode confundir-se com coriocarcinoma(#
esta na presenca de vilosidades hidropicas e
de hiperplasia trofoblastica)
E a causa +freq. de DTG persistente (6-10x +
que o coriocarcinoma), ha risco de evolucao
para malignidade = ao das MHC

Quadro clinico e diagnostico
da MHC
Metrorragia- sintoma + freq(90%),sangue com
aspecto diluido ou associado a eliminacao de
algumas vesiculas,inicio no 2o mes,indolor,s/causa
aparente,de repeticao,intensidade
progressiva,cada novo surto +grave que o
anterior;
Tamanho excessivo uterino-1/2 das pts. Cavidade
expandida tanto pelo tecido corionico qnt pelo
sangue retido(associado a hCG elevado)
Corrimento entre as
hemorragias,amarelado,sanioso,mesclado a
sangue
Comum aparecimento de patologia medica

Cont….
Taxas
     de HGB abaixo dos 10g/l,mucosas
hipocoradas,astenia,taquicardia;
Hiperemese (nauseas e vomitos incessantes)em
20-25% dos casos
Pre-eclampsia
                 surge em 20-30% das
doentes,associado a HTA,proteinuria e
hiper reflexia. Sua ocorrencia antes das
20 semanas de gestacao e altamente
sugestivo de MH. Exclusivo em pacientes
com TUE e elevados niveis de hCG

Cont…..
Hipertiroidismo evidente com taquicardia,pele
quente e tremores, complica ~7% dos
casos(factor tiroidotropico e HCG??)(lab= T3 e T4
elevados e TSH normal ou baixa)
Embolizacao trofoblastica
Cistos teca luteinicos ovarianos
½ dos casos de MHC niveis de HCG sao superiores
a 100.000mU/ml
Confirmacao com estudo anatomopatologico

Quadro clinico e diagnostico
da MHP
Menos claro,estabelecido no 2o trimestre de
gestacao ou apos estudo histologico de
produtos de um abortamento espontaneo;
Manifestacao + frequente e a metrorragia;
Δ inicial e + de aborto retido/incompleto
(92% dos casos antes do estudo histolog);
Posteriormente pode surgir a pre-eclampsia;
Raramente ocorre hiperemese,hipertiroidismo
e quistos luteinicos volumosos

Cont…..
Ecografia:
            # das imagens encontradas
 na MHC; aqui podem visualizar-se sacos
 gestacionais de aspecto anomalo,ou
 alteracoes placentarias tipo quistico ou
 hidropico
Feto com polimalformacoes
Niveis de B-HCG mais baixos

Exame fisico
Palp-~50%
            dos casos,o tamanho do
 utero e desproporcional a idade
 gestacional.Entre 8a e 12a semana o
 fundus ultrapassa a cicatriz umbilical.
 Utero com consistencia
 flacida,mole,pastoso,depressivel
Ausc- negativa
Toque-moleza extrema do colo,sem
 rechaco fetal. Devido ao aumento
 dos ovarios,estes tornam-se palpaveis

Exames complementares
Ecografia:(MHC)-imagem
                            intra-uterina
 tipica c/ aspecto vesicular de grandes
 dimensoes e ausencia do saco
 gestacional e do embriao
MHP-tamanho menor das vesiculas(0,5-
 5mm)+presenca do saco gestacional
Lab (niveis sericos de B-HCG muito
 elevados-MHC)

Tratamento
= para os tipos de MH

Avaliacao inicial inclui….
Apreciacao
              do EG da doente
Doseamento do B-HCG
Hemograma
Ionograma serico
Azoto ureico e creatinina sericos
Testes de funcao hepatica e da tireoide
Ecografia pelvica
Radiograma do torax

Cont…..
Presenca
            de complicacoes clinicas
 associadas:HTA, pre-
 eclampsia,hipertiroidismo,desiquilibrio
 hidro-electrolitico ou anemia devem ser
 corretamente controlados e corrigidos
Em caso de utero volumoso (sup a 14
 semanas) – deve prever-se a
 eventualidade de complicacoes
 respiratorias apos a evacuacao e a
 necessidade de transfusoes sanguineas e
 ate internamento na UCI

Histerectomia
Nao
       evita metastases
Se for desejo da paciente,faz’se a
 histerectomia com a mola in situ
Preservacao dos ovarios mesmo com
 cistos teca luteinicos,que podem ser
 descomprimidos por aspiracao
Necessidade de acompanhamento com
 dosagem dos niveis de hCG

Curretagem por Aspiracao
Metodo
           preferencial de evacuacao,nas
 mulheres que desejam preservar a
 fertilidade
As cells do trofoblasto expressam o fator
 Rh D,as pacientes Rh neg devem receber
 imunoglobulina Rh no momento da
 evacuacao

Curretagem por Aspiracao.
Etapas
Infusao
        de ocitocina
Dilatacao cervical
Curretagem por aspiracao
Curretagem cortante

Quimioterapia profilactica
Controverso
Num
      estudo feito, a quimioterapia nao so
evitou metastases como tambem reduziu
a incidencia e a morbidade da invasao
uterina local

Acompanhamento
hCG-apos
             evacuacao da mola deve-se
 monitorizar seus niveis ate normalizacao
 por 3 semanas consecutivas
Contracepcao- DIU contraindicado ate
 atingir-se niveis normais de hCG. ACO ou
 metodos de barreira sao os de escolha

Prognostico
81,5% de todos casos sao de evolucao benigna
Importante prescrever anticonseptivos por um
ano para evitar ressidivas
18,5% malignizam-se.Dentre os quais 16%
transformam-se em corioadenoma destruens e
2,5% sofrem degeneracao coriocarcinomatosa
Pacientes com antecedentes de MH possuem
elevado risco de apresentarem NTG em
gravidezes futuras
Apos evacuacao da MHC ocorre invasao uterina
local em 15% das pts e metastases em 4%

Tumor
trofoblástico
gestacional
persistente
       não -metastática
vDoença - metastática
vDoença

Doença não - metastática
Localmente
invasivo
Desenvolve-se
              em 15 % das pacientes
após evacuação molar e raramente
após outras gestações

Apresentação clinica
Hemorragia
Cistos
vaginal irregular
teca-luteinicos
Aumento
Elevação
assimétrico do útero
persistente dos níveis séricos de
hCG

cont
Aspecto
        histological de mola hidatiforme
ou de coriocarcinoma
     gravidez nao molar o TTG possui
padrão histológico de coriocarsinoma
Após

Tumor trofoblastico
placentario
Forma
      incomum, mas importante do
coriocarcinoma
       pequena quantidade de hCG e
lactogenio placentario humano
insensível a quimioterapia
Produz
Relativamente

Coriocarcinodama
Def-
     forma maligna das NTG que pode
surgir após qualquer tipo de gestação.
    % da mola hidatiforme
25 % do aborto
22,5% da gestação normal
2,5 % da gravidez ectópica
50

Quadro clínico
O
   padrão histológico não revela
vilosidades e o trofoblasto e bem
anaplasico
   historia revela gravidez recente
Útero permanece aumentado e persiste
 o sangramento
A

Doença metastática
Ocorre
       em cerca de 4% das pacientes
após evacuação molar
         metastáticos podem resultar de
hemorragias espontâneas em focos
metastáticos
Sintomas

Locais mais comuns de
metastases
v Pulmão
v Vagina
v Pelve
-80%
-30%
- 20%
e cerebro -10%
v Fígado

M. Pulmonar - apresentação
clínica
v Dor
     torácica
v Tosse
v Hemoptises
v Dispneia
v Ou lesão assintomática
v Nota
     : sintomas podem ser agudos ou
crónicos, persistindo por muitos meses.

Padrões radiológicos do TTG
v
padrão alveolar ou em tempestade de
neve
arredondadas distintas
v Densidades
v Derrame
v Padrao
pleural
enbolico

M .vaginal
v Fornices
e suburetralmente
irregular
v Hemorragia
v Corrimento
purulento

M .hepaticas
v
Mais comum em pacientes com
diagnostico tardio e cargas tumorais
extensas
epigástrica e hipocôndrio direito
v Dor
v Hemorrágicas
             ,causando ruptura
hepática e hemorragia intrahepatica

M.SNC
v Pacientes
com doenca muito avancada
v Hemorragia
             espontanea, levando a
deficits neurologicos focais e agudos

Estadiamento
v
Estagio I- pacientes com elevação
persistente dos níveis de hCG e tumor
limitado ao corpo uterino
Estagio II- pacientes com metástases para a
vagina e/ou pelve
Estagio III- pacientes com metástases
pulmonares com ou sem envolvimento
uterino, vaginal ou pélvico
v
v

cont
v Estagio
        IV-doenca avancada e
envolvimento do cerebro, figado, rins ou
trato gastrointestinal

Siatema de determinacao de
Escore-prognostico
Escore
prognostico ≥ 8 paciente de alto risco
Estagio I possue
                escore de baixo risco e no estagio
IV possue escore de alto risco.

Avalicao diagnostica
v
Anamnese e exame físico completo
do nível de hCG
v Medida
v Provas
renal
de função hepática, tiroideia e
v Determinação
               o numero basal de
leucocitos e plaquetas periféricos

Estudo das metastases
v
RX ou TC do tórax
ou TC do abdómen e
v Ultra-sonografia
pelve
v TC
da cabaça
v Angiografia
           selectiva dos órgãos
abdominais e pélvicos se indicado.

Tratamento
v
v
Estagio I-histerectomia mais quimioterapia
Reduzir a probabilidade de dissiminar celulas
tumorais viaveis durante a cirurgia
v
v
Manter um nivel citotoxico na corrente
sanguinea e nos tecidos.
Tratar quaisquer metastasesocultas que
possam estar presentes no momento da
cirurgia

Estagios II e III
v Baixo
     risco - quimioterapia primaria com
agente único
   risco - quimioterapia primaria
conbinada intensiva
v Alto

M. Vaginal e pelvica
v Comprenssas
excisão local
na vagina ou ampla
v Raramente
            e necessário embolização
arteriogafica das artérias hipogastricas
v histerectomia

M. pulmonar
Toractomia-
           papel limitado no
tratamento da doença do estagio III
Administração
quimioterapia
pôs - operatória da

Acompanhamento
v
Determinação semanal do nível de hCG ate
que esteja normal por 3 semanas
consecutivas
Determinação mensal do valor de hCG ate
que o nível esteja normal por 12 meses
consecutivos
Contracepção efectiva durante todo
período de acompanhamento hormonal
v
v

Estagio IV
Encaminhar
           para centros de tratamento
de doenças trofoblasticas
           quimioterapia primaria
combinada intensiva e uso de
radioterapia e cirurgia
Administrar

Estadiamento
v
Estagio I- pacientes com elevação
persistente dos níveis de hCG e tumor
limitado ao corpo uterino
Estagio II- pacientes com metástases para a
vagina e/ou pelve
Estagio III- pacientes com metástases
pulmonares com ou sem envolvimento
uterino, vaginal ou pélvico
v
v

cont
v Estagio
        IV-doenca avancada e
envolvimento do cerebro, figado, rins ou
trato gastrointestinal

Metastases hepaticas
Resistência
            a quimioterapia sistémica
infusão arterial hepática
           hepática - controlar
hemorragia aguda ou para excisar foco
de tumor resistente
Ressecção

Acompanhamento
Determinação
               semanal do nível de hCG
ate que esteja normal por 3 semanas
consecutivas
Determinação
             mensal do valor de hCG
ate que o novel esteja normal por 24
meses consecutivos

Quimioterapia com agente
unico
Metotrexato, actinomicina D, 5-fluoruracilo ou
etoposideo.
Metotrexato- fármaco de primeira linha
Actinomicina- alternativa comum ao metotrexato
Após primeiro tratamento - quimioterapia
adicional e suspensa desde que o nível de hCG
esteja caindo progressivamente

Segundo curso e adimistrado
quando
O
  nível de hCG estabilizar por mais de 3
semanas consecutivas ou começar a
aumentar novamente
   nível de hCG não diminuir em 1 log
dentro de 18 dias apôs a conclusão do
primeiro tratamento
O

Quimioterapia combinada
v EMA-co-
          nclui etoposideo, metotrexato,
ciclofasfamida e vincristina- primeira linha
na terapêutica de alto risco
v EMA-EP-
        inclui cisplatina - segunda linha
na terapêutica de alto risco

Segundo curso e adimistrado
quando
O
  nível de hCG estabilizar por mais de 3
semanas consecutivas ou começar a
aumentar novamente
   nível de hCG não diminuir em 1 log
dentro de 18 dias apôs a conclusão do
primeiro tratamento
O

Bibliografia
Medicina
           Materno-Fetal
Novak,Tratado de Ginecologia,12a ed
Manual de ginecologia e obstetricia
Obstetricia fundamental, Rezende
 Montenegro, 8a ed
Patologia estrutural e funcional,7a ed

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