INTRODUÇÃO
O órgão responsável pela audição é o ouvido,
também chamada órgão vestíbulo-coclear ou estato-acústico. A maior parte
da orelha fica no osso temporal, que se localiza na caixa craniana e é
dividida em ouvido externo, médio e interno (BIRNEY, 2007).
Sabe-se que o ouvido médio é uma porção aérea, integrado na porção
petrosa do osso temporal. Está dividido em três estruturas: caixa
timpânica e ossículos, sistema pneumático do osso temporal e tuba
auditiva (CHAVES, 1999).
A caixa timpânica está situada entre o
conduto auditivo externo e ouvido interno. Desempenha papel importante
na transmissão do som desde o ouvido externo até o ouvido interno e
sustenta a cadeia ossicular. Qualquer alteração neste sistema e/ou nesta
cavidade acarretará em aumento da imitância acústica em perda de
audição. A cadeia ossicular é constituída por três ossículos, martelo,
bigorna e estribo, que se relacionam entre si e são cobertos pela mesma
mucosa da caixa. Encontram-se no centro da caixa timpânica, suspensos
das paredes por ligamentos. A tuba auditiva é um canal que estabelece a
ligação entre a cavidade timpânica e a nasofaringe. Formada em parte
óssea e cartilaginosa e tecido fibroso, tem função de equilibrar as
pressões de ar entre o ouvido médio e o ouvido externo, propiciando a
renovação de ar da cavidade timpânica todas as vezes que o sujeito
deglute. O trajeto tubário está inclinado para baixo o que facilita a
ida de produtos da rinofaringe para o ouvido médio, predispondo o
surgimento de otites (CHAVES, 1999).
Assim, conhecendo a fisiologia da orelha média podemos entrar no assunto em questão, Otite Média.
Otite é o termo médico usado para toda infecção do ouvido, que pode
ocorrer no ouvido externo ou médio e pode ser aguda ou crônica. Dessa
forma, otite média é a inflamação do ouvido médio, sendo a mais
freqüente das doenças do ouvido (MINITI et al., 2001).
O mau
funcionamento da tuba auditiva é o fator mais importante na patogênese
das doenças do ouvido médio. Assim, grandes partes dos doentes com otite
média apresentam função anormal da tuba auditiva, representada por
inflamação com sinais e sintomas bem característicos (MINITI et al.,
2001).
As conseqüências das otites médias sobre o equilíbrio e o
comportamento das crianças principalmente são instigantes, tendo se
tornado objeto de vários estudos clínicos e psicológicos ao longo dos
últimos anos (GOLZ et al., 1998).
O período mais curto de
aleitamento materno, o ingresso precoce em creches e a convivência com
grande número de crianças na mesma creche/escola são alguns dos fatores
que aumentaram a incidência de otites médias na infância. Nos últimos 20
anos, a incidência de otite média aguda (OMA) aumentou 68% na
Finlândia. Nos países subdesenvolvidos, a otite média crônica (OMC) –
caracterizada pela perfuração timpânica – continua a ser causa
importante de perda auditiva na infância (BALBANI; MONTOVANI, 2003).
Portanto, devido suas características a otite média é uma patologia
muito freqüente no dia-a-dia, principalmente no ambiente farmacêutico,
sendo muito comum pessoas chegarem à farmácia buscando auxílio. E para
melhor orientar é fundamental profissionais de saúde apresentar
conhecimento sobre essa doença.
OTITE MÉDIA
A infecção causada por patógenos das vias aéreas superiores é
favorecida pela obstrução da drenagem através das tubas auditivas
edemaciadas e congestionadas. Ou seja, vírus e bactérias, normalmente
infectando o nariz e faringe, ascendem pela tuba auditiva e causam
acúmulo de pus dentro do ouvido médio. Perfuração de membrana timpânica e
secreção purulenta podem ocorrer. (ANDREOLI et al., 2005).
A
otite média é uma infecção da orelha média observada primariamente entre
crianças na faze pré-escolar, ocasionalmente em adultos. Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrbalis são os patógenos mais comuns, e infecção viral com otite serosa pode predispor à otite média aguda (ANDREOLI et al., 2005).
Sinais e sintomas básicos da otite média são: dor e secreção no ouvido,
perda de audição, febre, letargia, vertigens, tinido. E o diagnóstico
pode ser feito por: otoscopia (que mostra perda de nitidez ou distorção
das marcas ósseas na membrana do tímpano), pneumatoscopia (pode mostrar a
diminuição da mobilidade da menbrana do tímpano) e também cultura da
secreção para identificação de agente causador (BIRNEY et al., 2007). Em
crianças, entretanto, sintomas localizados podem não estar presentes. A
membrana timpânica pode parecer inflamada, porém para diagnosticas a
otite média, devemos observar líquidos atrás da membrana (ANDREOLI et
al., 2005).
As complicações da otite média são raras, mas
incluem infecções nas células aéreas da mastóide, meningite bacteriana,
abscesso cerebral e empiema subdural (ANDREOLI et al., 2005).
- Otite média aguda (OMA)
Otites médias agudas traduzem processos inflamatórios do ouvido médio.
São desencadeadas, na sua totalidade, em virtude de infecções das fossas
nasais, cavidades sinusais paranasais e rinofaringe, propagadas ao
ouvido médio através da tuba auditiva (HUNGRIA, 2000).
Influenciada também por fatores hereditários, o que explica porque
certas pessoas e famílias são mais expostas que outras a da otite média
aguda (MINITI et al., 2000). Presença de fenda palatina, deficiências
nutricionais e imunológicas são fatores também de prediposição (HUNGRIA,
2000).
Do ponto de vista anatomoclínico, as otites médias
agudas podem ser divididas em: simples, necrosante, latentes e
secretoras (HUNGRIA, 2000).
- Otite média aguda simples (OMA)
A obstrução da tuba auditiva decorrentes de hipertrofia das vegetações
adenóides e de reações alérgicas e os processos inflamatórios
infecciosos agudos da fossas nasais e rinofaringe constituem os fatores
etiológicos básicos das otites médias aguda simples. Assim, se
caracterizam por otalgia súbita, de maior ou menos intensidade,
geralmente no decurso de rinite catarral aguda do resfriado (HUNGRIA,
2000).
Ao lado as dor, que se exacerba nos movimentos de
deglutição e no ato de assoar o nariz, observam-se também hipoacusia,
sensação de plenitude auricular, ruídos. Uma características fundamental
de otite média aguda simples é a sua tendência à cura espontânea, ou
seja,a não havendo passagem do processo inflamatório ao processo crônico
(HUNGRIA, 2000).
Pode repercutir no estado geral e o paciente,
muitas vezes criança, fica abatido, tem febre e, sobretudo se for
lactente, sofrerá de perturbações digestivas (vômitos, diarréia). A
pessoa, por vezes, se queixará de pequena diminuição da acuidade
auditiva (MINITI et al., 2001).
A otoscopia mostrará o tímpano
vermelho e congestionado no estágio catarral, tendendo a um estado
purulento, a menos que uma perfuração já tenha permitido o começo de
esvaziamento do pus (MINITI et al., 2001).
O tratamento para a
OMA consiste em utilização de analgésicos. E como medidas não
farmacológicas auxiliar o paciente a fazer aplicações de calor úmido e
brando sobre o ouvido e não assoar o nariz com força, de modo a evitar
agravação da otite (HUNGRIA, 2000).
- Otite média aguda necrosante (OMN)
A otite média aguda necrosante, instala-se no decurso de febres
eruptivas, notadamente sarampo e escalatina. Esta se caracteriza por
acarretar ampla perfuração da membrana timpânica. Pode ser sem dor
devido à necrose fulminante das partes moles da membrana do tímpano,
incluindo terminações nervosas sensitivas. A perfuração é acompanhada de
otorréia purulenta e lesões nas mucosas irreversíveis da caixa do
tímpano (HUNGRIA, 2000).
O microorganismo mais encontrado causando a OMN é o Streptococcus beta-hemolítico, cujas toxinas destroem a parte tensa da membrana do tímpano acarretando na perfuração (HUNGRIA, 2000).
Após a fase aguda, essa otite apresente tendência a se transformar em
otite média crônica simples ou colesteatomatosa. Quando se observa cura
espontânea esta se processa por meio de reparação fibrosa cicatricial
(MINITI et al., 2001).
O tratamento é tentar evitar a passagem
do processo necrosante à cronicidade ou facilitar a cura por fibrose
cicatricial. Para isto, é necessário instituir precocemente medicações
antibióticas (CHAVES, 1999).
- Otite média latente (OML)
Pode apresentar-se como um quadro sintomatológico geral polimórfico,
mas, na maioria dos casos, traduz-se por temperatura elevada, diarréia
aquosa
e rebelde a todo tratamento, vômitos e perda rápida de peso (HUNGRIA, 2000).
A dificuldade diagnóstica para a OML reside precisamente na ausência de
sintomatologia subjetiva e objetiva para o lado do aparelho auditivo.
Para o tratamento é realizado paracentese do tímpano com objetivo de
estabelecer o máximo possível de drenagem (HUNGRIA, 2000).
- Otite média secretora (OMS)
É caracterizada pela presença de secreção no ouvido médio, e essa
secreção pode ser do tipo seroso ou mucoso, sem perfuração da membrana
timpânica (MINITI et al; 2001).
Disfunções tubárias que causem
hipoventilação, distúrbio de drenagem e as inflamações pós-infecciosas
da mucosa do ouvido médio são fatores na qual a OMS pode aparecer
(MINITI et al; 2001).
As modificações gasosas intratimpânicas, principalmente o aumento da taxa de CO2
dão origem à metaplasia da mucosa do ouvido médio à custa de células
que são responsáveis pela produção de muco, sendo mais ou menos viscosos
(MINITI et al; 2001). Essa metaplasia, portanto, determina alterações
nos movimentos ciliares, e estas alterações ciliares dificultam a
drenagem das secreções pela tuba, devido às alterações da viscosidade do
muco e da pressão negativa intratimpânica (MINITI et al; 2001).
A OMS é a causa mais freqüente de hipoacusia em crianças e sua
gravidade reside no fato de que muitas vezes a OMS se estende por
semanas sem solução, ainda que na maioria dos casos haja resolução
espontânea em poucos dias (HUNGRIA, 2000).
Essa otite tem
origem no acúmulo de líquido no interior da orelha média. Tal líquido
surge após obstrução da drenagem natural oferecida pela tuba auditiva e
se acompanha de alterações inflamatórias e degenerativas da mucosa da
caixa timpânica (MINITI et al; 2001).
O processo inflamatório
pode durar dias ou meses, período em que o líquido causará perda
auditiva ao paciente. Das possíveis causas para a obstrução, são comuns
os processos alérgicos e a hipertrofia de adenóides. Disfunções da tuba
auditiva e infecções também são citadas como causadoras de OMS (MINITI
et al; 2001).
A hipoacusia por OMS pode provocar perda de 15 a
40dB na orelha afetada. A discriminação vocal nesses pacientes sofrerá
evidente diminuição, pela perda parcial da acuidade auditiva. Tais dados
reforçam a idéia de que a perpetuação do quadro clínico ocasionará dano
cognitivo ao paciente, seja na boa articulação da fala, seja na
adequada aquisição da linguagem (CHAVES, 1999).
Na maioria dos
casos de otite média secretora, conseguem-se recuperação auditiva, e
regressão de possíveis alterações histológicas do forro mucoso do ouvido
médio. Numa minoria de casos, a otite média secretora se apresenta
rebelde a todos os tratamentos médicos, inclusive a colocação de tubo de
ventilação, levando para recidivas, complicações e seqüelas (HUNGRIA,
2000).
O tratamento proposto para os casos se dá pelo uso de
antibióticos orais, terapia justificada por culturas positivas em um
terço dos casos avaliados. Alguns preferem realizar o tratamento com
corticosteróides nas suas mais diversas vias – oral, sprays e injetável –
por sua ação anti-inflamatória. Também é utilizada, em menor escala, a
terapia com manobras de insuflação. As manobras de insuflação se
justificariam por provocar a abertura passiva e ativa da tuba auditiva, o
que favoreceria o retorno às condições habituais na caixa timpânica.
- Otite média crônica (OMC)
A otite média crônica é definida como a presença de alterações
teciduais, de origem inflamatória, irreversíveis na orelha média.
Apresenta alta prevalência e distribuição mundial (SCHEIBE et al.,
2002). Caracteriza-se pela existência de drenagem permanentes no
ouvido, com fases subagudas ou mesmo agudas eventuais. A dor é pouca, às
vezes nenhuma e o paciente não se sente molestado. Deve, entretanto,
saber que está ameaçado por sérias complicações: surdez por destruição
do ouvido médio, formação de pólipos que fazem correr o risco de
otorragia, mastoidite e, sobretudo colesteatoma. O tratamento consiste
na antibioterapia por via geral e local; pós de antibióticos deverão ser
regularmente instilados no ouvido; não se deve também desprezar as
terapêuticas coadjuvantes, tais como aplicações de infravermelho e
sobretudo termais (SCHEIBE et al., 2002).
A otite média crônica pode ser classificada em simples, supurativa e colesteatomosa (HUNGRIA, 2000).
- Otite média crônica simples (OMC)
Na otite media crônica simples há uma perfuração timpânica de qualquer
etiologia na qual as alterações do ouvido médio e mastóide não são
permanentes, levando em alguns casos a surdez do tipo condutivo (MINITI
et al; 2001).
É quase sempre secundária a uma otite aguda
necrosante, que se caracteriza por um grau de moderada intensidade e
cessa, geralmente, pela restauração dos tecidos inflamados a um estado
de quase normalidade, mas deixando como sequela uma perfuração da parte
tensa da membrana timpânica. O processo infeccioso crônico se restringe
ao forro mucoso da orelha média, em maior ou menor grau de intensidade
(HUNGRIA, 2000).
Deve-se realizar na OMC cuidados locais por
meio de curativos, cauterizações de tecido granuloso, instilações de
preparados à base de antibióticos cujo uso não deve ser prolongado, de
modo a evitar resistência bacteriana (HUNGRIA, 2000).
- Otite média crônica supurativa (OMCS)
A otite média crônica supurativa (OMCS) é uma entidade em que existem
fatores envolvidos no quadro da otite crônica que predispõe a um quadro
de infecção constante, onde a otorréia é permanente, sendo acalmada
somente durante um tratamento antimicrobiano (MINITI et al; 2001). Esse
exudato mucucatarral, mucupurulento ou totalmente purulento, oriundo do
ouvido médio e drenado através do meato acústico externo (HUNGRIA,
2000).
2.2.3 Colesteatoma
O colesteatoma é uma lesão
de tecido epidérmico e conectivo, e é constituído de epitélio escamoso
estratificado, com formação abundante de queratina (MINITI et al; 2001).
Segundo a teoria de invaginação epitelial do colesteatoma, o epitélio
do meato acústico externo cresce para o interior da cavidade timpânica
através dessa perfuração marginal, recobre e cicatriza áreas ósseas,
resultantes da otite média aguda necrotizante. Em virtude da descamação
permanente de sua camada externa, a Matriz dá origem à formação de
lâminas epiteliais contínuas, que se vão extratificando umas sobre as
outras, provocando, assim, o crescimento ininterrupto do cisto
colesteatomatoso nas cavidades do ouvido médio (HUNGRIA, 2000).
2.3 Otite média tuberculosa (OMT)
A otite média tuberculosa instala-se secundária a um foco pulmonar
apresentando tendência nítida a cronificar. O mecanismo patogênico se
processa por via hematogênica ou por via canalicular, através da tuba
auditiva (HUNGRIA, 2000).
As lesões podem graduar-se desde
infiltração da mucosa do ouvido médio até o processo de ulceração e
necrose. Existindo corrimento purulento e fétido, tímpano com várias
perfurações ou totalmente destruído. Podendo aprsentar como complicação
paralisia fácil, decorrente da destruição do canal de Falópio e também
surdez do tipo misto (HUNGRIA, 2000).
O diagnóstico da OMT é
feito por exame bacterioscópico e cultura do exsudato purulento. O
tratamento na cura da lesão primária e nos curativos anti-sépticos
locais e cirurgia (KATZ, 1989).
- Tratamento e prevenção da Otite Média
De maneira geral, o tratamento pode ser feito por antibióticos em
alguns casos, que tenha presença do estágio catarral. No estágio
purulento, fará a perfuração (miringotomia) do tímpano com uma agulha
apropriada, a fim de permitir a saída do pus (ANDREOLI et al., 2005).
Antibióticos normalmente efetivo usado no tratamento de otite média
podem ser amoxacilina-ácido clavulânico, trimetropim-sulfametoxazol ou
cefaclor. Fármacos como os antiinflamatórios ou os anti-histamínicos
podem complementar as opções terapêuticas (ANDREOLI et al., 2005).
O médico atentará cuidadosamente para a evolução da infecção, porque
sabe que uma otite mal tratada pode degenerar em mastoidite,
eventualmente grave que faz correr o risco de uma meningite (ANDREOLI et
al., 2005).
Para prevenir a otite é recomendado cuidar ao
alimentar o lactente, para evitar a drenagem do alimento para a trompa
auditiva. Observar a freqüência na qual ocorre a infecção, e tomar cuida
com o uso de cotonetes evitando sempre mexer no ouvido, se proteger ao
mergulhar, entre outros (KATZ, 1989).
CONCLUSÃO
A
otite média é um acúmulo de fluído no espaço da orelha média, que
resulta em diversas mudanças patológicas ou destruição de algumas
estruturas da orelha.
Por ser uma doença bastante comum em
crianças, e o principal sintoma da otite em geral é a diminuição da
audição, esta pode acabar causando um mau aproveitamento escolar e
comprometendo também a aquisição e o desenvolvimento das linguagens no
período pré - escolar e escolar (BALBANI; MONTOVANI, 2003).
Assim, pelo fato de ser considerada como a doença mais comum na
infância, deve ser encarada como um problema básico de saúde. Dessa
forma, procedimentos em direção à sua identificação e seu tratamento
devem ser adotados o mais cedo possível. Melhor do que isso, condutas
tomadas no sentido de evitar ocorrências, promovem uma condição de saúde
bem mais satisfatória para a população infantil, prevenindo os períodos
de privação sensorial e suas graves conseqüências.
Como
farmacêutico é de extrema importância conhecer os sintomas da otite
média, além disso, ter consciência da gravidade que a mesma pode causar
ao paciente, orientando assim sempre consultar o médico para evitar
complicações.
Em um estudo realizado, apenas 32% das farmácias
orientam que se procure um médico na hora de prescrever medicamentos
para a otite média. Foram pesquisadas 25 farmácias procuradas para
tratamento da otite média aguda em crianças. Os resultados mostraram que
em apenas oito farmácias (32%) foi dada orientação para procurar um
médico, embora em sete desses casos, apesar do conselho, o balconista
tenha se proposto a vender alguma medicação. Das 24 farmácias onde houve
indicação de medicamentos, três balconistas prescreveram antibióticos,
sem nenhum exame que comprovasse necessidade (GIACOMINI, 2000).
Portanto, a otite média é de grande prevalência, acometendo
principalmente crianças. E pelo fato de ter inúmeras conseqüências como
já mostrado, deve ser diagnosticada e tratada precocemente. Para isto
devemos contar com o bom senso de farmacêuticos e médicos na hora de
escolher o tratamento ideal para estes pacientes. Ou seja, realizar
exames confirmando diagnósticos antes de prescrever qualquer medicação,
uma vez que um tratamento mal feito pode gerar complicações da otite
favorecendo sua cronicidade.
ANEXOS
Fugura 1: Anatomia do ouvido humano.
Na figura pode ser observado as estruturas citadas no presente
trabalho, como também a divisão em ouvido externo, médio e interno.
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