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Chamamos
de hepatite toda inflamação no fígado.
Esta inflamação pode ter diversas causas, como veremos a seguir. Com a
inflamação, são destruídas células do fígado (hepatócitos e outros), com
diversas conseqüências ao organismo.
Fígado Normal ao Microscópio
As hepatites podem ter várias
causas. As hepatites virais são todas diferentes em sintomas, gravidade e
tratamento. Como as mais comuns aqui no Brasil são as causadas por vírus
de nomes semelhantes (A,
B
e C),
muitos pensam que são parecidas, ou que esses nomes indiquem que exista
uma seqüência de gravidade da infecção. Mas isso foi apenas um modo de
facilitar o estudo.
Fígado com Hepatite A
A hepatite também pode ser
causada por infecções generalizadas que acabam por atacar também o
fígado, por substâncias tóxicas como o álcool, por erros do nosso próprio
sistema imunológico ou do metabolismo, por mais de um modo diferente e
através de outros mecanismos que ainda não conhecemos.
Algumas causas
de hepatites
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Vírus
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Hepatite
E
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por
outros vírus
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Bacterianas
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Hepatite
trans-infecciosa
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Distúrbios
de imunidade
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Síndrome
mista / de sobreposição
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Distúrbios
do metabolismo
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Substâncias
tóxicas
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Outros
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A hepatite pode surgir
rapidamente com sintomas mais intensos (hepatite
aguda) ou lenta e menos sintomática (hepatite
crônica). Algumas doenças, com a hepatite A, costumam
causar apenas a hepatite aguda. Outras, como a hepatite B, podem
apresentar um quadro agudo e depois manter uma inflamação menor por um
longo período, tornando-se crônica. Outras, como a hemocromatose
e a hepatite
autoimune, costumam se apresentar como se fossem hepatites
agudas, mas na verdade são crônicas.
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HAV
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HBV
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HCV
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HDV
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HEV
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Transmissão
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Enteral
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Parenteral
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Parenteral
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Parenteral
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Enteral
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Período de incubação (dias)
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15-50
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28-160
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14-160
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28-160
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20-40
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Progressão para doença crônica
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nunca
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ao nascimento: >90%
<2 anos: <5%
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70-85%
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co-infecção: <5%
superinfecção: >95%
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nunca
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Na hepatite
aguda, os sintomas podem variar bastante. Dependendo da causa,
eles podem não aparecer. Na maioria das vezes, a hepatite aguda surge com
um quadro parecido a de uma gripe, com mal estar, fraqueza, febre, dores
e náuseas. Quadros mais intensos podem vir com icterícia, que é um amarelamento da pele e dos olhos
causado pelo acúmulo de bile no sangue. Felizmente, hepatites agudas
graves, chamadas de fulminantes e subfulminantes, são raras. Além dos
sintomas habituais, surgem alterações de comportamento, sonolência e
confusão, sinais de que o fígado não está conseguindo eliminar toxinas do
organismo (encefalopatia
hepática).
Diagnóstico
diferencial das hepatites agudas
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anti-HAV
IgM
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anti-HBc
IgM, HBsAg
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anti-VHC,
RNA-VHC
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anti-HDV,
HBsAg
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Hepatite
E
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anti-HEV
IgM
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adultos:
anticorpos heterotróficos (Paul-Bunnel-Davidson)
crianças: anti-VEB IgM
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anti-CMV
IgM
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Infecção
por herpes (imunossuprimidos)
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sorologia
ou cultura de vírus corpúsculos de inclusão em biópsia hepática
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Leptospirose
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clínica;
pesquisa em campo escuro; sorologia
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Sepsis
("hepatite transinfecciosa")
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culturas
(sangue, urina, etc.)
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Sífilis
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clínica
e sorologia
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Toxoplasmose
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clínica
e sorologia
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clínica
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Hepatite
isquêmica
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clínica;
LDH
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Hepatite
crônica agudizada
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anel
de Kayser-Fleischer; ceruloplasmina; cobre urinário
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Esteatose
aguda na gravidez
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3o.
trimestre; transaminases pouco elevadas; insuficiência renal
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Colecistite
aguda
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clínica;
enzimas; ecografia
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Fígado com Esteato-hepatite Não-alcoólica
Na hepatite
crônica, ocorre uma destruição lenta das células do fígado,
que aos poucos vão se regenerando ou formando cicatrizes. Nessa fase,
praticamente não há sintomas. Por esse motivo, muitas pessoas não
descobrem a doença até que seja tarde demais. O que acontece é que a
destruição das células do fígado pode chegar a um ponto em que a
regeneração não é mais possível e o fígado pode não ser mais capaz de
funcionar normalmente. Isso, junto com a formação de cicatrizes no
fígado, é o que chamamos de cirrose.
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