Hepatites virais
Introdução
•Hepatite - Inflamação do fígado
- Causa infecciosa (viral, bacteriana, fúngica e parasitária)
- Não infecciosa (álcool, drogas, dças autoimunes e metabólicas)
•Hepatites virais:
–Virus
A (HAV)
–Virus
B (HBV)
–Virus
C (HCV)
–Virus
D (HDV)
–Virus
E (HEV).
–Causas raras: adenovirus, citomegalovirus (CMV), virus Epstein-Barr (EBV) e herpes simplex virus
(HSV).
Principais características
Hepatites
virais Agudas
80-90
% são assintomáticas (A,B,C,D e E)
Forma
típica de hepatite
citolítica aguda benigna (10% dos casos)
Quadro
comun aos diferentes
vírus
1.Fase pré ictérica (3-10 dias)
Astenia
intensa, febre
Mialgias,
artralgias e cefaleias
Dores
abdominais, nauseas e vómitos.
Exame
clínico normal ou hepatomegalia ligeira hipersensível
Diagnóstico
difícil mas orientado pelas transaminases elevadas (20xN)
Hepatite
Virais Agudas
2. Fase Ictérica
•Icterícia progressiva,
moderada, hiperbilirrubinemia mista
•Hepatomegália
hipersensível
•10-20% esplenomegália e
adenopatia cervical
•Exames complementares
confirmam o diagnóstico:
–Transaminases
20XN ( predomínio da ALT)
–Colestase
moderada (rara)
•Nota:
–Taxa
protrombina e factor V são normais ou ligeiramente diminuidos
–TP
<50% sinal de gravidade, necessita controle em meio hospitalar
Diagnóstico
da Hepatite Aguda
•
•
•Hemograma- Leucocitose
ligeira, neutopénia ou linfopenia transitória
•Ecografia Abdominal-
normal ou espessamento da parede da ves. biliar
•Biópsia hepática- Sem
aplicação
Hepatite
A
Evolução
da hepatite aguda
Geralmente
evoluem favoravelmente.
Icterícia
desaparece em 2-6 semanas. Normalização progressiva das transaminases.
Persistência
da astenia por vários meses. Pode haver recidivas dos sinais clínicos em ciclos
( hep A).
Hepatite
B - perda do Ag HBs e aparição do Ac anti- HBs ( sinal de cura).
Raramente
hepatite fulminante ou sub fulminante.
Cronicidade
nos virus B, C e D com persistencia dos virus para além dos 6 meses.
Tratamento
1.
Tratamento não específico
Parar
completamente o álcool
Parar
ou ajustar doses de todos os medicamentos metabolizados pelo fígado
2.
Tratamento específico
Hep
A, D e E- Não há tratamento específico
Hep C
iniciar INF alfa peguilado em monoterapia
Hep
B- Só em caso de hepatite fulminante ( entecavir ou tenofovir)
3.
Imunoprofilaxia ( Imunoglobulina específica anti-HBs ) em caso de contacto
acidental em não vacinados, recém nascido de mãe hepatite B positivo.
Hepatite B crónica
Estável e resistente no meio ambiente,
O HBV sobrevive
até uma semana fora do corpo humano.
No plasma, a vida
média do HBV varia de 1 dia a 3 dias, enquanto nos hepatócitos a vida média pode
variar de 10 dias a 100 dias.
O genoma do VHB
•DNA, parcialmente de cadeia dupla,
com ~ 3200
pares de bases. A cadeia mais longa
(negativa) é
completa e, a cadeia
menor (positiva) é incompleta.
• Há 4 cadeias de leitura aberta (ORF, open
reading frames) na cadeia positiva do genoma:
• Gene
pré- S/S
• AgHBs( adw, ayw, adr, e ayr )
•
Gene pré- C/C
• AgHBe
• AgHBc
•
Gene P
•
DNA polimerase/ transcriptase reversa
• Gene X
Ciclo de vida HVB
Prevalência
da Hepatite B
História
natural da infecção pelo Virus da hepatite B
Portadores
Crónicos do
Ag HBs
replicantes(2/3)
História
natural da Infecção
crônica do HBV
Evolução
dos marcadores da Hepatite B crónica
Hepatite
B crónica
Quadro
clínico
10-30% dos portadores HBsAg são
assintomáticos
Fadiga – sintoma mais comum
Manifestações extrahepáticas- poliartrite nodosa, glomerulonefrite.
Laboratorial
Função hepática alterada e,
presença de actividade inflamatória e fibrótica (biópsia hepática).
Diagnóstico
Tratamento
Indicações:
Hepatite B inactiva + HBsAg positivo + sem lesão hepática = não necessitam de tto.
Dça hepática activa (geralmente com aumento das transaminases), detecção da hepatite B e lesão hepática demonstrada por biópsia).
Tratamento-
cont.
Objectivos:
Prevenir as complicações da infecção crónica.
Decrescer os níveis do vírus da Hep B (HBV DNA)
Negativizar o HbeAg.
Negativizar o HBsAg.
Medicamentos:
–Interferon
alfa Peguilado
–Lamivudine
–Adefovir
–Entecavir
Vacinação
da Hepatite B
Indicações:
Recém
nascidos, crianças e
adolescentes menores de 20 anos
profissionais de saúde
profissionais de saúde
Gestantes
Usuários
de drogas
Hemofílicos
Pacientes
que fazem hemodiálise
Portadores do vírus da hepatite C, HIV,
DST
Profissionais
do sexo
Homossexuais
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Hepatite
C
Hepatite
C crónica
227 milhões de indivíduos infectados pelo VHC e estima-se que 170
milhões poderão vir a ser portadores crónicos.
Prevalência baixa em África 1- 5%.
Existem 6 genotipos (1-6).
Genotipo 1 e 4
Genotipo 2 e 3
Genotipo 5( África de Sul e
Moçambique)
Replicação
Não existe um sistema
eficiente para o cultura de HCV, não sendo possível um estudo antigênico muito
detalhado do vírus.
Os flavivírus
replicam-se no citoplasma e traduzem o seu genoma RNA como proteínas longas, na
qual são clivadas e geram as proteínas funcionais.
O HCV é inativado
pela exposição ao calor, a 60ºC, por dez horas ou a 100ºC por dois minutos e é
relativamente instável á temperatura ambiente.
Pessoas
que devem ser despitadas
Usuários
de drogas IV
Antecedente
de transfusões de sangue ou derivados
Pacientes
submetidos a hemodiálise
Filhos
de mães Hepatite C positivas
Trabalhadores
de saúde
Pessoas
com evidência de doença crónica do fígado
Tratamento
Indicações:
Hepatite C + HCV RNA detectável.
Doença hepática activa.
Pacientes com contraindicação para Interferon.
Objectivos:
Prevenção das complicações
Eliminação do HCV do sangue (ao fim de 6 meses).
Esquemas
para o tratamento da Hepatite c
Algoritmo
tratamento Genotipos 2 e 3
Algoritmo
tratamento Genotipos 1 e 4
Complicações
da Hepatite viral crónica
Cirrose
Carcinoma
Hepatocelular
Falência
Hepática
Distribuição de genótipos HBV e HCV em 212 dadores de sangue infectados -HCM
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