sexta-feira, 8 de novembro de 2013

SINDROMES MEDULARES

Medula espinal

Níveis medulares
n níveis vertebrais

SÍNDROMES MEDULARES

QUADRO CLÍNICO
Manifestação clínica è local da lesão
Instalação e
evolução clínica è etiologia (causa)
Secção transversa completa
n Interrupção dos tratos motores, sensitivos e autonômicos
n Lesão das raízes nervosas no segmento da secção
Secção transversa completa

FASE AGUDA è CHOQUE MEDULAR
n Paralisia flácida
n Arreflexia
n Perda total da sensibilidade
n Ausência de função autonômica
n Bexiga atônica
n Relaxamento dos esfíncteres

FASE CRÔNICA
n Paralisia espástica (i.e. com hipertonia)
n Hiperreflexia
n Perda total da sensibilidade
n Alterações autonômicas
n Sudorese exagerada
n Piloereção exacerbada
n Alterações vasculares cutâneas
n Hipertonia vesical e dos esfíncteres

Lembrete - Espasticidade

Hipertonia elástica:
 Espasticidade;
 Aumento do tônus é velocidade e comprimento
dependente (sinal do canivete);
Indica disfunção da motricidade voluntária no sistema
nervoso central (córtex motor primário e/ou trato
corticoespinal = trato piramidal);
 Diferente da hipertonia plástica (que pode ter sinal
da roda denteada) que está associada a lesão do
sistema extrapiramidal (núcleos da base).

Lembrete - Reflexos profundos
Observar:
Limiar de elicitação da resposta
 Latência da resposta
Amplitude da resposta
Tamanho da área reflexógena
 Número de respostas

Graduar:
n 0 a 4+
0 = abolido
1+ = hipoativo
2+ = normoativo
3+ = vivo
4+ = hiperreflexia

Lembrete
Síndrome de liberação piramidal:
 Hipertonia elástica (espasticidade);
 Hiperreflexia;
Clônus;
 Reflexo cutâneo plantar com resposta de
extensão e abdução dos dedos (sinal de
Babinski);
n Reflexos cutâneoabdominais abolidos
(conforme topografia da lesão).


Secção transversa completa
ETIOLOGIAS
n TRAUMATISMO
RAQUIMEDULAR
n MIELITE TRANSVERSA
n INFECCIOSA
n AUTOIMUNE
EVOLUÇÃO
n Estável com
possibilidade de melhora
n Estável com
possibilidade de melhora
ou
n Em surtos

Síndrome do cone medular
n Disfunção intestinal, da bexiga
urinária e sexual
n Incontinência anal
n Paralisia flácida da bexiga
n Impotência sexual
n Anestesia em sela
n Abolição dos reflexos anais
n Preservação dos reflexos
profundos dos membros inf.

ETIOLOGIAS
n TUMORES
n METÁSTASES
n VASCULAR
EVOLUÇÃO
n Progressiva
n Estável com
possibilidade de melhora
ou Progressiva

SENSIBILIDADES
CRUZAMENTO
MEDULA
BULBO
SENSIBILIDADES
SUPERFICIAIS
SENSIBILIDADES
PROFUNDAS

Hemissecção medular

SÍNDROME DE BROWN-SÉQUARD
n Paresia espástica ipsilateral
n Hiperreflexia ipsilateral
n Perda das sensibilidades
proprioceptiva e vibratória ipsilat.
n Perda tato discriminat. ipsilateral
n Perda das sensibilidades termoalgésica
contralateral
n Lesão das raízes nervosas no
nível e ipsilateral à lesão

ETIOLOGIAS
n TRAUMATISMO
RAQUIMEDULAR
n COMPRESSÃO
EXTRÍNSECA LATERAL
n ex. neoplasia
EVOLUÇÃO
n Estável com
possibilidade de melhora
n Progressiva

Compressão extrínseca da medula
n Sintomas se iniciam nas camadas mais externas dos tratos
medulares longos;
n Lesão cervical: sintomas sensitivos contralaterais (espino-talâmico)
e motores ipsilaterais (corticoespinal) com características
“ascendentes”.

ETIOLOGIAS
n NEOPLASIA
n LIPOMA
n ABSCESSO
EVOLUÇÃO
n Progressiva
n Lentamente progressiva
ou estável
n Possibilidade de melhora
com tratamento

Síndrome da artéria espinal ant.

n Paralisia flácida bilateral no
segmento da lesão
n Paralisia espástica bilateral abaixo
da lesão
n Perda da sensibilidade termoalgésica
bilateral abaixo do nível
da lesão
n Preservação da sensibilidade
profunda
n Alterações autonômicas
n Sudorese exagerada
n Piloereção exacerbada
n Alterações vasculares cutâneas
n Hipertonia vesical e dos esfíncteres

ETIOLOGIAS
n VASCULAR
n Tromboembolismo
n Vasculite
EVOLUÇÃO
n Estável com
possibilidade de melhora
ou
n Em surtos


Síndrome siringomiélica
n Perda da sensibilidade superficial bilateral e simétrica no nível da lesão
(dissociação siringomiélica = alteração da sensibilidade superficial e
preservação da profunda)
n Demais sintomas dependem da abrangência da lesão

Maior incapacidade quando lesão atinge
corno anterior da medula e leva a uma
síndrome do neurônio motor inferior
também suspensa.
ETIOLOGIAS
n SIRINGOMIELIA
n HEMATOMIELIA
n TUMORES
INTRAMEDULARES
EVOLUÇÃO
n Lentamente progressiva
ou estável
n Lentamente progressiva
ou estável
n Progressiva


Síndrome das colunas brancas post.

SÍNDROME DOS FUNÍCULOS POSTERIORES
TABES DORSALIS = COMPLICAÇÃO TARDIA DA LUES (SÍFILIS)
Perda da sensibilidade profunda (cinestesia e
vibração) bilateral com ataxia decorrente da perda
sensorial
(dissociação tabética = alteração da sensibilidade
profunda e preservação da superficial)
n Disfunção intestinal, da bexiga urinária e sexual
Dificuldade ou impedimento da marcha
devido à ataxia sensitiva
n Dificuldades motoras para atividades dos
membros superiores pela ataxia
n Piora das funções motoras no escuro

ETIOLOGIAS
n SÍFILIS
n TRAUMA
n TUMORES
n GENÉTICA (ATAXIA DE
FRIEDREICH)
EVOLUÇÃO
n Lentamente progressiva
n Estável com possibilidade de
melhora
n Progressiva
n Progressiva


Síndromes combinadas

Degeneração subaguda combinada

n Síndrome de liberação piramidal bilateral (paresia
espástica)
n Perda da sensibilidade profunda com ataxia
Sensitiva
ETIOLOGIA
n CARENCIAL
(deficiência de
vitamina B12)
EVOLUÇÃO
n Progressiva com
possibilidade de melhora
com o tratamento

CONCLUSÃO
n Quando suspeitar ?
n Como diagnosticar ?

QUANDO SUSPEITAR
n Disfunções neurológicas que não incluam:
n Face
n Funções cognitivas
n Sentidos especiais
n Disfunções neurológicas que apresentem:
n Nivel sensitivo ou motor;
n Predominantemente com caract centrais;
n Ocasionalmente periférica.
n Acometimento alternado sens. superf. e motric.
n Envolvimento bilat. suspenso
n Disfunção esfincteriana (vesical e anal)
COMO DIAGNOSTICAR
n SUSPEITAR
n LOCALIZAR (exame neurológico)
n OBSERVAR (exame de imagem)
n ANALISAR (exame do LCR, exame de
imagem, abordagem da lesão, outros)

TRATAMENTO
n TRATAMENTO ESPECÍFICO PARA CADA
ETIOLOGIA
n SÍNDROMES MEDULARES REQUEREM
URGÊNCIA NO TRATAMENTO (quanto
mais precoce, melhor o prognóstico de
recuperação da disfunção neurológica)






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