sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Tratamento farmacológico da Diabetes


Tratamento farmacológico da Diabetes

Definição: Diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal da glicose ou açúcar no sangue.
A glicose é a principal fonte de energia do organismo, mas quando em excesso, pode trazer várias complicações à saúde.

žDefinição:” Diabetes mellitus é a incapacidade de controlar  de forma apropriada o metabolismo da glicose( intolerância a glicose), devido a incapacidade  de produzir e secretar  insulina  em conseqüência da destruição  autoimune  das células B  pancreáticas  ( tipo1) ou a incapacidade dos tecidos periféricos em responder a insulina em conseqüência da sinalização diminuída ou alterada  nos receptores insulínicos .”
ž
DDM1
• Auto-imune
• Idiopática

DM2
Outros tipos específicos de DM
DM gestacional

Classificação baseada na etiologia e não no tratamento  segundo Diretrizes da SBD/2007
Diabetes Mellitus
Critérios Diagnósticos modificados em 1997 pela Sociedade Americana de Diabetes e aceitos pela OMS

Sintomas de poliúria (aumento do volume urinário), polidipsia (sede em demasia), perda não-explicada de peso, acrescidos de glicemia  casual acima de 200mg/dl

Glicemia de jejum ≥ 126mg/dl

Glicemia de 2 horas pós sobrecarga de 75g de glicose acima de 200mg/dl


Classes de agentes farmacológicos no
tratamento do DM

Hipogliceminates orais

Grupos Farmacológicos=
 SULFONILURÉIAS
 METIGLINIDAS
 BIGUANIDAS
 INIBIDORES DA alfa-GLICOSIDASE
 GLITAZONAS OU TIAZOLIDINEDIONAS

INSULINA
žIsolada em 1921-22 na Universidade de Toronto
Fredrick Banting, Charles Best, J. J. R. Macleod e James Collip
žDoença do Açúcar
Terapia de inanição
Morte em poucos meses
žHipótEse de uma substância pancreática regulando a glicose
Extratos de pâncreas – Cura de um paciente terminal
Extrato foi chamado de insulina
ž
O paciente recuperou peso e viveu por 13 anos, vindo a falecer aos 27 anos de pneumonia.

Efeitos imediato (segundos a minutos)
Efeitos intermediario (Minutos a poucas horas)

Resistência à insulina pode ocorrer devido:
=Alterações pré-receptor
=Defeitos do receptor
=Deficiência pós-receptor

Tipo de insulina :
=Bovina
=Suina
=Humana produzida através da alteração genética de uma cepa especial de Escherichia coli com o gene da insulina humana (tecnologia de DNA recombinante)
Em relação a estrutura química, a insulina suína é a mais próxima da humana, com diferença de apenas um aminoácido
                 
  PREPARAÇÕES DE INSULINA
Atualmente, temos três tipos de preparações de insulina:
1 – Preparações de insulina de ação curta ou rápida;
2 - Preparações de insulina de ação intermediária;
3 - Preparações de insulina de ação prolongada.

Insulina Regular: É uma insulina de ação rápida, que age controlando a glicemia após a refeição.

Preparações de insulina de áção rápida:
-Lispro
-Asparte
-Glulisina
-Regular
-

R-regular ou insulina-zinco cristalina solúvel ou insulina cristalina.
Tem sido a insulina preferida no DM descompensado em que esteja associado a situações como
infecções, choque e trauma cirúrgico.

A insulina: em qualquer forma de apresentação, não deve ser administrada por via oral devido
     tratar-se de uma proteína, e, conseqüentemente, degradada pelas enzimas digestivas.

 Insulina A via de administração: de todas as preparações de insulina deve ser sempre a via subcutânea, com exceção apenas em caso de emergência hiperglicêmica, em que pode ser usada a via venosa IV e IM, neste caso, utilizando a insulina tipo regular.

Insulina Regular-:
Por via SC, deve ser administrada 30 min.
antes da refeição, pois, seu inicio de ação se faz em 30 minutos, e, atinge o pico máximo em 2 a 4 horas, e, termina seu efeito em 6 a 8 horas.
A dosagem é individualizada e
 ajustada de acordo com a glicemia e/ou a glicosúria.

¨Insulina de ação ultra-rápida
Insulina monomérica produzida por tecnologia recombinante em que 2 aa situados próximos à extremidade C-terminal da cadeia B tem sua suas posições invertidas:
      prolina: posição B28 para B29
      lisina: posição B29 para B28
obtém-se uma insulina cujo início de ação é mais rápido e a duração mais curta do que a insulina humana regular, isso permite que seja aplicada antes ou após as refeições

Insulina :Existem três tipos de insulina de ação intermediaria, que são:
Insulina semilenta
 NPH, também chamada de insulina isófana ou isófane
 Insulina lenta.

Insulina NPH :A abreviatura NPH corresponde às palavras:
 N = pH neutro,
 P = protamina,
 H = Hagedorn, nome do laboratório onde foi preparada esta formulação.

 É uma insulina de ação basal. Começa a agir horas após a aplicação.
ž É usada para controlar a glicemia nos períodos de metabolismo basal, como durante a madrugada. Por isso pode ser utilizada antes de dormir em uma dose única e, freqüentemente, são necessárias mais de uma dose, principalmente no diabetes tipo1.

Insulina de ação intermediária
   é uma insulina cujo início de ação é retardado ao combinar-se quantidades apropriadas de insulina e protamina (complexo isófano)
   6 moléculas de insulina – 1 protamina
   * após administração subcutânea enzimas proteolíticas degradam a protamina, permitindo a absorção da insulina

A insulina semilenta que consiste na associação da insulina com íons zinco em tampão acetato, com inicio de ação rápido, assim como do pico do efeito, porém, superiores à insulina regular.

Insulina lenta – consiste em uma mistura da insulina semilenta (30%), com 70% da insulina de ação prolongada, entretanto, na prática, com a cinética semelhante à da insulina NPH.

Preparações de insulina de ação prolongada:
A)Insulina Ultra-lenta
B)Insulina glargina

Preparações de insulina de ação prolongada ou insulina ultralenta
žEsta preparação consiste na suspensão de cristais de insulina-zinco (suína ou humana) com mais protamina e zinco do que a isófane, portanto, com partículas grandes, destinadas a ser lenta ždissolução, o que retarda o seu inicio de ação, porém, com efeito, hipoglicêmico de longa duração.

Insulina glargina (Lantus)
 Consiste em uma insulina humana
 análoga produzida por tecnologia de DNA recombinante utilizando a Escherichia coli (cepaK12) com duração de ação prolongada que pode permitir a administração única diária. ´´É uma insulina Basal

Uso de Insulina
INDICAÇÕES DO USO
žMedicamentos orais não conseguirem manter os níveis glicêmicos dentro dos limites desejáveis
žTratamento com outros medicamentos intercorrências tais como cirurgias, infecções e acidente vasculaR cerebral - níveis glicêmicos elevados -  Mau prognóstico
žInfarto agudo do miocárdio - glicose plasmática superior a 200 mg/dl 
žGravidez
žDiabetes Tipo 1
Algoritmo de Tratamento com Medicamentos Antidiabéticos
žA maioria dos pacientes com DM tipo 2 – necessitam mais de um medicamento para atingir níveis desejáveis
Doença progressiva -  mesmo com uma boa resposta inicial - poderá necessitar de um segundo ou terceiro medicamento
žO acréscimo deve ser feito precocemente
žCombinação mais estudada é de sulfoniluréia + metformina 

Acarbose + metformina+ sulfoniluréia  -  efeitos aditivos e eficaz

Tratamento com dois medicamentos sem eficácia
Adicionar um terceiro agente oral da lista inicial. A única combinação de três agentes orais estudada é a de sulfoniluréia + metformina + acarbose

Adição de insulina de ação intermediária ao deitar, mantendo-se dois agentes orais
A combinação que parece ser mais eficaz é a de insulina + metformina, pois não levou ao aumento de peso
Comportamento semelhante é observado com a associação de acarbose à insulinoterapia. 
NUNCA ESQUEÇA OS OBJETIVOS DO TRATAMENTO DA DM
Insulina inalável (Exubera)
Novas opções terapêuticas 
Inibidores da DPP-4  (gliptinas)
Sitagliptina (Januvia)  e Vildagliptina (Galvus)
Prolongam a sobrevida das incretinas , auxiliando o pâncreas a fornecer insulina quando a glicemia está elevada; a produção de glucagon pelas células α é suprimida, reduzindo a liberação de glicose hepática.
DDP-4: Enzima que degrada as incretinas em formas inativas.
 
Educação Alimentar
žObjetivo fundamental – mudança em hábitos alimentares
žNormalizar a glicemia
žDiminuir os fatores de risco cardiovascular
žFornecer calorias suficientes para a obtenção e/ou manutenção do peso corpóreo saudável
žPrevenir complicações agudas e crônicas do DM
žPromover a saúde através da nutrição adequada
ž

Sem comentários:

Enviar um comentário