Pancreatite aguda e crónica
Definição :
Inflamação aguda da glândula pancreática que pode ir desde o edema até a necrose pancreática ou peri pancreática
Causas :
Litíase biliar – 30 - 60 %
Álcool – 15 - 30 %
Outras - 10 %
Idiopáticas - 10 %
uQuadro Clinico
uDOR
usintoma
cardinal, raramente ausente.
uapresentação
polimórfica:
uintensa,
continua, súbita.
uReferida
no epigástrio, irradiação para
hipocôndrio esquerdo e ou ombro ou costas
uPaciente
assume a posição de prece maometana
uNaúseas e vómitos - freqüentes
uDiminuição ou
ausencia de eliminação de gases e fezes:
uDispnéia
uFácies de sofrimento,
sudorético
uQuadro
clínico
Sinais sistémicos ( formas severas )
uTaquicárdia, palidez, hipotensão, febrícula, alteração da consciência
uIcterícia
uCianose
uSinal de Cullen (peri umbilical)
uSinal de Gray-Turner (Flancos)
Diagnóstico- Exame Físico
u
uInspeção:
udistensão abdominal
uAuscultação:
uruídos intestinais - diminuídos ou ausentes
uPalpação:
ugeralmente flácido, sem defesa, muitas vezes não existindo
correlação com o estado geral grave.
upode ocorrer defesa e rigidez da parede
ufreqüentemente existe massa dolorosa, imprecisa no epigástrio
Diagnóstico- Laboratório
Lipase sérica:
mantém-se elevada por
mais tempoumais específicaTambém pode estar elevada ucâncer do pâncreas,
obstrução intestinalperfuração
intestinal, uso de opiáceos, após CPRE
uAmilase e lipase
urinárias
udiminuição do
cálcio sérico
uhiperglicémia
ubilirrubinas=levemente aumentadas em 50%
aumentos importantes:
coledocolitíase
uDiagnóstico- Laboratório
uSinais acompanhantes: leucocitose, anemia, trombocitopénia, PCR elevada.
uECG -alterações
isquêmicas: inversäo da
onda t e infradesnivelamento de st (fugazes)
uCreatinina, Na, K e
Mg
uExames necessários
para estabelecer critérios de Ranson e APACHE II
uHemograma
uGlicemia
uLDH, AST (TGO)
uUréia, Creatinina
uGasometria arterial
uHipóxia, creatinina elevada ( sinais de mau prognóstico)
uDiagnóstico - Exames Morfológicos
uRX
de tórax:
uderrames pleurais (+ a esq.)
u elevação da cúpula diafragmática esq.
uRX
simples de abdome alça sentinela
udilataçäo
do cólon transverso
uimagens radiopacas no territorio da vesicula
biliar
uCalcificações na projeção do pâncreas
uEcografia
Abdominal
uTAC
( 48 h
após episódio inicial)
uDiagnóstico -resumo
uRELAÇÃO DO SCORE DE RANSON COM A
MORTALIDADE
uComplicações
uQuistos necróticos ou pseudoquistos
u
uSuperinfecções
u
uHemorragias ( intraperitoneais, hematúria, derrames pleurais, hemorragia digestiva, hematomas diversos)
u
uFístulas pancreáticas( estômago, duodeno, cólon)
u
uFalência multi-orgânica e choque
Tratamento
Na maioria dos casos e autolimitada 85-90%
Hidratacao ev (lactato de ringer) ou oral
Antibioticos se houver infeccao extrapancreatica, necrose infectada
Na pancreatite leve alimentacao oral pode ser iniciada precocemente se o paciente tolera.
Nutricao enteral esta recomendada para previnir infeccoes.
Dor (AINES, OPIOIDES, TRAMADOL, AAS) Nao dar morfina
Cirurgia
CPRE
Pancreatite Crónica
Definição
Podem tb ser chamadas crónicas recidivantes
É frequentemente caracterizada por acessos recorrentes de dor
abdominal, evolução progressiva das lesões do parenquima
pancreático ( exócrino e ductos) com as respectivas consequencias
uNo inicio são diagnosticadas como acessos de P.A
uPodem evoluir para a cancerização
uEvoluem com formação de cálculos proteíno-cálcicos que se dessiminam no sistema excretor da
glândula
Causas
Álcool – 80-90% dos
casos
Outras :
Hiperparatiroidismo
Familiares ( associadas a mucoviscidose
ligeira), Formas tropicais ( associadas à malnutição proteíno-calórica)
Pós radioterapia, auto imunes
Desconhecidas ( 10-20%)
Clínica
Dor- progressiva atingindo
o seu máximo em algumas horas, evolue por crises, epigástrica, trasfixiante,
irradiando para os flancos e dorso. Acompanha-se de uma inibição respiratória
Emagrecimento
Anorexia
Icterícia ( suspeitar quisto)
Alteração
do trânsito intestinal (
esteatorreia)
Exame
abdominal ( pode haver uma massa,
sinais de compressão da v.esplénica , esplenomegália) atenção diag. difer. com
cancer)
Diagnóstico
Associação de dor
recorrente, hiperamilasémia ou lipase e hiperglicémia fugaz ( 24, 48 e 72 h)
Esteatorreia
Exames morfológicos: Eco
abdominal, TAC, Eco-endoscopia, CPRE(Sensibilidad
68-100% e Especificidad 89-100%)
Prova de estimulacao com
secretina (Sensibilidad e especificidad 75-95%.)
Complicações
Pseudoquistos necróticos, pseudoquistos retencionais ( por distensão do
canal)
Estenoses do coléduco ( colestases com ou sem
icterícia)
Diabetes, frequentemente
insulino dependente
Malabsorção, de gorduras mas tb de vitaminas, magnésio
e cálcio
Hemorragias digestivas (
HTP segmentar- território da esplénica)
Derrames ( pleural,
ascite) por roptura ou fístula
Tratamento
uMédico
uAbstinência alcoolica
uRedução das gorduras
uRegime rico proteínas (
80 a 110 gr /dia )
uExtactos pancreaticos
uAntálgicos durante o
período de dor
uInsulina ( regime e anti
diabéticos orais são pouco eficazes)
Técnicas
Instrumentais não cirúrgicas:
Drenagem de quistos
(percutânea ou endoscópica )
Descompressão do canal
com pose de prótese
Cirúrgico
Anastomose ileal,
descompressao do ducto, derivações bilio-digestivas
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