•Caso Clínico
Identificação: 54 anos, masculino,
funcionário público.
HMA: É admitido na
emergência com relato de alteração na fala e dificuldade para controlar os
movimentos do braço direito desde o dia anterior. Os sintomas iniciaram-se de
forma súbita. O paciente procurou serviço médico no local de trabalho, onde foi
constatado pico hipertensivo e orientado repouso, uso de captopril sublingual e
transferência para uma unidade hospitalar. O paciente foi para casa porque
sentiu-se melhor, mas ao acordar hoje percebeu que os sintomas persistem e
resolveu procurar o hospital. Nega HAS, mas relata picos de pressão em
situações de estresse emocional. Não fazia nenhum tratamento.
HV: Tabagismo de 20 a 30
cigarros/dia desde a adolescência.
Ao exame: Paciente em BEG,
eupneico, afebril, mucosas coradas, hidratado.
PR=72bpm, FR=20inc/min, T= 36,7°C,
PA=190/100mmHg.
Exame segmentar sem alterações.
Exame neurológico: vigil, orientado, discurso
coerente, nuca livre, pupilas isocóricas e fotorreagentes, com leve disartria,
hemiparesia leve à direita (força grau 4), sensibilidade presevrada, reflexos
tendíneos simétricos, presença de sinal de Babinski á direita, cutâneo-plantar
em flexão à esquerda.
•Caso
Clínico
Identificação: 54 anos, masculino, funcionário público.
HMA: É admitido na
emergência com relato de alteração na fala e dificuldade para controlar os
movimentos do braço direito desde o dia
anterior. Os sintomas
iniciaram-se de forma súbita. O paciente procurou
serviço médico no local de trabalho, onde foi constatado pico hipertensivo e orientado repouso,
uso de captopril sublingual e transferência para uma unidade hospitalar. O
paciente foi para casa porque sentiu-se melhor, mas ao acordar hoje percebeu
que os sintomas persistem e resolveu procurar
o hospital. Nega HAS, mas relata picos de pressão em situações de estresse
emocional. Não fazia nenhum tratamento.
HV: Tabagismo de 20 a 30 cigarros/dia desde a adolescência.
Ao exame: Paciente em BEG,
eupneico, afebril, mucosas coradas, hidratado.
PR =72bpm, FR=20inc/min, T=36,7°C, PA=190/100mmHg.
Exame segmentar sem alterações.
Exame neurológico: vigil, orientado, discurso
coerente, nuca livre, pupilas isocóricas e fotorreagentes, com leve disartria, hemiparesia leve à direita (força grau 4),
sensibilidade presevrada, reflexos tendíneos simétricos, presença de sinal de Babinski á direita, cutâneo-plantar em flexão à esquerda.
•Caso
Clínico
•Diagnóstico
Sindrômico:
Síndrome Piramidal
•Diagnóstico
Topográfico:
Córtex Cerebral do Lobo Frontal
•Diagnóstico
Etiológico:
AVE (Isquêmico)
•Sistema Nervoso Motor
•Neurônio
Motor Superior
•
•Neurônio
Motor Inferior
•
•Nervos
Periféricos
•
•Síndromes
Motoras
Síndrome do Neurônio
Motor Superior - SNMS
(Paralisia espástica)
Síndrome do Neurônio
Motor Inferior - SNMI
(Paralisia flácida)
•Sistema
piramidal :
O primeiro neurônio
motor
•O neurônio piramidal
é responsável pelo movimento voluntário muscular e pela força muscular.
•A lesão de seu corpo
celular ou de seu axônio leva à fraqueza muscular (paresia) ou mesmo à
paralisia muscular (plegia).
•Sua lesão é a causa
mais comum de déficits motores focais.
•Doença
cerebrovascular, TCE, tumores, abscessos, neurotoxoplasmose, esclerose
múltipla, etc.
•O corpo celular do
primeiro neurônio motor localiza-se no córtex cerebral do lobo frontal (área
motora, giro pós-central ou área 4).
•Sistema
piramidal :
O primeiro neurônio motor
Homúnculo
de Penfield
•Síndrome
Piramidal
FRAQUEZA MUSCULAR
- Paresia
- Plegia
- Lesão de um feixe piramidal: Hemiparesia;
- Lesão bilateral: Tetraparesia ou Paraparesia.
FLACIDEZ E HIPO/ARREFLEXIA
- Em lesões agudas (AVE, trauma) – Fase do
Choque Medular!
ESPASTICIDADE E HIPER-REFLEXIA TENDINOSA
-Em lesões subagudas ou insidiosas (esclerose múltipla,
tumores); ou após dias ou semanas de uma lesão aguda .
- A espasticidade do MMSS mantém o membro em
postura de flexão e a espasticidade do MMII, em postura de extensão.
•Síndrome
Piramidal
•SINAL DE BABINSKI
Reflexo cutâneo-plantar em extensão do hálux e
abertura dos pododáctilos.
•
•SINAL DE HOFFMAN
Oposição do polegar e dedo mínimo após súbita
flexão da falange distal do dedo médio.
•CLÔNUS
Contrações musculares repetitivas após
estiramento do tendão de Aquiles (clônus de calcâneo) ou do quadríceps (clônus
de patela).
•PERDA DOS REFLEXOS CUTÂNEOS-ABDOMINAIS
E CREMASTERIANO
•Síndrome
do Neurônio Motor Superior
•Síndrome da paralisia espástica
•
•
Hipertonia;
• Hiperreflexia profunda;
•
Abolição dos reflexos superficiais;
•
Sinal de Babinski;
•Clônus e sincinesias;
•
Comprometimentos motores:
• Hemiplegia, paraplegia, tetraplegia e
monoplegia.
•Acidente
Vascular Encefálico
•Importante
causa de morbimortalidade no Brasil.
•Tipos:
- Isquêmico (80%)
- Hemorrágico (20%)
•AVE
ISQUÊMICO
•Principais
fatores de risco:
- HAS (sistólica)
- FA
Oclusão aguda de artéria de médio ou pequeno
calibre
(cérebro, diencéfalo, tronco encefálico
ou cerebelo)
Súbita instalação de
déficit neurológico focal persistente
OCLUSÃO
•Síndrome do Neurônio Motor Superior
Acidente
Vascular Encefálico (AVE)
Sinais e Sintomas
Motores:
Contralaterais à lesão.
-Paresia
-Atrofia muscular
- Perda do fracionamento dos movimentos
- Menor velocidade e eficiência dos movimentos
- Comprometimento do controle postural
- Sinal de Babinski)
•CASO
CLÍNICO 2
•Identificação: 22 anos, sexo feminino, estudante.
•Queixa Principal: Relata fraqueza nas pernas há uma
semana.
•HMA: Começou a sentir fraqueza nos pés há uma semana que
evoluiu acometendo as pernas e coxas, impedindo de deambular a partir do
terceiro dia e nas últimas 24 horas vem notando fraqueza nos membros
superiores. Conforme relato a paciente vinha em bom estado de saúde, tendo
apresentado quadro diarréico cerca de dez dias antes do início dos sintomas
atuais. Sem antecedentes dignos de nota.
•Ao exame: BEG, eupnéica, afebril, PA 110/70, PR 68 bpm,
exame segmentar sem alterações.
•Exame neurológico: vigil, orientada, discurso fluente e
coerente, sem déficits sensitivos, apresentando força grau 2 em MMII e grau 4
nos MMSS, musculatura craniana preservada, reflexos tendíneos abolidos nos
MMII, reduzidos nos MMSS, com abolição dos reflexos cutâneos plantar e
abdominal.
•
•Identificação: 22 anos, sexo feminino, estudante.
•Queixa Principal: Relata fraqueza nas pernas há uma semana.
•HMA: Começou a sentir fraqueza nos pés há uma semana que evoluiu acometendo as pernas e coxas, impedindo de deambular a partir do terceiro dia e nas
últimas 24 horas vem notando fraqueza nos membros superiores. Conforme relato a paciente vinha em bom estado de
saúde, tendo apresentado quadro diarréico
cerca de dez dias antes
do início dos sintomas atuais. Sem antecedentes dignos de nota.
•Ao exame: BEG, eupnéica, afebril, PA 110/70, PR 68 bpm,
exame segmentar sem alterações.
•Exame neurológico: vigil, orientada, discurso fluente e
coerente, sem déficits sensitivos, apresentando força grau 2 em MMII e grau 4 nos MMSS, musculatura
craniana preservada, reflexos tendíneos
abolidos nos MMII, reduzidos nos MMSS, com abolição dos reflexos cutâneos
plantar e abdominal.
•
•Diagnóstico
Sindrômico: Síndrome do neurônio motor inferior.
•
•Diagnóstico
Topográfico: Nervos periféricos.
•
•Diagnóstico
Etiológico: Síndrome de Guillain-Barré
•Síndrome
de Guillain Barré
•Neuropatia
desmielinizante inflamatória aguda.
•Etiologia
desconhecida. Autoimune?
•Redução
da velocidade de condução nervosa.
•Aumenta
a incidência com a idade, acomete homens e mulheres igualmente.
•Sinais
e Sintomas
•Início agudo de disfunção do nervos periféricos e
cranianos.
•Infecções viróticas respiratórias, GI, imunizações ou
cirurgias.
•Fraqueza simétrica, rapidamente progressiva.
•Abolição dos reflexos tendinosos.
•Pode ter ou não parestesias.
•Variação do grau de distúrbio sensitivo.
•Exame
laboratorial
•LCR:
aumento das proteínas
citologia normal ou presença de
10-100 células mononucleares.
•Diagnóstico
Diferencial
•Polineuropatia
diftérica: longo período de latência, evolução lenta dos sintomas.
•
•Poliomielite
anterior aguda: paralisia assimétrica, sinais de irritação meníngea, febre.
•Tratamento
•Plasmaférese imediata
•
•Perfusão EV de gamaglobulina humana
•
•Ventilação mecânica
•
•Precaução à aspiração de alimentos ou conteúdo gástrico.
•
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