sexta-feira, 25 de outubro de 2013

hepatites



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Hepatites

   Chamamos de hepatite toda inflamação no fígado. Esta inflamação pode ter diversas causas, como veremos a seguir. Com a inflamação, são destruídas células do fígado (hepatócitos e outros), com diversas conseqüências ao organismo.

Fígado Normal ao Microscópio
   As hepatites podem ter várias causas. As hepatites virais são todas diferentes em sintomas, gravidade e tratamento. Como as mais comuns aqui no Brasil são as causadas por vírus de nomes semelhantes (A, B e C), muitos pensam que são parecidas, ou que esses nomes indiquem que exista uma seqüência de gravidade da infecção. Mas isso foi apenas um modo de facilitar o estudo.

Fígado com Hepatite A
   A hepatite também pode ser causada por infecções generalizadas que acabam por atacar também o fígado, por substâncias tóxicas como o álcool, por erros do nosso próprio sistema imunológico ou do metabolismo, por mais de um modo diferente e através de outros mecanismos que ainda não conhecemos.
Algumas causas de hepatites
Vírus




Hepatite E



por outros vírus
Bacterianas
Hepatite trans-infecciosa
Distúrbios de imunidade



Síndrome mista / de sobreposição
Distúrbios do metabolismo



Substâncias tóxicas

Outros
   A hepatite pode surgir rapidamente com sintomas mais intensos (hepatite aguda) ou lenta e menos sintomática (hepatite crônica). Algumas doenças, com a hepatite A, costumam causar apenas a hepatite aguda. Outras, como a hepatite B, podem apresentar um quadro agudo e depois manter uma inflamação menor por um longo período, tornando-se crônica. Outras, como a hemocromatose e a hepatite autoimune, costumam se apresentar como se fossem hepatites agudas, mas na verdade são crônicas.

HAV
HBV
HCV
HDV
HEV
Transmissão
Enteral
Parenteral
Parenteral
Parenteral
Enteral
Período de incubação (dias)
15-50
28-160
14-160
28-160
20-40
Progressão para doença crônica
nunca
ao nascimento: >90%
<2 anos: <5%
70-85%
co-infecção: <5%
superinfecção: >95%
nunca
   Na hepatite aguda, os sintomas podem variar bastante. Dependendo da causa, eles podem não aparecer. Na maioria das vezes, a hepatite aguda surge com um quadro parecido a de uma gripe, com mal estar, fraqueza, febre, dores e náuseas. Quadros mais intensos podem vir com icterícia, que é um amarelamento da pele e dos olhos causado pelo acúmulo de bile no sangue. Felizmente, hepatites agudas graves, chamadas de fulminantes e subfulminantes, são raras. Além dos sintomas habituais, surgem alterações de comportamento, sonolência e confusão, sinais de que o fígado não está conseguindo eliminar toxinas do organismo (encefalopatia hepática).
Diagnóstico diferencial das hepatites agudas
anti-HAV IgM
anti-HBc IgM, HBsAg
anti-VHC, RNA-VHC
anti-HDV, HBsAg
Hepatite E
anti-HEV IgM
adultos: anticorpos heterotróficos (Paul-Bunnel-Davidson)
crianças: anti-VEB IgM
anti-CMV IgM
Infecção por herpes (imunossuprimidos)
sorologia ou cultura de vírus corpúsculos de inclusão em biópsia hepática
Leptospirose
clínica; pesquisa em campo escuro; sorologia
Sepsis ("hepatite transinfecciosa")
culturas (sangue, urina, etc.)
Sífilis
clínica e sorologia
Toxoplasmose
clínica e sorologia
clínica
Hepatite isquêmica
clínica; LDH
Hepatite crônica agudizada
clínica; auto-anticorpos (hepatite autoimune)
anel de Kayser-Fleischer; ceruloplasmina; cobre urinário
Esteatose aguda na gravidez
3o. trimestre; transaminases pouco elevadas; insuficiência renal
Colecistite aguda
clínica; enzimas; ecografia

Fígado com Esteato-hepatite Não-alcoólica
   Na hepatite crônica, ocorre uma destruição lenta das células do fígado, que aos poucos vão se regenerando ou formando cicatrizes. Nessa fase, praticamente não há sintomas. Por esse motivo, muitas pessoas não descobrem a doença até que seja tarde demais. O que acontece é que a destruição das células do fígado pode chegar a um ponto em que a regeneração não é mais possível e o fígado pode não ser mais capaz de funcionar normalmente. Isso, junto com a formação de cicatrizes no fígado, é o que chamamos de cirrose.




 





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