Reumatologia Clínica As espondiloartropatias
3º ano do Curso de Medicina
2013
Introdução
Espondilite
é a inflamação da vértebra
Espondilartrite
quando a espondilite envolve uma ou mais articulações vertebrais
Espondilodisceite
é a combinação de inflamação da vértebra e do disco interverterbral
Êntese
local de inserção de tendões, ligamentos, cápsulas e fáscias no osso
Entesite
é inflamação das enteses
está associada a artropatias ligadas ao HLA-B27 como a espondilite anquilosante, a artrite psoriática e a artrite reativa
locais de afetação habituais são as vertebras espinais, crista ilíaca, calcanhar, tuberosidade tibial
Introdução
Espondiloartropatias sero-negativas
Espondilite anquilosante (EA)
Artrite psoriática
Artrite reativa (Sd de Reiter)
Artropatias das doenças inflamatórias do intestino (artropatias enteropáticas)
Doença de Whipple
A EA pode aparecer associada a outras espondiloartropatias
Espondiloartropatias
São doenças inflamatórias multisistêmicas que compartilham o quadro clínico e fatores hereditários
As espondiloartropatias caracterizam-se clinicamente por:
Lombalgia inflamatória afecta principalmente articulações vertebrais/ sacroilíacas
Artrite periférica usualmente assimétrica e afecta os membros inferiores
Entesite
Dactilite
Uveite
Espondiloartopatias
Epidemiológicamente:
Predomínio no sexo masculino
Raça branca
HLA-B27 positivo
Pesquisa de fator reumatóide negativa
Espondilite anquilosante
Espondilite anquilosante
Espondilite anquilosante
(do grego angkylos= espessamento ou fusão articular + spondylos = vértebras)
É
uma doença inflamatória multisistêmica crónica de etiologia incerta que
acomete principalmente o esqueleto axial - articulações sacro-ilíacas e
coluna vertebral.
A anquilose (rigidez articular) é o evento final do lento e longo processo inflamatório.
Resulta em
LOMBALGIA CRÓNICA E RIGIDEZ PROGRESSIVA
Espondilite anquilosante
Articulações sacroilíacas. Na espondilite anquilosante a sacroileite é a lesão típica
Outras articulações afectadas na espondilite anquilosante
Espondilite anquilosante
Epidemiologia
Em norte americanos a prevalência do antígeno HLA-B27 é de 7%
A prevalência da EA em indivíduos com HLA B27 (+) é de 1-2%
Em familias com EA, a prevalência da doença em parentes do 1º grau que herdaram o HLA é de 10-30%
A susceptibilidade é essencialmente genética com o HLA representando 33% do componente genético
A prevalência da EA varia com a prevalência do HLA B27 numa dada população
A doença é mais prevalente na raça branca do que nas raças “não-brancas”
Homens são mais afectados que as mulheres em 3:1
Afecta adultos jovens: pico de incidência entre os 20 e 30 anos
10-20% tem sintomas aos 16 anos - referida como EA juvenil
Espondilite anquilosante
Num
estudo na população alemã e austríaca o atraso no diagnóstico foi de
8,5 anos nos HLA B27 (+) e de 11,4 anos nos HLA B27 (-)
Em África:
o quadro clínico é o clássico com envolvimento das articulações espinais
e sacroilíacas em doentes estudados no Zimbabwe, Africa do Sul e Togo;
o envolvimento peripérico está presente em 40% dos doentes;
a doença avançada com coluna em bambo ocorre em 19% dos doentes; envolvimento da anca em 23% dos doentes;
doença nos olhos, pulmões, e coração é rara nos doentes africanos
Espondilite anquilosante -Patogênese
Desconhece-se o papel do HLA B27, mas pensa-se que actue como um receptor para bactérias
O processo patológico primário é a entese
As células que participam no processo patológico são:
Linfócitos CD4+
Linfócitos CD8+
Macrófagos
Espondilite anquilosante
As citoquinas que participam são:
IL23
Estimula os linfócitos Th a diferenciarem-se em:
Th produtores de IL17
Th produtores de IL-22
IL-17
É Pró-inflamatória
Induz a produção de outras citoquinas, quimiocinas e Pg2
IL22
Mediador de respostas imunes celulares
TNF
Produzido por macrófagos, linfócitos CD4+ e NK
Estimula a secreção dos reagentes de fase aguda
Induz a febre, apoptose, inflamação, sepsis, caquexia
Espondilite anquilosante
Patologia
Infiltração de linfócitos e macrófagos em zonas ligamentosas e periostais
Formação de tecido de granulação subcondral
Formação de edema da medula óssea subcondral
Sinovite e formação de pannus
Espondilite anquilosante - patogênese
Processo patológico primário:
Nos locais de inserção dos ligamentos e tendões - Entesite
Na cartilagem e osso subcondral – formação de tecido de granulação
Na articulação - erosões ósseas
Reparação articular:
com a regeneração há formação excessiva de tecido ósseo
formação de sindesmófitos
obliteração da articulação
Este processo ocorre por aumento da diferenciação das células mesenquimatosas em osteoblastos
Espondilartrites - patogênese
Na coluna
forma-se tecido de granulação na junção do anulus fibrosus do disco intervertebral com vértebra
as fibras anulares do disco
sofrem ossificação formando os sindesmófitos
são substituidas por osso formando uma ponte entre corpos vertebrais adjacentes
a progressão ascendente/descendente deste processo leva à “coluna de bambo”
Manifestações clínicas
Manifestações clínicas
A erosão dos corpos vertebrais na margem discal dá o aspecto de vértebra em quadrado
Manifestações clínicas
Vista lateral da coluna lombo-sagrada mostrando sindesmófitos e a aparência da coluna em bambo
Espondilartrites – manifestações clínicas
Inicialmente:
Articulações sacro-iliacas (75% dos casos) e o esqueleto axial (articulações costo-esternais)
Menos comum:
Artrite da anca e ombro – ocorre em 50% dos casos
Artrite periférica
Oligoartrite assimétrica (membros inferiores-tornozelo) - observada em até 30% dos doentes em qualquer estágio da doença
Envolvimento extra-articular (olhos, sistema CV)
Espondilartrites –
manifestações clínicas
Manifestações clínicas tipicas
COLUNA DORSO-LOMBAR
Lombalgia (glútea e sacroilíaca)
Idade <40 anos
Insidiosa
Duração >3 meses
Tipo inflamatória (melhora com a atividade)
Associada a
Rigidez matinal que melhora com a actividade
Com o tempo a dor tem exacerbação noturna forçando o doente a
levantar-se e mover-se
COLUNA CERVICAL
Ocorre tarde na progressão da doença
Espondilartrites – manifestações clínicas
EXAME FÍSICO
Na coluna lombar
Perda da mobilidade da coluna
Limitação da flexão anterior e lateral
A limitação dos movimentos é desproporcional ao grau de anquilose óssea
refletindo um espasmo muscular secundário à dor e à inflamação
Alteração da postura:
perda da lordose lombar
cifose torácica acentuada
Contraturas em flexão dos quadris compensadas pela flexão dos joelhos
Inclinação do pescoço para frente
Espondilartrites – manifestações clínicas
EXAME FÍSICO
Nas articulações costovertebrais
Entesite dá dor torácica
Fusão das articulações costovertebrais com:
Expansão torácica reduzida
Doença pulmonar restritiva
Espondilartrites – manifestações clínicas
Fusão dos corpos vertebrais da coluna cervical devido aos sindesmófitos
Espondilartrites – manifestações clínicas
EXAME FÍSICO
A avaliação da progressão da doença através das medidas de:
Distância do ocipucio até a parede
Flexão da coluna
Altura do doente
Expansão do tórax - durante a inspiração (normal > 5cm)
Manobra de Schober – o segmento de 10 cm marcado na coluna apartir da
linha que une as cristas ilíacas posteriores deve aumentar com a flexão
da coluna de 10 para 5 cm num adulto
Espondilartrites – manifestações clínicas
Espondilartrites
Manobra de Schober
Mobilidade normal: a distância entre os dois pontos aumenta > 5cm
Espondilartrites
As complicações neurológicas não ocorrem até que a doença espinal esteja clinicamente avançada
As complicações neurológicas são secundárias a:
Subluxação atlantoaxial
Fraturas espinais
Destruição dos discos vertebrais
Estenose do canal espinal
Sindrome de cauda equina causada por divertículos aracnoides
Espondilartrites – manifestações clínicas
Com o tempo há Hipersensibilidade óssea nas:
Articulações costoesternais – com dorsalgia
Processos espinhosos – com dorsalgia
Cristas iliacas
Trocanter maior, tuberosidade isquiática
Tuberosidade tibial
Tornozelos
A hipersensibilidade óssea é causada pela Entesite.
Espondilite
anquilosante
Radiografia
Sacroileite simétrica: apagamento das margens corticais do osso
subcondral, erosões, esclerose, anquilose e obliteração articular
Coluna
lombar: perda da lordose, erosão dos ângulos anteriores dos corpos
vertebrais resultando no aspecto em quadrado dos corpos vertebrais;
sindesmófitos marginais
TAC e RMN da coluna detectam inflamação
intra-articular mais precocemente
Espondilite anquilosante Sacroileite simétrica: apagamento das margens
corticais do osso subcondral , erosões, esclerose, anquilose e
obliteração articular
Espondilite anquilosante
Fusão das facetas articulares (setas)
Osteíte dos ângulos anteriores das vértebras
Sindesmófitos em ponte (setas)
Espondilite anquilosante
Manifestações extra-articulares
Uveite anterior
em 25 a 40% dos casos
Em geral unilateral
Pode preceder a espondilite
Sintomas: olho vermelho, dor, visão turva, fotofobia
Tem bom prognóstico com o tratamento
Sinéquias e catarata podem ocorrer nos casos não tratados
Insuficiência aórtica
Fibrose pulmonar
Diagnóstico
Achados laboratoriais
Sem testes laboratoriais especificos
HLA-27 é positivo em 90% dos casos
VS e PCR elevados
Anemia discreta
Provas de função pulmonar: redução da capacidade vital e da capacidade residual funcional
Espondilite anquilosante
Diagnóstico
Critérios de Nova York (1984)
Lombalgia inflamatória
Limitação da mobilidade da lombar nos planos sagital e frontal
Expansão limitada do tórax em relação aos valores padrão para a idade e sexo
Sacroileite radiográficamente definida
Critério diagnóstico: iv + i, ii ou iii.
Diagnóstico
Caracteristicas da Lombalgia da EA
Idade de início < 40 anos
Insidiosa
Duração >3 meses
Tipo inflamatória (melhora com a atividade)
Rigidez matinal que melhora com a actividade
Tratamento
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
ARTRITE
Anti-inflamatórios não esteroides intraarticulares: triamcinolona
Anti-inflamatórios não-esteroides como inibidores da COX 2
Agentes modificadores da doença:
Sulfasalazina –eficaz na artrite periférica (2 a 3g/dia por 3-4 meses)
Metotrexato
Anti-TNF-α (INFLIXIMAB) e (ETANERCEPT)
UVEITE
Corticoides tópicos ou sistêmicos
AORTITE
Marca-passo ou substituição da válvula
Diagnóstico
FISIOTERAPIA
Exercícios para manter a postura e a amplitude dos movimentos
Tratamento
Cirurgia
Na artrite grave
Na anquilose espinal:
Osteotomia
Estabilização da fratura
Na artrite da anca:
Artroplastia da anca (substituição da anca)
Artrite reactiva
Artrite reativa
A artrite reativa (ARe)
é uma artrite estéril aguda provocada por uma infeção extra-articular
Causa autoimune
Incluida no grupo das espondiloartropatias
Na ARe há evidências objectivas ou pelo menos presuntivas de infeção precedente
Caracteristicas
Ocorre 2-4 semanas após a infeção extra-articular
As infeções são predominantemente gastrointestinais e genito-urinárias; respiratórias são também descritas
A cultura do liquido sinovial é negativa
Antibióticos não afectam o curso clínico da artrite
Artrite reativa
A infeção ocorre nas mucosas habitualmente do trato gastrointestinal ou urogenital
A ARe decorre de infeção por agentes infecciosos específicos:
Infeções entéricas
Shigela, Salmonella, Yersinia, Campylobacter
Infeções urogenitais
Chlamydia
Infeções do trato respiratório ocorrem em menos casos (Chlamydia pneumoniae, Streptococus β hemolyticus grupo A)
Sindrome de Reiter:
Tríada: artrite, conjuntivite, uretrite
O termo “Sindrome de Reiter” criado em 1942 caiu em desuso sendo actualmente usado o termo Artrite reativa
Epidemiologia
O papel da HLA-27
Quando a ARe é secundária a infeção por Shigella, Yersinia e Chlamydia a prevalência do HLA-B27 é de cerca de 60%
Quando a ARe é secundária a infeção por Salmonella e Campylobacter a prevalência HLA-B27 é de cerca < 50%
A ARe relacionada ao HIV
Em África
Não tem relação com o HLA-B27
Em geral presente no estadio I da infeção pelo HIV
Sofre remissão com a progressão da doença viral
No ocidente
Associada ao HLA-B27
Exacerba com a progressão do HIV
Grupo etário mais afectado 18-40 anos (podendo ocorrer em crianças com <5 anos )
Homens: Mulheres 1:1 após infeção entérica; Homens mais afectados se ARe após infeção venérea
Epidemiologia
Patogênese
O papel dos microorganismos envolvidos na ARe não está claro
Sabe-se que todos os potenciais desencadeadores de ARe:
são intracelulares
tem capacidade de “atacar”superfícies mucosas
Os Ags persistem nos leucócitos da sinóvia por longos períodos após o episódio agudo
Linfócitos T respondem especificamente aos Ags do microorganismo desencadeante na sinóvia inflamada
Papel
do HLA-B27: não claro, mas:
prolonga a sobrevida intracelular de alguns microorganismos o que pode
permitir a migração dos leucócitos dos locais de infeção primária para
as articulações onde linfócitos anti-bacterianos podem promover a
artrite
Artrite induzida por Chamydia – (1) infeção urogenital primária; (2)
disseminação da bactéria para a articulação (3) persistência
intracelular da (a) bactéria e (b) antígenos; detectados pelas células T
que activam monócitos através de citoquinas. (4) produção e libertação
de mediadores inflamatórios pelos monócitos activados; estabelecimento
da inflamação
História natural da doença
A duração média da ARe é de 3-5 meses e 15% dos doentes desenvolvem
sequelas crónicas ou progridem para espondiloartrite crónica
De acordo com o agente a doença estende-se por 1 ano:
Yersinia: 4%
Salmonella: 19%
Chlamydia: 17%
Ataques de artrite recorrentes são raros mas possiveis
Dependendo da infeção
a artrite crónica é observada em 2-18%,
a sacroileite é observada em 14-49%,
a espondilite anquilosante é observada em 12-26% dos doentes
Manifestações clínicas
Manifestações clínicas variáveis
1. Manifestações típicas
Lombalgia inflamatória
Dactilite
Tendinite
Fasceite
2. Artrite
Monoartrite transitória isolada
Oligoartrite assimétrica
Aditiva ou migratória em 1-2 semanas
Articulações afectadas:
Membros inferiores: joelho, tornozelo, subtalares, metatarsofalângicas e interfalângicas
Menos comum: pulso e dedos das mãos (<50% dos casos)
3. Doença sistêmica grave
Manifestações clínicas
Manifestações clínicas
Artrite do tornozelo com eritema
Joelho com derrame
Manifestações clínicas
Fasceíte plantar
Fasceíte – dor no local de inserção da fáscia plantar
Manifestações clínicas
Tendinite
Tendinite
Manifestações clínicas
Manifestações extra-articulares
Entesite/bursite
Associada ou não a artrite
Doença ocular
Conjuntivite
Uveite
Doença muco-cutânea
Úlceras orais
Erupção pustulosa
Eritema nodoso
Ceratoderma blenorrágica – vesículas hiperqueratóticas nas palmas e plantas
Onicólise
Lesões urogenitais
Balanite
Cervicite
Manifestações clínicas
Ceratodermia blenorragica
Ceratoderma blenorragica
Manifestações clínicas
Uveite
Úlceras orais
Diagnóstico
Infeção extraarticular nas 1-4 semanas precedentes aos sintomas articulares na maioria dos casos
Artrite
assimétrica
aditiva ou migratória em 1-2 semanas
Diagnóstico
Marcadores de inflamação elevados
VS; PCR, anemia
Exames microbiológicos
Pouco úteis
É raro a infeção primária persistir até ao aparecimento da artrite reactiva
Cultura do líquido sinovial (Yersinia e Chamydia)
Serologia –pesquisa de Ac (Yersinia, Salmonella, Chlamydia)
Diagnóstico
Exames radiológicos
Artrite ligeira
Radiografia normal
Artrite persistente
Osteoporose justaarticular
Erosões marginais
Perda do espaço articular
Osteófitos nas inserções da fáscia plantar
Progressão para fusão vertebral espinal é incomum
Tratamento
Fármaco sistémico de eleição
Indometacina
Corticoterapia intraarticular na doenca mono ou oligoarticular
Nos casos graves, persistentes ou refratários aos AI habituais
Fenilbutazona
Sulfassalazina
Na tendinite e fasceite
Corticoterapia intralesional
Na uveite
Corticoterapia tópica
Nas lesões cutâneas
tratamento sintomático
antibioterapia sem benefício
Tratamento
Agentes modificadores da doenca
Como 50% dos doentes recuperam em até 6 meses de doenca, nao se considera o uso de Agentes Modificadores da Doenca
Agente de escolha: Sulfasalazina
Artrite psoriática
Carateristicas clinicas
A Artrite da psoríase (ArPs) é uma artrite inflamatória relacionada à psoríase
Negativa para factor reumatóide
Articulações predominantes
Articulações interfalângicas distais
Articulações sacroilíacas
Assimetria
Destruição articular severa (artrite mutilante)
Introdução
Caracteristicas clínicas
Artrite periférica
Artrite axial
Entesite
Dactilite
Psoríase da pele e das unhas
Classificação
Existem vários critérios de classificação da Artrite Psoríatica. O critério de Caspar é o mais simples e específico
Critérios de CASPAR
Doença inflamatória (articulações, vértebras, enteses) MAIS:
Pelo menos 3 dos seguintes:
Psoríase (corrente, passada, familiar)
Distrofia das unhas (onicólise, hiperqueratose)
Factor reumatóide negativo
Neoformação óssea justa-articular (radiografias das mãos e pés)
Classificação
Subtipos de ArPs
Artrite das articulações interfalângicas distais
Artrite mutilante
Poliartrite simétrica (semelhante à AR)
Artrite oligoarticular assimétrica
Espondilite predominante
Manifestações clínicas
Doença articular
Mono-artrite isolada ou oligoartrite assimétrica são as caracteristicas mais tipicas
Afecta frequentemente as articulações das mãos
Poliartrite
simétrica das mãos e pés (clinicamente indistinguível da AR) – reflete
doença de longa evolução e relaciona-se com erosões mais graves
Artrite erosiva destrutiva que provoca subluxação (periférica ou axial) (ocorre na doença de longa evolução)
Espondiloartropatia é rara : simétrica ou assimétrica
Manifestações clínicas
Envolvimento predominante
das articulações IFD
Poliartrite simétrica
Manifestações clínicas
Artrite mutilante
Manifestações clínicas
Manifestações musculo-esqueléticas
Dactilite
caracteristica comum das Espondiloartropatias
associa-se a tenosinovite, edema dos tecidos moles e ósseo
Entesite
carateristica comum das Espondiloartropatias
ocorre em até 40% dos casos e pode ser o sinal de apresentação
locais comuns são o tendão de Aquiles, inserção da fáscia plantar no calcâneo, inserções ligamentosas nos ossos pélvicos
Sindrome do SAPHO:
Sinovite, Acne pustulosa, Hiperostose, Osteíte
Manifestações clínicas
Dactilite do segundo dedo
Entesite – na inserção do tendão de Aquiles
Manifestações clínicas
Manifestações na pele e unhas
Psoríase
a presença de artrite não tem relação com a severidade das lesões da pele
A doença da pele pode preceder a artrite em até 10 anos
Unhas
Onicólise
Nos doentes com psoríase a afectação das unhas é um factor de risco para o desenvolvimento de artrite
A doença das unhas precede a artrite em 1-2 anos
Outras carateristicas extra-articulares – menos comuns
Conjuntivite, irite, ulceração oral, uretrite e aortite
Diagnóstico
Clínico
Marcadores de inflamação
Radiologia
Alterações destrutivas: osteólise, osteíte
Alterações proliferativas: neoformações ósseas
Alterações espinhais: sacroileite simétrica ou assimétrica; sindesmófitos
Diagnóstico Alterações erosivas das articulações IFD e IFP poupando as metacarpo-falângicas
Diagnóstico
Subuxação
Erosões e subluxação
Diagnóstico
Anquilose total da articulação interfalângica distal
Erosões ósseas
Diagnóstico
Sindesmófitos
Tratamento
Objectivos
Aliviar os sintomas e sinais
Melhorar a função e reduzir as limitações
Reduzir as deformidades
Atenuar o dano articular estrutural progressivo
Melhorar a qualidade de vida
Tratamento
Factores de má resposta ao tratamento
Doença poliarticular
Elevados níveis de reagentes de fase aguda
Doença articular erosiva
Falta de resposta aos agentes terapêuticos habituais de 1ª linha
Tratamento
Lembrar que:
20-30% dos doentes com Psoríse desenvolvem Artrite
A artrite pode aparecer longos anos após a doença cutânea
Deteção da doença articular precocemente é importante
Tratamento
Componentes do tratamento
Não farmacológco
Educacão do doente e família
Exercícios
Nutrição
Terapia ocupacional
Cirurgia ortopedica
Farmacológico
Tratamento
Anti-inflamatórios não esteroides
Nos sintomas músculo-esqueléticos
Glucocorticoides intrarticulares
Eficazes mas podem precipitar uma crise de psoriase
Agentes modificadores da doença
Metotrexato
Tratamento sistémico mais usado na ArPs
Sulfasalazina
Ciclosporina
Leflunomida (antagonista da pirimidina)
Bibliografia
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