Tratamento farmacológico da Diabetes
Definição: Diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal da
glicose ou açúcar no sangue.
A glicose é a principal fonte de energia do organismo, mas quando em excesso, pode
trazer várias complicações à saúde.
Definição:” Diabetes
mellitus
é a incapacidade de controlar de forma
apropriada o metabolismo da glicose( intolerância a glicose), devido a
incapacidade de produzir e secretar insulina
em conseqüência da destruição autoimune das células
B pancreáticas ( tipo1) ou a incapacidade dos tecidos
periféricos em responder a insulina em conseqüência da sinalização diminuída ou
alterada nos receptores insulínicos .”
DDM1
• Auto-imune
• Idiopática
DM2
Outros tipos específicos de DM
DM gestacional
Classificação baseada na etiologia e não no tratamento segundo Diretrizes da SBD/2007
Diabetes Mellitus
Critérios Diagnósticos modificados em 1997 pela Sociedade Americana de Diabetes e aceitos pela OMS
Critérios Diagnósticos modificados em 1997 pela Sociedade Americana de Diabetes e aceitos pela OMS
Sintomas de poliúria (aumento do volume urinário), polidipsia (sede em demasia), perda não-explicada de peso, acrescidos de glicemia casual acima de 200mg/dl
Glicemia de jejum ≥ 126mg/dl
Glicemia de 2 horas pós sobrecarga de 75g de glicose acima de 200mg/dl
Classes de agentes farmacológicos no
tratamento do DM
tratamento do DM
Hipogliceminates orais
Grupos Farmacológicos=
SULFONILURÉIAS
METIGLINIDAS
BIGUANIDAS
INIBIDORES DA
alfa-GLICOSIDASE
GLITAZONAS OU
TIAZOLIDINEDIONAS
INSULINA
Isolada
em 1921-22 na Universidade de Toronto
Fredrick
Banting, Charles Best, J. J. R. Macleod e James Collip
Doença
do Açúcar
Terapia
de inanição
Morte
em poucos meses
HipótEse
de uma substância pancreática regulando a glicose
Extratos
de pâncreas – Cura de um paciente terminal
Extrato
foi chamado de insulina
O paciente recuperou peso e viveu por 13 anos, vindo a falecer
aos 27 anos de pneumonia.
Efeitos imediato (segundos a minutos)
Efeitos intermediario (Minutos a poucas horas)
Resistência à insulina pode ocorrer devido:
=Alterações pré-receptor
=Defeitos do receptor
=Deficiência pós-receptor
Tipo de insulina :
=Bovina
=Suina
=Humana produzida através da alteração genética de uma cepa
especial de Escherichia
coli com o gene da insulina humana (tecnologia de DNA recombinante)
Em relação a
estrutura química, a
insulina suína é a mais próxima da humana,
com diferença de apenas um aminoácido
PREPARAÇÕES DE INSULINA
Atualmente, temos
três tipos de preparações de
insulina:
1 – Preparações de insulina de ação curta ou rápida;
2 - Preparações de insulina de ação intermediária;
3 - Preparações de insulina de ação prolongada.
Insulina Regular: É uma
insulina de ação rápida, que age controlando a glicemia após a refeição.
Preparações
de insulina de áção rápida:
-Lispro
-Asparte
-Glulisina
-Regular
-
R-regular
ou insulina-zinco cristalina solúvel ou insulina cristalina.
Tem sido a insulina
preferida no DM
descompensado em que esteja associado a
situações como
infecções, choque e
trauma cirúrgico.
A insulina: em qualquer
forma de apresentação, não deve ser administrada por via oral devido
tratar-se de uma proteína, e,
conseqüentemente, degradada pelas enzimas digestivas.
Insulina A via de administração: de todas as preparações de insulina deve ser sempre a via subcutânea, com exceção apenas em caso de emergência
hiperglicêmica, em que pode ser usada a via venosa IV e IM, neste
caso, utilizando a insulina tipo regular.
Insulina Regular-:
Por via SC,
deve ser administrada 30 min.
antes da refeição,
pois, seu inicio de ação se faz em 30 minutos, e, atinge o
pico máximo em 2 a 4 horas, e, termina seu efeito em 6 a 8 horas.
A dosagem é
individualizada e
ajustada de acordo com a glicemia e/ou a
glicosúria.
¨Insulina de ação ultra-rápida
Insulina monomérica produzida por tecnologia recombinante em
que 2 aa situados próximos à extremidade C-terminal da cadeia B tem sua suas
posições invertidas:
prolina: posição
B28 para B29
lisina: posição B29
para B28
obtém-se uma insulina cujo início de ação é mais rápido e a
duração mais curta do que a insulina humana regular, isso permite que seja
aplicada antes ou após as refeições
Insulina :Existem três
tipos de insulina de ação intermediaria, que são:
Insulina
semilenta
NPH, também chamada de insulina
isófana ou isófane
Insulina lenta.
Insulina NPH :A abreviatura NPH corresponde às palavras:
N = pH neutro,
P = protamina,
H = Hagedorn, nome do laboratório onde foi preparada esta
formulação.
É uma insulina de ação basal. Começa a
agir horas após a aplicação.
É usada para controlar a glicemia nos períodos de
metabolismo basal, como durante a madrugada. Por isso pode ser utilizada antes
de dormir em uma dose única e, freqüentemente, são necessárias mais de uma
dose, principalmente no diabetes tipo1.
Insulina de ação intermediária
é uma insulina cujo
início de ação é retardado ao combinar-se quantidades apropriadas de insulina e
protamina (complexo isófano)
6 moléculas de insulina – 1 protamina
* após administração
subcutânea enzimas proteolíticas degradam a protamina, permitindo a absorção da
insulina
A insulina semilenta que
consiste na associação da insulina com íons zinco em tampão acetato, com inicio de
ação rápido, assim como do pico do efeito, porém, superiores à insulina
regular.
Insulina lenta – consiste
em uma mistura da insulina semilenta (30%), com 70% da insulina de ação
prolongada, entretanto, na prática, com a cinética semelhante à da insulina
NPH.
Preparações de insulina de ação prolongada:
A)Insulina Ultra-lenta
B)Insulina glargina
Preparações de insulina de ação prolongada ou insulina ultralenta
Esta preparação consiste na
suspensão de cristais de
insulina-zinco (suína ou humana) com mais protamina e zinco do que a isófane, portanto, com partículas
grandes, destinadas a ser lenta dissolução, o que retarda o
seu inicio de ação, porém, com efeito, hipoglicêmico de longa duração.
Insulina glargina (Lantus)
Consiste em uma insulina humana
análoga produzida por tecnologia de DNA
recombinante utilizando a Escherichia
coli (cepaK12) com duração de ação
prolongada que pode permitir a administração única diária. ´´É uma insulina Basal “
Uso de Insulina
INDICAÇÕES DO USO
Medicamentos orais não conseguirem manter os níveis glicêmicos
dentro dos limites desejáveis
Tratamento com outros medicamentos intercorrências tais como cirurgias, infecções e acidente vasculaR cerebral - níveis glicêmicos elevados - Mau prognóstico
Tratamento com outros medicamentos intercorrências tais como cirurgias, infecções e acidente vasculaR cerebral - níveis glicêmicos elevados - Mau prognóstico
Infarto agudo do miocárdio - glicose plasmática superior a 200
mg/dl
Gravidez
Diabetes
Tipo 1
Algoritmo de Tratamento com Medicamentos
Antidiabéticos
A maioria dos pacientes com DM tipo 2 – necessitam mais
de um medicamento para atingir níveis desejáveis
Doença progressiva -
mesmo com uma boa resposta inicial - poderá necessitar de um segundo ou
terceiro medicamento
O acréscimo deve ser feito precocemente
Combinação mais estudada é de sulfoniluréia + metformina
Acarbose + metformina+
sulfoniluréia - efeitos aditivos e eficaz
Tratamento com dois medicamentos sem eficácia
Adicionar um
terceiro agente oral da lista inicial. A única combinação de
três agentes orais estudada é a de sulfoniluréia + metformina +
acarbose
Adição de insulina de ação intermediária ao deitar,
mantendo-se dois agentes orais
A combinação que parece ser mais eficaz é a de insulina
+ metformina, pois não levou ao aumento de peso
Comportamento semelhante é observado com a associação de acarbose
à insulinoterapia.
NUNCA ESQUEÇA OS OBJETIVOS DO TRATAMENTO DA DM
NUNCA ESQUEÇA OS OBJETIVOS DO TRATAMENTO DA DM
Insulina inalável (Exubera)
Novas opções terapêuticas
Inibidores da DPP-4 (gliptinas)
Sitagliptina
(Januvia) e Vildagliptina (Galvus)
Prolongam a sobrevida das
incretinas , auxiliando o pâncreas a fornecer insulina quando a glicemia está
elevada; a produção de glucagon pelas células α é suprimida, reduzindo a liberação de
glicose hepática.
DDP-4: Enzima que degrada as
incretinas em formas inativas.
Educação Alimentar
Objetivo fundamental – mudança em hábitos alimentares
Normalizar a glicemia
Diminuir os fatores de risco cardiovascular
Fornecer calorias suficientes para a obtenção e/ou manutenção
do peso corpóreo saudável
Prevenir complicações agudas e crônicas do DM
Promover a saúde através da nutrição adequada
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